PERGUNTA - Mas, a busca constante de aprimoramento
espiritualista: cursos xamânicos, de bioenergia, cabala, tarot, magia das
velas, confraria dos magos, encontro de voadores, e, em especial, os seminários
e treinamentos pagos aos projetores astrais consagrados para se obter as
capacidades projetivas e de desdobramento, não são perenes e não capacitam os indivíduos?
RAMATÍS - A volatilidade e
o anseio fugaz que movimentam a maioria ao encontro das "novidades",
a ponto de pagarem como se estivessem fazendo contrato de prestação de serviços,
não vos avaliza como instrumentos aos olhos do lado de cá nem vos fornece as potencialidades
inerentes ao psiquismo espiritual. O fato de contratardes um exímio pintor que
vos recomendará as melhores tintas e técnicas não vos dará os talentos
necessários para manejar os pincéis quando estiverdes sozinhos frente à tela
branca, tendo que retratar fielmente a paisagem que vos cerca.
Os verdadeiros adeptos e iniciados das coisas ocultas sabem da
importância do altruísmo. Têm a vontade de auxiliar a grande irmandade
espiritual que os cerca com conhecimentos básicos para ir galgando os degraus
que expandem as sensibilidades psíquicas, ampliando os seus sentidos a ponto de
inseri-los conscientemente em "novos" universos de percepção.
Indubitavelmente, nunca cobram, nem obtêm qualquer ganho pessoal ou causam fenômenos
aos olhos dos curiosos, que não sejam os necessários à caridade, que dá oportunidade
a inestimável satisfação de auxiliar desinteressadamente. Os interesses
egoístas inevitavelmente levarão o neófito explorador astral ao mais absoluto
fracasso, quando não a experiências nada saudáveis para a sua evolução, que lhe
podem abalar o equilíbrio psíquico.
Infelizmente, existe uma retórica espiritualista "new
age" na atualidade que dá a impressão de que tudo é muito fácil, e até um
modismo com certos clichês orientalistas que dão status, como se as
potencialidades do espírito milenar lapidadas pelo ferramenteiro incansável do
tempo pudessem ser apuradas em alguns encontros e cursos de final de
semana regiamente remunerados, ou pela leitura superficial de alguns preceitos
das filosofias do Oriente.
Do Livro: “Jardim dos Orixás”
Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.
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