PERGUNTA:
Qual a maneira como
Jesus conseguia atender os diversos lugares, onde fazia suas palestras ou
pregações evangélicas?
RAMATÍS: De princípio, Jesus percorria a Galiléia, não muito longe de Nazaré, até Cafarnaum, às vezes descendo até
Samaria, sem atravessar o Jordão ou o mar da Galiléia. Os seus discípulos o
cercavam de cuidados e procuravam preservá-lo até do sol, cobrindo-lhe a cabeça
com algum manto de seda, como era costume local, e que comumente Jesus recusava
e preferia a vivência de usufruir de todos os benefícios da natureza.
Algumas
vezes cavalgava um burro ou mula dócil. Em geral, o Divino Mestre fazia as suas
pregações ao entardecer, na hora de maior vibração positiva, quando o poente se
irisava de cores, pois gostava de aliar o efeito policrômico e a fragrância da
natureza à ternura e poesia de suas palavras afetuosas, numa ondulação de
fortes vibrações psíquicas.
Apreciava
falar do cimo das pequenas colinas, enquanto seus discípulos, amigos e fiéis se
acomodavam a seus pés, embebidos na doce mensagem de esperança que lhes
anunciava o tão esperado "reino de Deus". Outras vezes, rumava diretamente
para o vilarejo mais próximo, tornando venturoso o lar onde se hospedava,
participando da ceia modesta e despertando os seus hospedeiros com palavras de
ânimo, alegria, consolo e esperança.
As
criaturas aglomeravam-se pelas portas e janelas, ávidas de ouvir o rabi da Galiléia
tecer suas indescritíveis parábolas de ensinamentos singelos e compreensíveis
às próprias crianças. A "paz do Senhor" pousava no teto do lar onde
ele pregava a "Boa- Nova" de esperança e amor. As mães corriam a
buscar seus filhos, pedindo ao profeta de Nazaré que os tocasse, pois se dizia
que sua bênção aliviava as dores e preservava contra as doenças. A presença
dele era suficiente para curar os enfermos imbuídos de fé. Inúmeras vezes, as
suas palavras ternas e comunicativas provocavam explosões de remorsos, lamentos
cruciantes e confissões de delitos conservados em sigilo. Jesus pousava o olhar
complacente sobre todos; aconselhava ladrões a devolverem suas presas; mulheres
duvidosas a se redimirem de seus pecados; e criminosos endurecidos, a vencerem
seus instintos cruéis. Fortalecia a conduta superior nos regrados e estimulava
a prática das virtudes nos bons. Infundia sua força angélica em lodos,
provocando transformações morais que ateavam chamas de bem viver nas criaturas
hesitantes. Aumentava, dia a dia, a fileira
de sua corte messiânica, porque todos sentiam-se felizes na sua aura amorosa e divina.
Do livro: “O
Evangelho À Luz Do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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