PERGUNTA: Poderíeis dar-nos algum exemplo mais concreto dessa mobilização científica de
elétrons e átomos, de que o espírito se utiliza para manifestar uma virtude ou
cometer um pecado?
RAMATÍS
- Quando o artista pensa em pintar um quadro de rosas na sua mais bela
florescência, essa concepção é real na sua mente, porque a tela florida em
projeto só se delineia mentalmente, graças à rapidíssima aglutinação de
elétrons e átomos específicos, para compor os polipeptídios básicos da memória
do cérebro físico, com transformações energéticas para o espírito modelar o
pensamento. O certo é que na mente física há modificações, com perda e ganho de
energia, para sustentar e evoluir a idéia fundamental da futura pintura física,
que então será visível aos sentidos humanos.
Em verdade, a tela reproduz
tão-somente a "materialização" à luz do dia, daquilo que já existia
vivo no campo mental do pintor. No mundo das idéias, tudo é real e possível num
plano superior, graças ao eletromagnetismo dos átomos e das moléculas, que
apesar de sua elasticidade e instabilidade, aglutinam-se nas substâncias mais
variadas sob o comando do espírito, assim como se fixam as tintas na tela
física.
Em
conseqüência, é a manifestação ideal do espírito, superior e mais real do que a
do corpo carnal, que é transitório, porquanto tudo o que é pensado registra-se
no campo etérico do Universo por toda a eternidade. 1 Considerando-se que a
vida espiritual é a original e definitiva, obviamente, são mais definidos,
vitais e positivos os planos intermediários, que vinculam a entidade sideral à
matéria no chamado "descenso vibratório". Assim, o plano espiritual é
o mais real e importante e, em seguida, o plano mental, onde o espírito
corporifica primeiramente o seu pensamento e, sucessivamente, os planos:
astral, da emoção e sentimento; o etérico da vitalidade e usina da vida física;
e o carnal, que é justamente o mais inferior e transitório.
1) Nota do Médium - Extraído da obra "O Aqui e o
Além", de Ruth Montgomery, edição da Record: "Em transe, Edgard Cayce
podia aparentemente recorrer à consciência cósmica e ler os registros
akáshicos, nos quais está supostamente lançada a história de cada vida desde o
começo dos tempos. Akasha é uma palavra sânscrita para a qual não há
equivalente em português".
Desde que todos os pensamentos, atos e fatos são gravados
na superfície do tempo e do espaço, o indivíduo pode, através da meditação,
desenvolver a arte de sintonizar esses registros akáshicos, quase da mesma
maneira como podemos reproduzir velhas fitas gravadas. Idem pág. 135 e 95. Vide
o rodapé nº 1 da pág. 15, da obra "O Sublime Peregrino", de Ramatís.
Quando
o homem pratica um ato pacífico ou produtivo, em favorecimento do próximo, ele
apenas revela em público e através das diversas fases ou escalas descendentes, que
separam o espírito da matéria, o que realmente se sucedeu de modo positivo no
seu mundo mental e a conseqüente repercussão na esfera do sentimento. Não é o
ato puramente físico que lhe retrata a boa obra ou bondade interior, mas, tal
sentimento foi acionado primeiramente no campo definitivo da mente, isto é, da
principal instrumentação do espírito imortal. Assim, a seqüência é
perfeitamente científica e disciplinada num prosseguimento matemático, que
opera gradativamente em cada plano da manifestação do espírito. A prática da
mais singela virtude no mundo físico, movimenta cientificamente leis de
controle criativo em todos os planos ou campos da vida etérea, astral, mental e
mesmo espiritual. Lembra, rudimentarmente, a nuvem invisível de vapor de água
que, pouco a pouco, se condensa sob condições adequadas de temperatura e
pressão que regem os princípios da física. Isso acontece desde o plano imponderável
até formar a mesma nuvem, que em suspenso e pejada de líquido, daí por diante e
pelo aumento de peso sofre mais intensamente os efeitos gravitacionais do mundo
físico até se transformar na nuvem benfeitora.
Sob
o sol mais rutilante e o céu mais límpido e mais azul, a tempestade gera-se, gradativamente,
até eclodir impressionando os sentidos físicos do homem. Mas isso só acontece
depois de obedecer às leis e aos princípios impercebíveis aos sentidos humanos.
Do livro: “O
Evangelho À Luz Do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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