PERGUNTA: Cremos
que nesses casos se faz sentir uma influência mais positiva, mais física, porém astronômica e não astrológica. Que dizeis?
RAMATÍS: Se
colocardes em um extremo a influência astronômica e no outro a astrológica,
ser-vos-á dificílimo distinguir qual das duas forças age com mais vigor, na
hora de sua atuação. Embora fugindo à cartomancia e aos horóscopos dos
"dias felizes", há perfeita identificação entre as coisas e os seres
que nascem sob absoluta influência astrológica da Lua. Ambos podem
assemelhar-se, tanto no psiquismo, nas características físicas, como nas conje-turas
astrais do satélite da Terra. As criaturas "astrologicamente lunares"
são de cútis branca, pálida, carne flácida, vivendo imersas em sonhos e visões;
são místicas e proféticas, conhecidas como indivíduos que "vivem no mundo
da lua". Os seus estados psíquicos e psicológicos coincidem,
perfeitamente, com a natureza poética, física, magnética e fundamentalmente
astrológica da Lua. As plantas lunares são de aparência bizarra, predominando
nelas a cor branca; são pouco atrativas, isentas de cheiro, lembrando o
exotismo de um "sabor de luar". Predominam entre elas as leitosas,
frias, antiafrodisíacas, de folhas grandes, ovaladas ou redondas, como a couve,
a alface, o repolho, e algumas recordam o suave hipnotismo das noites
enluaradas; são narcóticas e produzem o sono letárgico, como a papoula branca —
que fornece o ópio ou a heroína — a alface, que é aconselhada como medicamento
contra a insônia, o sândalo branco, docemente hipnótico ou o heléboro branco,
que causa a melancolia. Há as que lembram as características e a cor da própria
face da Lua voltada para a Terra, como o lírio, a açucena, as pétalas da
margarida e a rosa branca. Os frutos mesmos, nascidos sob influência da Lua,
revelam aqueles característicos de insipidez de que tratamos há pouco, como o
pepino e a abóbora.
No terreno
patológico, é ainda mais intensa a ação do astral lunar. Os astrólogos
estudiosos poderão anotar a recrudescência das crises das tuberculoses e das
tíficas, ou de moléstias tropicais, que se registram justamente nos chamados horários
astrológicos descendentes. A epilepsia, enfermidade que ainda desafia a terapêutica
médica, era curada pelos caldeus, na antiguidade, com o emprego do trevo e suas
flores, planta lunar que era colhida em hora favorável porque, sujeita à influência
da Lua, atendia com êxito à maioria dos casos de "epilepsia
lunática".
Até os
"médiuns" de fenômenos físicos — que, na fase de eclosão da mediunidade,
oferecem por vezes quadros mórbidos exatamente ao nível dos ataques de
epilepsia — são fortemente atuados pelo fluido lunar, que é um dos responsáveis
pela integridade astral da substância ectoplásmica exsudada pelo sistema
nervoso do ser humano!
A asma,
enfermidade pronunciadamente de origem astral, proveniente de excessiva
intoxicação psíquica acumulada em várias reencarnações, agrava-se conforme a
influência boa ou ma do astral da Lua que, neste último caso, oprime fortemente
o calibre dos brônquios do asmático. Os magos antigos curavam essa moléstia
servindo-se da semente da beldroega, pilada com mel, porque era planta lunar
astrológica capaz de dilatar os alvéolos bronquiais. Os germes lácticos, formadores
do leite materno, deixam a mãezinha sem leite, quando se tornam letárgicos
devido à influência coercitiva da Lua; no entanto, os antigos conseguiam despertar
esses germes para as suas funções dinâmicas fazendo uso da alface colhida antes
do nascimento do Sol e em boa atuação lunar. Evitava-se, assim, que o
magnetismo da Lua, depositado nas folhas da alface e dosado na intimidade da planta,
fosse dissolvido pela força solar.
As
sementes da couve, planta lunar, recolhidas astrologicamente, produziam ação
vermífuga nos parasitas agitados pelo "crescente"; as folhas (ou o
suco extraído das mesmas) aliviavam a furunculose periódica e agravada pelo
astral da Lua. Há um tipo de febre que muito se confunde com a brucelose —
conhecida na Índia como "doença prateada" — cuja irregularidade termo
gênica produz crises em perfeita sincronia com as atuações do vosso satélite.
Antigamente,
os sábios resolviam a desobstrução da vesícula e eliminavam a estase biliar com
a ação mais "físio-radiativa" do sal da planta margarida, que
deveria
ser colhida, especificamente, em "bom aspecto lunar". A violeta
amarela, cuja decocção é rica de "seiva-lunatizada", quando colhida
de madrugada, curava instantaneamente os perigosos acessos de
"aploplexia-lunática". Associando a ideia comum de
"fluxos magnéticos", peculiares à claridade da Lua, com a sua ação
nos fluxos e refluxos das marés, todos os fluxos leucorréicos, blenorrágicos ou
catamênicos, entre os atlantes, eram curados com a planta denominada "nenúfar",
conhecida entre vós, cientificamente, como fazendo parte da família das
Ninfeáceas ou, popularmente, "bandeja-d'água", vegetal este que é um
dos mais poderosos catalisadores de fluxo lunar no plano astral da Terra.
Ramatís – Do livro: “Mensagens Do Astral”
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