PERGUNTA:
- Como é que o guia executa a sua tarefa no momento de comunicar os seus
pensamentos? Ele interpenetra a organização física do médium ou só lhe
movimenta os centros nervosos no sentido de cumprir a sua missão espiritual
junto aos encarnados?
RAMATÍS:
- Em geral, o espírito comunicante senta-se junto ao
médium enlaça-o com o braço esquerdo e, com o direito, cobre-lhe o cérebro
acionando-lhe o campo da memória perispiritual, a fim de lograr maior acervo e
recursos na tradução dos seus pensamentos. Sem dúvida, ele tudo faz para evitar
as imersões do subconsciente do médium, pois deste modo, a sua mensagem ficaria
algo truncada ou perturbada nos momentos de maior ressalte espiritual. Aliás, o
espírito comunicante procura sintonizar a sua luz mental irradiada da epífise
perispiritual, com a luz mental que também aflora da epífise física do médium.
Ele procura efetuar uma combinação, a mais lúcida possível ou homogênea, a fim
de facilitar ao médium transmitir com suas próprias palavras as idéias que ventila
no contato perispiritual.
No
caso da psicografia o plexo braquial do médium é o ponto visado pelo espírito comunicante,
pois quanto mais ele puder agir livremente por esse centro nervoso, mais lúcida
e nítida também é a sua mensagem espiritual psicografada.
PERGUNTA:
- Há muitos espíritos que desejam comunicar-se em cada sessão mediúnica, ou os
médiuns podem ficar inativos por falta de comunicantes desencarnados?
RAMATÍS:
- O resultado dos trabalhos mediúnicos depende fundamentalmente
da quantidade e da capacidade dos médiuns participantes, pois do "lado de
cá" é muito comum existir maior quantidade de espíritos para
comunicarem-se com os vivos, do que o ensejo de médiuns disponíveis. No
entanto, nos trabalhos sensatos e protegidos, as oportunidades são distribuídas
de modo a favorecer mais o bem coletivo do que atender as solicitações
pessoais. Quando há médiuns em quantidade razoável, os espíritos também podem
tratar de assuntos de natureza mais particular, ou lhes é possível dirigirem-se
direta e familiarmente aos presentes nas suas mensagens mediúnicas. No entanto,
quando apenas existe um só médium em condições favoráveis para a comunicação do
Além, os mentores do trabalho orientam o comunicante para só cuidar de assunto
de interesse coletivo e evitar as particularidades. Eis o motivo por que as
sessões mediúnicas de mesa, em geral, não oferecem ensejos de comprovações
pessoais, enquanto as comunicações costumeiras situam-se na craveira comum de
todos os dias ou, quando muito, não passam de exortações e assuntos de ordem
geral. O médium fica obrigado a estender-se em considerações de âmbito coletivo
e evitar a preferência pessoal, pois isso implicaria em desserviço aos demais
freqüentadores.
Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes –
Editora do Conhecimento.
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