Sabedoria Ramatis

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sábado, 6 de julho de 2013

Aspectos singulares das sessões mediúnicas – 9ª Parte.











 PERGUNTA: - É certo que os alcoólicos, o fumo e a carne prejudicam o desenvolvimento mediúnico?




RAMATÍS: - Alguns médiuns creem que a função mediúnica nada tem a ver com a sua maneira de viver fisicamente. Por isso, abusam da carne nas mesas lautas, escravizam-se completamente ao fumo e encharcam-se ingerindo corrosivos alcoólicos.

Não importa se é a bebida caríssima do rico ou a cachaça tradicional do pobre; o seu fundamento é sempre o álcool perigoso e corrosivo à contextura sensível do ser. É quase impossível a criatura lograr o domínio de faculdades incomuns, quando ainda permanece jungida aos liames dos vícios e das paixões mais atrofiantes. Não pode produzir resultados satisfatórios aquele que vai para a mesa espírita com o ventre excessivamente empanturrado de vísceras animais, vertendo alcoólicos à guisa de um alambique vivo ou exsudando fortemente o cheiro acre do charuto ou do "palhinha" babado de saliva. Acontece que o ato de intercambiar com as entidades superiores ou de fornecer fluidos terapêuticos aos enfermos é um momento incomum na vida do ser, o qual merece um pouco de atenção, disciplina e renúncia de quem o efetua. A tal caso também se ajusta o conceito evangélico de que "não se acende uma vela a Deus e outra ao Diabo".

Se não fora a assistência benfeitora dos espíritos encarregados de dissolverem os fluidos que se geram em tais imprudências, então seriam de pouco resultado as reuniões de intercâmbio mediúnico com o mundo astral. Os candidatos a médiuns procuram as revelações de alto gabarito e o domínio de faculdades incomuns, mas quase sempre continuam cultivando as aberrações de suas vidas, que lhes embotam a sensibilidade psíquica.



PERGUNTA: - É verdade que, durante as sessões de sofredores ou doutrinações de espíritos perturbados, deve-se evitar a presença do público?





RAMATÍS: - Já dissemos que a mente é a base de todas as atividades do espírito na matéria, e tanto cria os quadros mórbidos que afligem o homem, como as cenas agradáveis que despertam o júbilo no próximo. Durante os trabalhos de esclarecimento de espíritos infelizes e habitantes do astral inferior, os circunstantes se prendem aos quadros que estão sendo descritos pelos comunicantes, e assim cada um interfere conforme sua índole, seu temperamento ou condições psíquicas, seu otimismo ou pessimismo. A entidade que ali se encontra vivendo momentos de aflição, sente agravar-se o seu sofrimento ante os fluidos perturbados e animalizados do médium e das pessoas presentes. Isso a desajusta no ritmo consolador a que o doutrinador a conduz, uma vez que ela sente-se mais "materializada" num campo de forças de natureza inferior.

Acresce, ainda, que a exposição de acontecimentos dolorosos do infeliz comunicante desencarnado desperta toda sorte de sentimentos heterogêneos no público indisciplinado, e por esse motivo o trabalho mediúnico decai em sua freqüência vibratória, enfraquece na segurança psíquica e, assim, facilita a interferência de outras entidades maldosas. Considerai que a própria confissão dos pecados do homem ao sacerdote é feita de modo sigiloso, no confessionário, ao abrigo das indiscrições alheias, na forma de uma contemporização piedosa para com os equívocos da vida física.







PERGUNTA: - Há importância na questão de horários para se iniciar ou terminar os trabalhos mediúnicos ou reuniões espíritas?





RAMATÍS: - É óbvio que nas reuniões mediúnicas nos centros espíritas de bom teor espiritual a assistência do "lado de cá" também é de natureza superior. Em serviçais, benfeitoras e laboriosas, cujo tempo lhes é precioso, em face dos seus outros compromissos no ambiente do plano astral.

Eles vivem onerados por tarefas espirituais de vulto e dividem os seus minutos num programa de ação proveitosa a desencarnados e encarnados. Deste modo, se iniciais os vossos trabalhos mediúnicos a esmo e sem cumprir o horário programado, é evidente que estareis desperdiçando o valioso tempo desses vossos amigos do Alto, por fazê-los

esperarem inutilmente e retardar-lhes tarefas preciosas. Daí a necessidade de se cumprir o horário programado para iniciar e terminar as sessões mediúnicas, a fim de que os vossos protetores desencarnados possam dar cumprimento a suas tarefas espirituais programadas para outros locais e atender outras obrigações. Aliás, o problema de pontualidade no Espaço é levado a sério, pois quanto mais responsável é o espírito, mais severo e correto ele é em seus compromissos.





Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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