PERGUNTA:
- Qual é a forma que os espíritos benfeitores comprovam a boa ou má
"concentração" dos espíritas nas suas reuniões mediúnicas? Porventura
os pensamentos se fotografam, no ar, em torno dos mesmos?
RAMATÍS:
- As criaturas humanas emitem raios de luzes tão
intensos ou débeis conforme lhes seja a natureza dos pensamentos e dos
sentimentos. Durante as palestras cujo assunto é inferior, fescenino ou
agressivo, as auras dos homens tingem-se de cores escuras, que vão desde o
vermelho-sanguíneo, o verde-ardósia, o cinzento-oleoso até o preto depressivo.
No entanto, se o assunto em foco é de ordem elevada, no qual se conjugam os
princípios elevados do espírito, então fulguram as cintilações luminosas dos seus
autores e atraem para junto deles entidades que procuram o contato humano no
sentido de ampliar o serviço do Cristo no orbe terráqueo. Em
conseqüência, as pessoas que se reúnem em torno de uma mesa espírita com o objetivo
de efetuar um trabalho mediúnico, espargem suas luzes conforme seja o seu caráter
espiritual, porquanto o volume de sua luminosidade corresponde exatamente ao grau
de sua natureza psíquica. A conexão de luzes que se faz entre as irradiações
das auras de todos os participantes também compõem uma "aura de força"
ou de segurança espiritual, baseada no grau e na capacidade espiritual de
concentração. Enquanto se estabelece uma "corrente de força"
impregnada de elementos vitais e magnéticos dos presentes, que em seguida
casam-se aos fluidos dos espíritos desencarnados, produz-se a emanação terapêutica,
que beneficia, suaviza e mitiga o sofrimento dos próprios espíritos sofredores,
ali presentes.
É
evidente que as pessoas corruptas, de mau viver e vítimas das paixões
escabrosas não conseguem manter o "tônus vital" necessário para
sustentar uma concentração de boa estabilidade mediúnica. Em tal caso, as
comunicações dos espíritos não se efetuam com a devida exatidão, mas deixam
dúvidas e desconfianças, tanto pelo excesso de animismo dos médiuns, como em
face do nível espiritual de quem as efetua.
PERGUNTA:
- Os médiuns que trabalham em reuniões espíritas de bom quilate espiritual são
atendidos ou fortalecidos antes das mesmas, pelos seus protetores, a fim de
cumprirem um serviço útil e proveitoso? Ou não há necessidade de qualquer assistência
espiritual para as suas tarefas mediúnicas?
RAMATÍS:
- É evidente que o médium não é apenas uma peça viva mecânica,
que deve funcionar inconscientemente durante o seu trabalho de intercâmbio
conosco; acima de tudo ele é espírito imortal e senhor da bagagem pregressa que
incorporou em vidas anteriores. Tratando-se de criatura de responsabilidade
pessoal definida na existência cotidiana, ele também é obrigado a manter o seu
lar e cumprir os deveres sociais para com as demais criaturas do mundo físico.
Por isso, ele é socorrido e examinado antes de qualquer trabalho medi único, de
modo a não comprometer a tarefa coletiva no instante de sua maior necessidade
psíquica. No dia do seu trabalho mediúnico, as entidades benfeitoras procuram
afastá-lo dos ambientes nocivos, eliminar-lhes os pensamentos grosseiros e aproximá-lo
das criaturas benfeitoras, estimulando-lhe os sentimentos e propósitos espirituais
superiores.
Quando
se trata de um médium de bons propósitos e objetivos louváveis, os técnicos do
"lado de cá" assistem-lhe tanto ao metabolismo físico como ao
equilíbrio da sua natureza psíquica. O seu sistema nervoso recebe o controle
médico do Espaço, a fim de funcionar a contento durante a comunicação com o
Além; o sistema glandular é examinado e estimulado na produção de hormônios
capazes de compensarem o gasto de energias psicofísicas durante a tarefa
mediúnica. Aliás, cada célula do homem é um organismo à parte, que exige certo
combustível para funcionar a contento; no campo físico pode isso ser compensado
com o magnetismo, mas no campo espiritual só o Amor é o alimento eletivo das
células da alma.
Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes –
Editora do Conhecimento.
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