PERGUNTA
- É "comum" a manipulação de cenários ou as chamadas
formas pensamentos artificiais pelos benfeitores espirituais? Neste caso, não
bastaria o fluido cósmico? Por que a necessidade do ectoplasma dos médiuns?
RAMATÍS - Nas
atividades de caridade se faz necessário criar cenários que são condizentes com
as consciências que estão sendo socorridas: um pároco se verá em frente ao
altar da sua igreja; o "caboclo" do interior nordestino se apraz numa
mesa com farinha de mandioca e feijão; o esoterista ficará à vontade junto a um
mago astrólogo; o umbandista aceita a benção da preta velha em ambiente de
cânticos e pontos riscados; o espírita anseia o médico mentor nimbado de luz e
a preleção de cunho evangélico doutrinário. As formas de pensamento são
manipuladas de acordo com a necessidade de cada um, como se fosse uma peça teatral
em que o cenário é trocado muitas vezes. Em espíritos mais densificados,
feridos, deformados, com sede e fome, o ectoplasma dos médiuns serve para
recompor membros, plasmar instrumentos cirúrgicos, água e alimento tão "sólidos"
que são reais para esses socorridos como se encarnados estivessem.
PERGUNTA-
Como é criado um quadro ideoplástico clarividente e para que serve?
RAMATÍS -
Diversamente dos cenários utilizados para o socorro, os quadros ideoplásticos
clarividentes são criados para nos comunicarmos com os médiuns durante os atendimentos
socorristas. Sendo assim, a visão de uma mata simboliza ervas astrais e é potencializada
com os cânticos de Oxóssi. Uma cachoeira pode significar a criação de um campo de
força de limpeza de um determinado ambiente espacial, como por exemplo a casa
do consulente que está sendo atendido. Com essa informação transmitida pelo médium,
o dirigente dos trabalhos inicia uma pausada contagem de pulsos magnéticos
fortalecendo esse quadro e o elemento água para as falanges de Caboclas Iaras e
de Mamãe Oxum atuarem. De outra maneira, um quadro visual de felicidade - uma
casa no campo, mãe e filha abraçadas, um aperto de mão entre irmãos, um jardim
florido ... servem como painéis "vivos" que são fixados através da
polarização de estímulos de memória no socorrido, inclusive desencarnados.
Considerai
que necessitamos do ato volitivo do médium no trabalho socorrista. Os pensamentos
do instrumento mediúnico que comandam a sua vontade são utilizados pelos guias
e benfeitores, direcionados a determinados pontos focais, espécie de cenários
previamente criados. O conjunto desses fatores - o ato volitivo do espírito do
médium associado ao poder mental dos trabalhadores do lado de cá - é potente
plasmador das moléculas astrais que abundam, como fluido cósmico, na faixa
vibratória em que o socorro está se dando. Sendo assim, conseguimos canalizar com
precisão o ectoplasma às formas de pensamento do grupo, manifestadas no plano
astral, em que nos apoiamos para chegar até os que serão socorridos. Obviamente
o sensitivo que se encontra desdobrado "vê" o quadro clarividente
necessário para a tarefa que está sendo levada a efeito, mas não
"enxerga" todas as atividades envolvidas, sob pena de excessivo
cansaço mental, pelo aumento gigantesco das conexões cerebrais. O cérebro,
órgão físico, como se fosse um transformador de voltagem, em cada sensitivo tem
uma carga que consegue suportar sem sofrer dano.
Do livro: “Jardim Dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora
do Conhecimento
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