PERGUNTA:
- É certo que os alcoólicos, o fumo e a carne prejudicam o desenvolvimento
mediúnico?
RAMATÍS:
- Alguns médiuns creem que a função mediúnica nada tem
a ver com a sua maneira de viver fisicamente. Por isso, abusam da carne nas
mesas lautas, escravizam-se completamente ao fumo e encharcam-se ingerindo
corrosivos alcoólicos.
Não
importa se é a bebida caríssima do rico ou a cachaça tradicional do pobre; o
seu fundamento é sempre o álcool perigoso e corrosivo à contextura sensível do
ser. É quase impossível a criatura lograr o domínio de faculdades incomuns,
quando ainda permanece jungida aos liames dos vícios e das paixões mais
atrofiantes. Não pode produzir resultados satisfatórios aquele que vai para a
mesa espírita com o ventre excessivamente empanturrado de vísceras animais,
vertendo alcoólicos à guisa de um alambique vivo ou exsudando fortemente o
cheiro acre do charuto ou do "palhinha" babado de saliva. Acontece
que o ato de intercambiar com as entidades superiores ou de fornecer fluidos terapêuticos
aos enfermos é um momento incomum na vida do ser, o qual merece um pouco de
atenção, disciplina e renúncia de quem o efetua. A tal caso também se ajusta o conceito
evangélico de que "não se acende uma vela a Deus e outra ao Diabo".
Se
não fora a assistência benfeitora dos espíritos encarregados de dissolverem os fluidos
que se geram em tais imprudências, então seriam de pouco resultado as reuniões
de intercâmbio mediúnico com o mundo astral. Os candidatos a médiuns procuram
as revelações de alto gabarito e o domínio de faculdades incomuns, mas quase
sempre continuam cultivando as aberrações de suas vidas, que lhes embotam a
sensibilidade psíquica.
PERGUNTA:
- É verdade que, durante as sessões de sofredores ou doutrinações de espíritos
perturbados, deve-se evitar a presença do público?
RAMATÍS:
- Já dissemos que a mente é a base de todas as
atividades do espírito na matéria, e tanto cria os quadros mórbidos que afligem
o homem, como as cenas agradáveis que despertam o júbilo no próximo. Durante os
trabalhos de esclarecimento de espíritos infelizes e habitantes do astral
inferior, os circunstantes se prendem aos quadros que estão sendo descritos
pelos comunicantes, e assim cada um interfere conforme sua índole, seu
temperamento ou condições psíquicas, seu otimismo ou pessimismo. A entidade que
ali se encontra vivendo momentos de aflição, sente agravar-se o seu sofrimento
ante os fluidos perturbados e animalizados do médium e das pessoas presentes.
Isso a desajusta no ritmo consolador a que o doutrinador a conduz, uma vez que
ela sente-se mais "materializada" num campo de forças de natureza
inferior.
Acresce,
ainda, que a exposição de acontecimentos dolorosos do infeliz comunicante
desencarnado desperta toda sorte de sentimentos heterogêneos no público indisciplinado,
e por esse motivo o trabalho mediúnico decai em sua freqüência vibratória, enfraquece
na segurança psíquica e, assim, facilita a interferência de outras entidades maldosas.
Considerai que a própria confissão dos pecados do homem ao sacerdote é feita de
modo sigiloso, no confessionário, ao abrigo das indiscrições alheias, na forma
de uma contemporização piedosa para com os equívocos da vida física.
PERGUNTA:
- Há importância na questão de horários para se iniciar ou terminar os
trabalhos mediúnicos ou reuniões espíritas?
RAMATÍS:
- É óbvio que nas reuniões mediúnicas nos centros
espíritas de bom teor espiritual a assistência do "lado de cá" também
é de natureza superior. Em serviçais, benfeitoras e laboriosas, cujo tempo lhes
é precioso, em face dos seus outros compromissos no ambiente do plano astral.
Eles
vivem onerados por tarefas espirituais de vulto e dividem os seus minutos num programa
de ação proveitosa a desencarnados e encarnados. Deste modo, se iniciais os vossos
trabalhos mediúnicos a esmo e sem cumprir o horário programado, é evidente que estareis
desperdiçando o valioso tempo desses vossos amigos do Alto, por fazê-los
esperarem
inutilmente e retardar-lhes tarefas preciosas. Daí a necessidade de se cumprir
o horário programado para iniciar e terminar as sessões mediúnicas, a fim de
que os vossos protetores desencarnados possam dar cumprimento a suas tarefas
espirituais programadas para outros locais e atender outras obrigações. Aliás,
o problema de pontualidade no Espaço é levado a sério, pois quanto mais responsável
é o espírito, mais severo e correto ele é em seus compromissos.
Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes –
Editora do Conhecimento.
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