Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sexo na exploração do Plano extrafísico








PEGUNTA - Pedimos mais detalhes sobre o intercurso sexual entre um encarnado e um desencarnado, ou entre encarnados fora do corpo físico. Há certos projetores da consciência que afirmam que o "parasexo", ou sexo extrafísico como eles denominam, é salutar e recompõe as energias como se fosse uma ducha áurica. Devemos provocar estas experiências psíquicas? Qual vossa opinião?



RAMATÍS - Tudo que contraria a natureza e não é espontâneo deve ser visto com apurado senso crítico e com o bom senso que requer o intercâmbio dimensional e a exploração de vossas potencialidades psíquicas. Retidos no ciclo carnal, sois um pássaro momentaneamente impedido de alçar vôos em determinadas altitudes, e não somente o tempo, mas as afeições temporárias, as nódoas da moral e os prazeres animalizados que saciam o ego inferior vos aprisionam aos sentidos, que por sua vez reforçam o cadeado que fecha a cela do cárcere das reencarnações compulsórias. Com a separação do espírito do escafandro carnal através da projeção do corpo astral, "cria-se" a consciência de uma personalidade individualizada e separada que procura se auto-afirmar em seus desejos, instintos e caprichos.
A ilusão se instala como se fosse o verdadeiro Eu atemporal. Sendo o ego preso ao tempo e ao espaço, intensamente ligado à personalidade atual e distante da verdadeira individualidade espiritual, ele se apresenta como um ser fadado à finitude, à morte. Em desdobramento ou projetado, intensifica a potencialidade anímica para compensar as limitações e impedimentos naturais do meio físico e de caráter personificadas na atual encarnação, maneira inglória de fugir do autoconhecimento e de buscar a dominação dos instintos inferiores para uma vida naturalmente saudável.
Quando os homens se abrirem consciencialmente à plenitude de suas potencialidades psíquicas perceberão que jaz em cada um a própria divindade interior. Compreenderão que o deus interior é o mesmo Deus exterior. Contudo, a interiorização e o psiquismo ampliado podem levar, paradoxalmente, a uma espécie de engessamento evolutivo do espírito, como se verifica na busca do prazer sensório fora do corpo físico, derrubando a naturalidade do conluio sexual entre os pares encarnados que se atraem e se completam amorosamente. Neste sentido, o Bhagavad Gita comenta: "Procure o homem elevar o eu por meio do Eu, e não permita que se afunde, porque, em verdade, o Eu é amigo do eu e, da mesma forma, é seu inimigo".
Quanto às recomposições energéticas, elas se dão por afinidade: os porcos arrastam os focinhos na lama na busca de alimento, ao contrário dos beija-flores que o alcançam através do néctar; o golfinho que respira na superfície marítima não consegue se reproduzir nos habitats dos protozoários; as aves que se alimentam de carne em decomposição e chocam seus ovos no sopé das montanhas não sobreviveriam como a larva parasita cutânea em meio de erupção eritematosa, e assim, envolvidos pela Mãe Natureza, todos esses seres vivos, instintivamente, nos meios que lhes são afins, sentem-se como se recebessem uma ducha áurica nas trocas energéticas com o meio ambiente. Contudo, observai que somente o homem, egocentrista, distorce a sua natureza.






Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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