Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A lei cármica



PERGUNTA:  A lei Cármica tem alguma relação íntima com os padecimentos de certas criaturas submetidas a tratamentos dolorosos através da cirurgia ou da terapêutica alopática?



RAMATIS:  Atualmente, devido ao estado moral e espiritual do cidadão terreno, a Lei Cármica ainda lhe preconiza um tratamento doloroso, à base de hipodérmicas, tubagens, cauterizações, drenos, operações ou extrações de órgãos combalidos, aplicações e ingestão de medicamentos repulsivos, tóxicos e lesivos, que funcionam como efeitos das causas culposas do passado.

Em face de haverem evoluído os métodos punitivos das leis humanas, com a abolição das torturas medievais, os médicos — muitas vezes sem que o saibam — funcionam como instrumentos de retificações cármicas nos seus pacientes. Aqui, o usurpador cruel do passado, que oprimia os seus adversários políticos, sofre atrozmente devido à chaga infecciosa e rebelde, que surge num órgão que foi operado precipitadamente; ali, é o velho inquisidor do “Santo Ofício” que, estirado no leito de luxuoso hospital, mostra-se completamente perfurado por hipodérmicas, com as carnes maceradas pelas seringas dos soros e transfusões de sangue, que pingam através de tubos suspensos e aparelhos especiais, como se fossem instrumentos de tortura; acolá, o feroz fazendeiro, que se servia do fogo para supliciar os seus infelizes escravos, encontra-se transformada noutra figura humana submetida a terríveis cautérios e intervenções cruciantes, enquanto o seu coração combalido não permite a menor intervenção da anestesia para fazê-lo esquecer o sofrimento!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Por que isso foi acontecer justamente comigo?


Era a pergunta que fazia, entre lágrimas, uma mãe desesperançada, ajoelhada aos pés da médium incorporada. Os cabelos desalinhados demonstravam pouco caso com o corpo físico, contrariando a mulher que fora algum tempo atrás, quando a vaidade era ponto preponderante em sua personalidade. Os anéis que enchiam seus dedos já não tinham o brilho da jóia cara, pois haviam perdido o valor que sempre dera a eles. Estava ali depois de ter passado por muitos lugares, mas em nenhum encontrara a resposta para aquela pergunta. 
A dor terrível da perda ainda lhe corroía o coração. Fazia mais de dois anos que seu único filho havia desencarnado com apenas três anos de idade. Carregava com ela uma foto do principezinho de olhos azuis. Desde a perda, sentia corno se lhe tivessem arrancado um braço, deixando se esvair por ali parte de sua energia vital e todo o seu prazer pela vida. 

A preta velha escutava pacientemente os lamentos daquela mãe, enquanto buscava, usando seu adestrado poder mental clarividente, realizar em outro nível, fora do plano físico, a transmutação das formas-pensamento plasmadas e vivificadas por aquele espírito em desequilíbrio. 

Pela magia do amor, convocava os elementais para que pudessem efetuar, com seus respectivos elementos, a profilaxia necessária nas larvas astrais que se acumulavam em seus centros de força. A movimentação que se realizava no plano astral era intensa e ignorada pela mulher, que, enclausurada em sua dor, só queria uma resposta que lhe alentasse o coração. Percebendo que, por ligações ancestrais, aquele ser estava sendo alvo de indução mental negativa, num total desrespeito ao seu merecimento, denotando um processo obsessivo mórbido que a ligava a um bolsão de espíritos do Umbral inferior, renitentes e materialistas, a bondosa e sábia preta velha convocou a presença do exu de sua serventia, que, adentrou aquele lugar com sua falange, retendo-os e encaminhando-os ao aprendizado necessário num entreposto transitório do Astral, restabelecendo a justiça até as devidas deliberações pelos Maiorais siderais. Ao mesmo tempo, era prestado socorro a muitos outros espíritos sofredores alienados e vencidos pela dor, que, por sintonia vibratória (semelhante atrai semelhante), intensificavam, por repercussão vibratória, o estado de torpor mental da mãe revoltada com a perda do filhinho. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O AUMENTO INDISCRIMINADO DA HUMANIDADE.



Pergunta: No entanto, cientistas, eugenistas, psicólogos, nutriologistas, sacerdotes, pastores e até espiritualistas bem esclarecidos justificam a limitação de filhos,  alegando que o aumento indiscriminado da humanidade criará as mais dolorosas tragédias provenientes da falta de alimento!
Ramatís: A argumentação é bastante ingênua e até capciosa, por parte desses estudiosos, pois a Terra tem capacidade para suportar o triplo da atual humanidade sem problemas nutritivos, os quais não são de culpa divina, mas da irresponsabilidade humana!
Deus é o pano de fundo da consciência de todos os homens, proporcionando-lhes o ensejo e os recursos de desenvolverem a sua consciência espiritual. O crescimento angélico não é processado através de cordéis movidos, pelos hierárquicos do mundo oculto, mas produto da vivência do homem no trato com as experiências do mundo, nos equívocos e acertos que nutrem as iniciativas pessoais! Em consequência, o problema de alimentação do mundo não procede do perigo de superprodução, mas de o homem aplicar sabiamente o comando de sua consciência na eliminação dos fatores que reduzem ou destroem a produção nutritiva do mundo!
Se o homem esgota totalmente as suas reservas econômicas, porque aplica estupidamente a receita financeira em guerras fratricidas, perseguições, morticínios religiosos, movimentos políticos onerosos, choques doutrinários antifraternos, ou então exaure o tesouro público em iniciativas bombásticas e tolas, mantendo clãs aristocráticos, principados circenses, reinados convencionais ou concursos e festividades improdutivos, é evidente que o Criador não se responsabiliza por tanta imbecilidade humana!
Qualquer criatura em dia com o noticiário de imprensa sabe que o suficiente para alimentar milhões e milhões de criaturas é consumido perversa e estupidamente na confecção de aparelhamento belicoso, artefatos atômicos, na manutenção de esquadras e aviação militar, cujos povos são dominados pela ambição, ciúme e orgulho!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Brasil e a sua missão social e espiritual sob a égide do Espiritismo.




PERGUNTA: - Quase todos os mentores espirituais que falam à Terra são unânimes em afirmar que o Brasil, sendo o país mais espírita do mundo, 1 está fadado a desempenhar, no futuro, uma alta função moral e espiritual no seio da humanidade. Podereis citar alguns fundamentos objetivos, que justifiquem semelhante prognóstico?
1 - Nota do Revisor: Na assembléia dos prelados e reitores católicos que se realizou em Roma, o secretário do Conselho Episcopal Latino-Americano afirmou ser o Brasil "o país mais espírita do mundo" (jornal "O Globo" de 27-9-1958).

RAMATÍS: - Efetivamente, à medida que o Povo brasileiro se espiritualizar assimilando conscientemente o racionalismo do processo reencarnacionista, ou seja, a grandeza e a amplitude moral das vidas sucessivas, que transformam o homem imperfeito, de hoje, no anjo futuro, o Brasil fará jus a receber novos acréscimos do Alto, que o habilitarão a ser, não somente o celeiro material do mundo, mas também um farol moral e espiritual da humanidade.

domingo, 23 de agosto de 2015

O MÉDIUM É UM MISSIONÁRIO?




PERGUNTA: - O médium é um missionário?


RAMATÍS: - Ele não é um missionário, na acepção exata da palavra. Salvo raras exceções, o médium é um espírito devedor comprometido com o seu passado. Assim, a sua faculdade mediúnica é um ensejo de reabilitação concedido pelo Alto, no sentido de acelerar a sua evolução espiritual. Portanto, além de se dar cumprimento aos deveres inerentes à dita faculdade, terá de enfrentar também as contingências que a vida impõe a todos, pois os problemas que lhe dizem respeito só podem ser solucionados e vencidos mediante a luta e não pela indiferença ou preguiça, nem pela ajuda dos seus guias, pois estes somente ajudam os seus pupilos quando eles fazem jus pelo esforço próprio.
Quando o médium se empenha em dar fiel cumprimento à sua tarefa mediúnica e enfrenta as adversidades da vida com estoicismo e resignação, neste caso, "do lado de cá", há sempre uma equipe de espíritos beneméritos que o amparam a fim de lhe tornar mais fácil vencer os obstáculos da sua jornada.

sábado, 22 de agosto de 2015

O USO DO CABELO NA FEITIÇARIA





PERGUNTA:  Por que motivo também é comum a presença de cabelos da própria pessoa enfeitiçada nos trabalhos de bruxaria? Isso não será apenas uma superstição?



RAMATÍS: Embora muitas pessoas considerem tolice e superstição a presença de mechas de cabelos nos apetrechos de enfeitiçamento, trata-se de um recurso de suma importância para o feiticeiro.
Conforme asseguram os cientistas, o corpo humano é um conjunto eletromagnético dotado de "eletricidade biológica", tal qual também acontece a certos animais, insetos e reptis, peixes e aves. Entre os peixes-elétricos, verdadeiros dínamos aquáticos, destaca-se o poraquê familiar do Amazonas e do Brasil Central, cuja descarga dura cerca de 14/100 segundos e pode acender uma lâmpada de 60 watts, equivalente a uma descarga de 300 volts, cuja corrente elétrica fulmina os peixinhos de rio e aflige até os jacarés. Entre os reptis, principalmente as cobras, rãs e sapos, o fenômeno da eletricidade magnética se mostra patente sob diversos aspectos dinâmicos e estáticos.
Na Califórnia, zona ocidental da América do Norte, em certa região existem condições eletromagnéticas tão específicas na sua atmosfera, que se acasalam facilmente à eletricidade humana. As crianças então se divertem a correr e a esfregar os pés nos tapetes, sobrecarregando-se de eletricidade ou "eletrizando-se", a ponto de acenderem o gás dum bico aproximando dele a ponta do dedo. O sistema nervoso ali funciona mais intensamente, porque se transforma em vigorosa rede escoadora de eletricidade.
Segundo a singela lei da física de que a eletricidade foge pelas pontas, a cabeleira é a parte mais importante e intensa no metabolismo escoador de eletricidade humana, pois trata-se de uma verdadeira rede de fios eletrificados, quer pela sua conformação, como também pela própria origem orgânica.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A Influência do Psiquismo nas Moléstias Digestivas





PERGUNTA:  Podeis explicar-nos se as moléstias do aparelho digestivo do homem — que aumentam assustadoramente na atualidade - também são provindas exclusivamente das alterações psíquicas mental e emotiva, ou se devemos considerá-las apenas como consequência da alimentação artificial e enlatada, da vida moderna?


RAMATIS:   Sem dúvida, sabeis que o tão famoso sistema nervoso vagossimpático é poderosa rede de neurônios sensibilíssimos, que desde o encéfalo se estende por todas as vísceras e tecidos do corpo humano, entranhando-se profundamente por todas as regiões carnais, até atingir as células cutâneas da ponta dos dedos e alcançar os vasos capilares da planta dos pés. Nesse duplo sistema nervoso que se origina na intimidade do cerebelo, tanto as células dos centros cerebrais, controladoras do metabolismo geral, como as dos gânglios, expedem duas espécies de correntes nervosas: as células simpáticas enviam a corrente excitante e as células parassimpáticas, ou do vago, emitem os impulsos frenadores ou inibidores do organismo. Este trabalho delicadíssimo de ambos os sistemas, por lei biológica deveria sempre se exercer do modo mais harmonioso possível, a fim de que se mantivesse o equilíbrio perfeito da saúde psicofísica do homem. E de sua função biológica que, enquanto as células simpáticas excitam o organismo a trabalhar, as parassimpáticas têm por função fazê-lo descansar. O nervo simpático é o autor de todas as reações dinâmicas e laboriosas do corpo; cumpre-lhe acelerar a atividade do coração, estreitar os vasos e dilatar as veias respiratórias, assim como aumentar a cota de oxigênio no sangue, mobilizando o açúcar armazenado no fígado e administrando o combustível necessário para que os músculos possam trabalhar a contento. Mas ao nervo vago, ou parassimpático, cabe realizar ação inversa, embora também num sentido de labor orgânico, pois tanto estimula as atividades intestinais, a fim de que o homem se nutra enquanto repousa, como também apressa o trabalho dos rins para eliminarem os resíduos sobejados no metabolismo geral. Sob a sua ação, a respiração se enfraquece, reduzem-se os batimentos cardíacos e o afluxo de circulação de sangue, o que impede que o corpo carnal se desgaste totalmente e sim descanse e se renove a contento das necessidades cotidianas do espírito. Eis por que a Medicina considera o sistema simpático como sendo o nervo do trabalho, enquanto o vago é o nervo responsável pelo descanso corporal. Acontece, no entanto, que o corpo astral (ou “corpo dos desejos”, muito conhecido dos ocultistas e fiel tradutor das emoções do espírito para o organismo carnal) encontra-se apoiado exatamente nesse sistema duplo do nervo vagossimpático, que ocupa e penetra profundamente a região abdominal, cercado pelo sistema dos gânglios nervosos do plexo solar. Em conseqüência, toda emoção, desejo ou sensação do espírito repercute imediatamente nessa região tão delicada, que a Medicina cognominou de “segundo cérebro”, ou cérebro abdominal, considerando-a como a “subestação” nervosa mais importante do corpo humano, depois da responsabilidade e das funções do cérebro comandante de todo o organismo de carne.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE O INTERCÂMBIO COM O MUNDO INVISÍVEL.




PERGUNTA: - As sessões espíritas que realizamos na Terra são sempre assistidas pelos espíritos bons?

RAMATÍS:  Indubitavelmente a presença e a assistência dos bons espíritos nas sessões espíritas dependem muitíssimo das intenções e dos objetivos das pessoas que se propõem ao intercâmbio com o mundo invisível. Mas, também, é certo que todas as criaturas já vivem acompanhadas pelas almas que lhes são afins a todos os seus atos e pensamentos. Assim, os homens regrados e generosos também simpatizam e atraem as boas companhias do "lado de cá", cujas almas, quando em vida física, já viviam afastadas das paixões degradantes e dos vícios perniciosos. No entanto, os maldosos, corruptos ou viciados, transformam-se em focos de atração dos espíritos gozadores, maquiavélicos e mal-intencionados.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

COMO “EXU” FOI ERRONEAMENTE ASSOCIADO AO DIABO?






PERGUNTA:  Como o fetichismo das crenças mágicas populares juntamente com o sincretismo, fez "exu" ser associado ao diabo, numa distorcida adoração ao demônio, como rito institucionalizado?

RAMATÍS:  A nação africana que mais influenciou a formação das seitas afro-brasileiras com seu fetichismo e suas crenças mágicas foi Iorubá.  Os escravos africanos, ao contrário dos índios, que não foram escravizados, idealizaram o sincretismo para poder realizar seus cultos nas senzalas. Inteligentemente, os orixás são santificados, correlacionados com os santos católicos mais conhecidos. [1] Após a alforria, essa situação se fortaleceu como forma de integração e legitimação numa sociedade regida pelo catolicismo.

[1] Nota do médium  Na época da escravatura, os negros eram obrigados a seguir o catolicismo. Quando batizados, recebiam um nome português e tinham de freqüentar as missas aos domingos. Os sacerdotes iorubás, entre outras nações africanas que passaram a viver no Brasil, imediatamente identificavam cada santo com alguma das personagens que ilustravam os orixás, aceitando esses santos prontamente, por sua índole espiritual mística e universalista. Posteriormente, o sincretismo teve a propriedade de favorecer a inclusão social da umbanda num momento de perseguição e preconceito. As primeiras tendas e os primeiros terreiros levavam nomes católicos com a finalidade de obter aceitação urbana. Ao contrário do início do processo sincrético, em que os negros "fingiam" adorar os santos católicos para não sofrer duras penas dos senhores, essa fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, após a libertação dos escravos, sofreu uma reinterpretação com o espiritismo, ocasião em que as fachadas das tendas e dos estatutos de fundação tinham a denominação "espírita" associada a um santo católico, para seus integrantes não serem perseguidos pela polícia. Durante a escravidão, quando os negros construíam seus altares, eram obrigados a colocar os santos católicos na parte superior, mas na parte inferior fixavam os fundamentos dos orixás (pedras, minerais, oferendas votiyas, ervas, entre outros símbolos) no chão de terra batida. Na hora de cultuar os santos, na verdade cultuavam os orixás e assim conseguiam realizar seus transes ritualísticos sem que o homem branco, o senhor ou o clérigo da vizinhança, os proibissem. Pode-se afirmar que até hoje os pretos velhos são matreiros para levar os consulentes a se modificarem e a fazerem aquilo que eles recomendam, bem como se mostram atilados quanto ao famoso engambelo, quando o que parece ser não é, principalmente quanto a processos obsessivos que envolvem entidades mistificadoras querendo se mostrar aos médiuns como espíritos do movimento de umbanda e não o são. É importante relembrar que nas raízes da fusão sincrética entre os orixás e os santos católicos está um hábito que até hoje é adotado nos templos de umbanda: chegar a um terreiro, saudar a entrada e depois o congá.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

UMBANDA, A CORRENTE FILOSÓFICA, DOUTRINÁRIA E RELIGIOSA ENCARREGADA DE PROMOVER A RESTAURAÇÃO DOS “MISTÉRIOS MAIORES”.



PERGUNTA:  Seria a umbanda a única corrente filosófica, doutrinária e religiosa encarregada de promover a restauração dos "mistérios maiores", a verdadeira tradição de sabedoria dos magos e iniciados ao longo da História?



RAMATÍS:  Sem dúvida, a umbanda promoverá a reinstalação de muitos conhecimentos e práticas dos antigos magos e iniciados. Por ter em sua essência doutrinária a rejeição a dogmas, está em constante evolução enquanto movimento ativo e dinâmico no Espaço.  Abriga e incorpora constantemente, em suas práticas fragmentos de quase todas as filosofias mágicas ancestrais, desde os idos da saudosa Atlântida. Por isso, é criativa, dinamizadora e transforma ininterruptamente o meio à sua volta, num espectro eminentemente benfeitor. Com toda a sua abrangência em solo pátrio e nos planos rarefeitos, aliada à sua importância para os Maiorais sidéreos, conquanto indispensável ferramenta crística, passa longe de ser uma única corrente ou um único caminho doutrinário-religioso-filosófico, o que demonstraria comportamento sectário e dogmático de seus formuladores no Astral superior.

domingo, 16 de agosto de 2015



"O HOMEM É O PRODUTO DO QUE PENSA"



PERGUNTA:  Poderíeis explicar-nos algo proveitoso sobre a mente?

RAMATÍS:
  A mente é o principal meio de ação do espírito sobre as formas ocultas ou
visíveis da matéria; é responsável por todas as criações e metamorfoses da vida. Há muitos séculos, já se citava, na Terra, o sábio aforismo hindu: "o homem se converte naquilo que pensa"; equivalente, também, ao
conceito ocidental de que "O homem é o produto do que pensa". O poder, ou a energia mental própria de todo espírito, serve para realizar seus objetivos, de conformidade com as aspirações da consciência. E um reflexo do poder do pensamento emanado da Mente Divina, manifestado através dos espíritos imortais.
O espírito do homem aciona, pelo pensamento, a energia sutilíssima da mente e atua, de imediato, através do duplo-etérico, no corpo físico, onde cessa o impulso gerado no mundo oculto. Sob o processo mental, produzem-se modificações incessantes nas relações do indivíduo com o ambiente e as pessoas. Em conseqüência, o homem é o resultado exato do seu pensamento, porque a mente é o seu guia, em qualquer plano da vida. A mente, enfim, é a usina da inteligência, do progresso moral, físico, científico, artístico ou espiritual. É a base da felicidade ou da desventura, da saúde ou da doença, do sucesso ou da fracasso. A atitude mental pessimista do ser estigmatiza-lhe, nas faces, o temor, o desânimo ou a velhice prematura, enquanto os pensamentos otimistas dão juventude ao rosto velho, coragem ao fraco e desanuviam os aspectos desagradáveis. Através das diversas vidas físicas, o espírito educa e aprende a governar suas forças mentais, até plasmar sua forma angélica e usufruir a Ventura Eterna.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

EXPERIMENTAÇÃO NA MATÉRIA DENSA – 3ª parte. (Final)


Aumentará a longevidade dos cidadãos terrícolas. O corpo físico, empréstimo divino para a experimentação do princípio espiritual na matéria mais densa existente em vosso orbe, será mais cuidado com a maior conscientização, embora continue permeando os vícios e exageros na coletividade.
Os estragos do fumo e do álcool, aliados à vida sedentária e ao excesso de comes e bebes, degradam o envelhecimento saudável. Vosso corpo atinge a capacidade vital máxima aos 25 anos, em média, a partir daí começa a declinar, evidenciando o início do processo que leva a organização fisiológica ao deperecimento. Há perda gradativa de massa óssea e inicia-se a queda hormonal. O metabolismo se torna cada vez mais lento. Diminui a capacidade respiratória e muscular, e os humanos, pelas facilidades da vida hodierna, têm grande propensão a engordar.
Os bons hábitos não adiam vosso momento de desencarne, mas os maus podem antecipá-lo, levando às condutas que ocasionam o suicídio indireto. Há sete comportamentos que podemos citar que levam a uma vida mais saudável e feliz: não fumar, não beber (ausência de quaisquer vícios), manter atividade física regular, estudar sempre, manter as emoções estáveis, ser otimista diante da vida e ter uma atividade espiritual.
A agitação e os excessos da vida contemporânea dificultam enormemente a interiorização, o voltar-se para dentro de si e serenar os ânimos. Procurai encontrar Deus e encontrareis as respostas. Madre Teresa de Calcutá trabalhava pelo bem-estar "dos mais pobres entre os pobres". Ela se orientava pela sabedoria esotérica: "Ousar, querer, agir e permanecer em silêncio." Em momento de inspiração mediúnica, escreveu: "Nós precisamos encontrar Deus, e Deus não pode ser encontrado no barulho e na agitação. Não podemos nos colocar diretamente na presença de Deus sem que nos imponhamos silêncio interno e externo. É por isso que devemos nos acostumar com o silêncio da alma, dos olhos e da língua. Não há vida de oração sem silêncio. Tudo começa com a prece que nasce no silêncio dos nossos corações. Os contemplativos e ascetas de todas as épocas e religiões encontraram Deus no silêncio e na solidão do deserto, das florestas e das montanhas."

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

EXPERIMENTAÇÃO NA MATÉRIA DENSA – 2ª parte



...Nesse último caso, o irmão encarnado justifica-se, sendo seu pensamento mais inconsciente: "não pratiquei o mal e sempre cumpri com as obrigações de estudo e freqüência ao centro espírita." A atividade na casa espírita se tornou um doce convívio social. São ocasiões em que se preenche o horário vago, normalmente tedioso, e as senhoras bem trajadas e os senhores circunspectos, de alto padrão financeiro e sem ocupação costumeira, rotineiramente se dirigem em seus automóveis possantes para o grupo mediúnico, fechado e distante dos encarnados doentes e tão problemáticos. Preferencialmente, para alguns médiuns e dirigentes, que as manifestações psicofônicas dos irmãos do "lado de cá" sejam suaves e poéticas, para não se cansar em demasia o delicado aparelho mediúnico no breve encontro semanal. O Pai tudo provê e a caridade sempre se faz presente. No mais das vezes, o maior beneficiado é exatamente o médium, já que muitos desses irmãos foram beatos dedicados em outras vidas, de grande ociosidade no exercício do auxílio ao próximo e muito expostos aos dogmas que deixaram os seus espíritos infantilizados, e agora têm o primeiro contato com a mediunidade, decorrência da justa aplicação da Lei do Carma, mas ainda recaem nos seus condicionamentos milenares.  

A concepção do progresso por meio da passagem e do aprendizado do espírito em mundos sucessivos não é de forma alguma uma hipótese remota, e, para os ocultistas e esotéricos, sempre foi um fato fora de qualquer dúvida, bem como o é para os espíritas, hinduístas, budistas, maçons, rosa-cruzes, teósofos, umbandistas e espiritualistas em geral. Haveria sentido na Cosmogênese Divina se todos os planetas de vosso sistema fossem idênticos? Diferem entre si não somente no aspecto mais visível às vossas sondas espaciais, mas nas condições de equilíbrio entre o princípio espiritual e a matéria correspondente, havendo harmonia como tudo no Cosmo. Os mundos superiores, habitações diversas da escala ascensional, são cada vez mais rarefeitos, menos grosseiros e mais sutis. Existe um impulso que constantemente está levando os espíritos libertos do ciclo grosseiro da carne a esses locais mais elevados, como se fossem ondas cíclicas que os impulsionam de acordo com o estado vibratório atingido. É como se houvesse uma ruptura da crisálida, libertando a borboleta que esteve prisioneira como lagarta rastejante no solo - o espírito milenar retido no corpo carnal -, alçando-a para o alto, para o voo perante a beleza de um jardim florido.  
A evolução do homem não acontece em um único orbe, numa única partícula do Cosmo. O corpo físico, o mais denso e grosseiro, é o primeiro elo de que o princípio espiritual se liberta, continuando seu jornadear em outras paragens, em outros planetas do Infinito cósmico. A vida no Além não é isenta de mudança, de progresso e aperfeiçoamento constante nas mais variadas latitudes do Universo. Embora os maiores efeitos sejam sentidos no Plano Astral, vós tendes a oportunidade de trabalhar imediatamente as causas de vossas mazelas ou felicidades, pois o estar no corpo físico é sublime empréstimo divino para o burilamento íntimo, o equilíbrio da balança cármica. O homem terrícola está no início da longa jornada evolutiva. A perfeição, a angelitude, embora meta de longo alcance, inicia-se quando se submete aos sentimentos superiores os impulsos primários e animalizados. Em outros orbes, atingir-se-á ápices de perfeição ainda inimagináveis a vós. Imaginai essa vida completamente fora das grosseiras percepções que tendes na carne. Concebei o zênite que se alcançará um dia na escalada evolucional e tende a certeza de' que, nesse momento consciencial, talvez vosso orbe não mais exista como o compreendeis na matéria. Os imensos abismos do futuro nada são diante da vida imortal do espírito.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Experimentação na Matéria Densa – 1ª PARTE




O Esoterismo, embora sendo um sistema espiritual, debruçou-se sobre a natureza e apresentou ao homem sequioso de conhecimento um método de observação completo que poderia ser concebido pela inteligência humana. Não se descarte a contribuição das mentes iluminadas de todos os mestres e instrutores espirituais que sempre estiveram acompanhando o progresso das criaturas. Os esotéricos e ocultistas sempre souberam explicar a evolução sem destruir os princípios dos homens, desde os mais simples até os mais elevados. 
A teoria evolutiva das espécies mais aceita dentre todas - a darwiniana - é um apanhado baseado na observação criteriosa de seu idealizador, o naturalista Charles Darwin, que a formulou no século XIX. Descobrimento independente de uma parte da vasta verdade espiritual, não explica o todo, pois se baseia no que é aparente aos olhos carnais e no frágil meio de manifestação do espírito imortal, ou seja, o corpo físico, elo mais grosseiro de expressão do princípio inteligente no meio mais denso que o cerca durante sua existência na matéria, e necessário à consciência os primeiros degraus da evolução. Os esotéricos e ocultistas nunca mantiveram seus ensinamentos isolados, estanques. A teorias da ciência, da Física, da Química, entre outras, nunca foram irreconciliáveis com eles.

Ao contrário, estão vinculados e caminham de mãos dadas, e quase todos os antigos sábios e místicos de outrora se interessavam sobretudo pelas ciências físicas e muitos por Alquimia.  Assim foi na época da codificação da Doutrina Espírita, que veio esclarecer os racionalistas pragmáticos do Ocidente e aproximá-los das meditações abstratas do Oriente quanto aos aspectos relacionados às verdades espirituais, à Lei do Carma, à pluralidade dos mundos habitados, à preexistência da alma, à origem do homem na Terra, salientando os principais. Não havia condição evolutiva para constarem nas obras básicas de Allan Kardec pormenores quanto ao corpo etérico, corpo astral, corpo mental; também não se poderia entender as leis da Biologia e da Embriogenia, que estudam os fenômenos organogenéticos, nada se sabendo dos genes e dos cromossomos. Observai que a fonte de sabedoria do Altíssimo jorra de acordo com a capacidade de vazão do leito do rio, sob pena de haver, em caso contrário, um transbordamento, afogando as criaturas que convivem nas suas margens.

A BENGALA DE PAI ANTÔNIO



Para aquela mulher, com setenta e seis anos de idade, era quase impossível compreender a confusão em que sua vida se transformara após uma cirurgia tão simples. Tudo ocorreu da forma desejada no plano físico, porém, tanto ela quanto o médico, ignoravam que no plano astral havia se desencadeado um processo de resgate, tanto ou mais dolorido que sua perna enferma.
Acordada durante a noite por um forte estalo no quarto, visualizou ao lado da cama uma fumaça esbranquiçada que aos poucos tomou a forma de uma pessoa. Assustada, acendeu a luz, e a imagem sumiu. Seqüencialmente, outras formas foram invadindo sua casa e sendo visualizadas somente por ela, criando quadros de terror. O pós-operatório foi feito de noites de medo e insônia, em decorrência da movimentação no lado astral, totalmente aberta à sua vidência. Eram animais peçonhentos, pessoas deformadas, brincalhões que a ameaçavam, mulheres que arrastavam crianças e jovens que praticavam sexo. O medo tomava conta de sua vida, embora estivesse bem consciente de que aquilo tudo pertencia "ao outro mundo". Por isso, não ousou contar os fatos para as sobrinhas, suas tutoras, temendo ser internada como louca.
Quando já não suportava mais o terror em que se transformara sua vida, solicitou ajuda a uma amiga que "entendia dessas coisas", médium trabalhadora de uma casa espiritualista. Para quem nasceu e cresceu sendo norteada pela religião católica, embora vivendo de aparências e sem fé nenhuma, desdenhando sempre de qualquer outro credo, a dor havia chegado como aprendizado. Por essa razão é que o recado veio justamente por intermédio daquele médium sentado no toco de um terreiro humilde para seus padrões de exigência, .acostumada que estava aos templos luxuosos.
No lado material, aquela senhora comparava o congá simples, iluminado apenas por algumas velas, com os altares pomposos iluminados por castiçais banhados a ouro; as paredes toscas daquele local eram comparadas com os vitrais das catedrais; e o alguidar de barro fumegando, com a defumação usando sofisticados incensários, hoje infelizmente pouco usados nas igrejas.
O cheiro bom das ervas queimadas na brasa foi alertando seus sentidos; ela já não enxergava somente o lado físico. No ambiente astral, sua vidência denunciava que à sua frente estava Um pai velho arqueado, de cabelos encaracolados e brancos, com uma bengala na mão, baforando um cachimbo tosco e cheiroso. No rosto, carregava um sorriso aberto, mostrando com ele sua alma clara que invadia o local como se disparasse raios luminosos. O quadro era alentador para aquele espírito que havia muito ansiava por um momento de paz. Foi assim que se entregou a ouvir as sábias palavras do preto velho: - Zin fia, zi deve di tá sem jeito pra fazê o faladô com nego véio. Ele havia falado daquela forma justamente para atiçar sua atenção.
- Eh... eh... Não se avexe, filha, Pai Antônio, quando quer, sabe falar com destreza também. Pode ficar à vontade, o que a filha quer deste pai velho?
- Eu tenho medo de estar louca. Vejo coisas...

Enquanto a senhora contava sua história atual, Pai Antônio, espírito adestrado na magia e conhecedor do psiquismo humano, tendo estagiado por longo período em escolas da Grande Fraternidade Branca, captava na tela holográfica daquele ser a realidade não percebida pelos encarnados. Não haveria na Terra medicamento que curasse a raiva, a arrogância e o descaso com as leis divinas, bem como não conhecia na ciência física remendo capaz de consertar os rombos efetuados na tela atômica pelas explosões desses sentimentos, bem como pelo mau uso das energias. Nem no mundo astral não conhecia nenhum paliativo para curar sua dor, colheita de ações pretéritas. Só havia alguém capaz de curá-la: ela mesma. Continuando, Pai Antônio falou:
- A dor é uma reação das agressões que efetuamos em nosso espírito. Antes de recebê-la, somos alertados de várias maneiras, e ela só chega quando se esgotam os outros instrumentos. Vem como alerta, nunca como castigo, por isso é preciso entender seu recado. A revolta e a não aceitação de nossas falhas nos deixam fragilizados, e, com isso, intensificamos sua estada em nosso corpo carnal.
Agora brotava nela a lembrança dos momentos de extrema revolta pela dor na perna e pela limitação e vergonha que a bengala lhe imprimia. Lembrava das inúmeras vezes que, com muita raiva, havia dito que "trocaria aquela dor por qualquer coisa".
- Os pensamentos e as palavras são sons gravados no Universo e, dependendo da energia que carregam, afinam-se com os iguais que os ouvem, concretizando assim nossos desejos mais inconscientes, mesmo e inclusive os de auto-flagelo. Ela sabia de seus débitos e por isso compreendia que havia trocado a dor física pela dor da consciência. Em sua tela mental agora desfilavam os "trabalhos encomendados", pelos quais pagava bem caro, desde que resolvessem seus desejos mesquinhos. Era moça bonita e faceira, mas sem sorte no amor. Desejosa e cansada de tentar conseguir um casamento, já com idade avançando, não relutou em aceitar as propostas de um homem casado que às escondidas a visitava algumas noites. Com isso, e por estar só, passou -a se excluir da sociedade, onde ambicionava um lugar de destaque, até que resolveu tirar de seu caminho quem atrapalhava sua ascensão. Foi assim que inveteradamente passou a programar a morte da esposa de seu amante. Conheceu vários lugares e pessoas que realizavam magia negra, mas nada de conseguir o resultado desejado. Inspirada por quiumbas aproveitadores, foi descendo o nível e chegou a uma velha feiticeira, que por bom preço a ensinou a realizar magia pesada com as próprias mãos, prometendo assim efeito mais rápido e eficiente. Usou os elementos e os elementares artificiais, condicionando-os ao seu mando e energia, e mesmo assim não conseguiu o desejado, pois a vítima vibrava em outro diapasão. A inveja e a raiva corroíam-lhe o ser todas as vezes que via o homem desejado freqüentando a missa aos domingos com a esposa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

APOMETRIA: O “PELOTÃO DE CHOQUE”







PERGUNTA:  Na postura ativa dos grupos de apometria, tornou-se habitual trazer espíritos obsessores por meio de evocações e criação de campos de força de detenção. Parece-nos que há um "pelotão de choque" dando cobertura às lides apométricas. O agrupamento terreno não corre riscos de assédios e revides adotando esses procedimentos, ao nosso ver violentos?



RAMATÍS:  Nos trabalhos mágicos de todos os tempos sempre houve uma operação conhecida por exorcismo, que nada mais é que o afastamento dos espíritos obsessores do indivíduo e do local por ele habitado. As evocações e invocações são necessárias para que haja concentração, e a corrente mental criada pelas emanações dos encarnados fornece a quantidade de energia necessária para as intervenções que estão= ocorrendo nos subplanos inferiores do plano astral, conduzidas pela equipe espiritual.

É verdadeira a existência dos "pelotões de choque", o que não tem nada a ver com violência. Considerai que um caboclo de Ogum, em trânsito nas zonas abissais, e um exu guardião, atuando nas esferas trevosas da subcrosta terrícola, não são exemplos de mansuetude e cordialidade se comparados a uma freira fazendo preleção evangélica para estudantes púberes numa manhã dominical, mas passam ao longe de serem classificados como violentos. Esses equívocos de interpretação demonstram preconceito com as diferenças de aparência (formas) dos corpos astrais que as entidades adotam, que, por sua vez, são plasmadas em concordância com as coletividades que estão sendo socorridas.

BREVE HISTÓRIA DE VOVÓ BENTA





Negra esbelta, de sorriso sorrateiro e conquistador, de requebrado insinuante, andava pelo casarão deixando no ar o cheiro do manjericão. Cantarolando, sempre faceira, atiçava o desejo tanto dos negros quanto dos brancos. Não passou despercebida do olhar do patrão, sinhozinho cujos dotes de beleza também assanhavam aquela negrinha. E assim, depois de uma primeira vez, foi inevitável que todas as noites ele a procurasse na senzala. Não era só um desejo. Além do corpo que ardia ao vê-la, seu coração estava emaranhado por um sentimento que ele insistia em negar.
Foram anos de encontros furtivos, os quais a sinhazinha fingia não ver. E foram também muitos abortos, tendo ela desencarnado quando da realização de um deles.
Haveria de renascer, muito pouco tempo depois, no mesmo lugar. Negrinha doente, que sobreviveu à morte da mãe no parto. Muito cedo aprendeu a benzer, e ali estava uma negra curandeira. Parteira requisitada, não tinha hora para atender, até o dia em que, para salvar uma escrava das mãos do feitor, levou uma paulada nas costas e ficou aleijada. Andou o resto da vida agachada, com fortes dores, mas nem por isso deixava de salvar vidas. Desencarnou cega e arqueada, porém feliz. Mas havia muito a ressarcir na contabilidade do Céu. Por isso, juntou-se às bandas de Aruanda e, como preta velha, desceu à crosta para ajudar a curar e aconselhar as pessoas. Precisou de um aparelho cujo comprometimento fosse adequado às suas energias, para que juntos pudessem aprender que é curando as feridas alheias que as nossas se cicatrizam.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

APOMETRIA: A IMPORTÂNCIA DAS IMAGENS MENTAIS






PERGUNTA:   Para a aplicação da apometria ser bem sucedida é essencial que o dirigente esteja apto a elaborar imagens mentais e "sugestionar" o grupo. Considerando que somos naturalmente desconcentrados, concluímos que nem todos se adaptam à dinâmica apométrica. Nesses casos, podemos deduzir que há uma exigência de postura pessoal e treinamento mental muito mais ativo do que a "mera" passividade mediúnica tradicional, em que se espera os espíritos aproximarem-se da mesa no escuro, entre cochilos e bocejos?

RAMATÍS:  Sem dúvida, para os trabalhos mágicos com apometria ser bem sucedidos, é de fundamental importância que o operador encarnado tenha a capacidade mental para movimentar as energias cósmicas e condensá-las, direcionando-as e controlando as no plano astral, processo que é potencializado pelo apoio dos espíritos que dão suporte ao agrupamento. Evidente que os princípios de criação das formas de pensamento em que todos se apoiarão são os mesmos da magia de todos os tempos, precisando o mago operante no plano material ter a disciplina e a concentração mental necessárias para a "solidez" das imagens nas dimensões etérica e astral.
Há de se salientar que a mente se oporá com acentuada rebeldia às tentativas conscientes de treiná-la. Os artifícios inconscientes irão das dores de cabeça e palpitações às agitações e dificuldade de concentração, entre outras artimanhas próprias que acompanham o hábito indisciplinado de pensar. A mente "julga" pelas impressões do corpo mental concreto, arraigado aos padrões tradicionais que precisam dos estímulos visuais e auditivos para reter-se por alguns minutos em atenção. É quase impossível deter-se esse fluxo de pensamentos rebeldes, o que exigia dos antigos iogues um esforço hercúleo de anos para conseguir esvaziar a mente de forma disciplinada, com a força do ato volitivo consciente. Infelizmente, esse treinamento é escasso nos dias de hoje, pois o que vemos na grande maioria dos grupos de apometria é uma dificuldade enorme de concentração dos sensitivos, e raramente a capacidade mental adestrada de criarem-se formas abstratas sem os estímulos sensórios dos sentidos físicos convencionais. Na maioria das vezes, se não fossem as adestradas mentes dos espíritos benfeitores que dão cobertura aos trabalhos apométricos, essas lides seriam um fracasso.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

QUAL A QUANTIDADE EXATA DE PRANA NECESSITAMOS PARA VIVER COM SAÚDE?



PERGUNTA:  Alguns ocultistas explicam que os homens ricos de Prana são os que "vendem saúde"! Isso é exato?



RAMATÍS:  Os organismos vivos, quando em equilíbrio e harmonia, só absorvem a quantidade exata de Prana indispensável para manterem o seu corpo sadio e eufórico. Quando há excesso de Prana no homem, isso afeta-lhe a saúde, pois o sistema nervoso torna-se excitado e irregular. É um estado mórbido que se torna um campo favorável à enfermidade física; e, em certos casos, pode mesmo ocorrer a morte sob a paradoxal diagnose de "apoplexia vital". Esse fato é semelhante ao que acontece com a eletricidade, quando a voltagem muito elevada danifica e "queima" os equipos elétricos de capacidade reduzida, adequados a menor quantidade de força. É, também, caso idêntico ao do sangue que, em excesso, é danoso para o organismo humano, podendo resultar em ataque de apoplexia. 
Em sentido oposto, quando há Prana em quantidade insuficiente para atender às necessidades vitais comuns, o homem torna-se anêmico e morre pela exaustão. Infelizmente, o terrícola ainda subestima os ensinamentos tradicionais esotéricos, 2 pois se ele realmente se dispusesse a investigar e conhecer a natureza, o potencial e a função do Prana, sabendo ativá-lo nas entranhas do seu organismo, ele conseguiria eliminar certas moléstias ainda freqüentes em sua existência. Através da purificação de sua respiração e pela graduação consciente e proporcional dessa maravilhosa energia vital para o seu corpo, o homem atilado viveria à semelhança de um seguro aparelho de precisão, com excelente transformador de estabilidade a regular-lhe a voltagem mais certa para o seu tipo biológico. Gozaria de um equilíbrio vital qual usina viva a fornecer energia vigorosa e criadora para vitalizar os próprios familiares e proporcionar saúde aos enfermos. Dominando o metabolismo e a função dos "chacras", do duplo etérico, então seria capaz de repor, de imediato, a carga vital faltante e consumida nas relações com as criaturas desvitalizadas. E em sentido oposto, poderia reduzir o excesso prânico que resulta em tensão nervosa, excita os movimentos e conduz o homem a atos violentos, como expansão equilibrante de seu vitalismo. 3 

2 - Nota do Revisor: Embora não seja realmente um tratado específico sobre o Prana, recomendamos aos leitores ávidos de harmonizar a sua saúde, os livrinhos: "A Ciência Hindu-Yogi da Respiração", "Ciência da Cura Psíquica" e a "Cura Prática pela Água", obras de Yogi Ramacharaka, onde encontrarão excelentes diretrizes para um bom desenvolvimento mental, físico, psíquico e espiritual. Obras editadas pela "Livraria do Pensamento". 

3 - Nota do Revisor: Quando jovem, fui campeão de Ciclismo do Paraná durante três anos consecutivos e retomava das provas mais rudes e prolongadas refeito em minha vitalidade. No entanto, por gozar de um excesso de "Prana", só mais tarde percebi que era obrigado a exercícios e caminhadas sem objetivos deliberados, a fim de manter-me equilibrado e sadio pelo próprio cansaço. Felizmente, ingressando no Espiritismo, verifiquei que alcançava a mesma harmonia doando o meu excesso de fluidos prânicos nos passes magnéticos ou mediúnicos. Aliás, conheço confrade que não consegue conciliar o sono, caso transcorra um dia sem ele transfundir em passes ou exercícios fatigantes o excesso de "Prana" de que é portador. 

Basta ao homem um conhecimento singelo da filosofia e dinâmica do chacra  esplênico, que absorve o Prana, à altura do baço físico, para ele saber melhorar a cota e a qualidade do seu sangue, logrando uma purificação sanguínea capaz de livrar sua pele e seu corpo de excrescências, verrugas, manchas e impurezas.

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