Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"Cada um será julgado segundo as suas obras" - III parte








PERGUNTA - Quereis dizer que o carma do homem funciona também sob sequências científicas e específicas a cada caso, que abrangem desde a sua natureza espiritual e moral até a sua atividade física? Não é assim?

RAMATÍS: Realmente Deus não patrocina nem administra propositadamente nenhuma instituição punitiva ou departamento específico de correção espiritual. Em verdade, toda conseqüência ou efeito desagradável, trágico, doloroso e infeliz do homem é sempre fruto do seu descaso aos ensinamentos e às advertências dos instrutores espirituais.
A sua violência ou rebeldia aos princípios salutares e evolutivos decorrentes da Lei Maior, que regula o equilíbrio, a harmonia e a coesão do Cosmo, é que, então, produzem as conseqüências indesejáveis futuras. Ninguém é castigado porque "peca", assim, como ninguém é premiado porque é "virtuoso", mas todo desvio do ritmo eletivo e da ascensão do ser espiritual resulta em atrito e reação retificadora da entidade imortal existente em cada ser. O estado de erro é vitalizado pelo consumo de energias de baixa vibração, porque são forças oriundas do reino animal primário e que sustentam o campo instintivo inferior. Após o gasto do combustível primário, então resta a fuligem aderida ao perispírito, que é resultante da movimentação dos desejos inferiores ou da violência mental e astral do homem. 
Quando o homem enverga um terno de linho branco, convém-lhe distanciar-se da proximidade de ambientes graxentos, a fim de evitar uma possível poluição. No entanto, a mesma graxa, que pode ser um "pecado" ou nódoa no terno de linho branco do turista, é louvável "virtude" como um símbolo de labor no macacão do mecânico diligente. 
A virtude e o pecado refletem apenas cada coisa no seu lugar certo, e cada ação visando um efeito útil no seu devido tempo e necessidade circunstancial. O que já foi virtude, como glória e consagração para a tribo de antropófagos, que devorava a carne do guerreiro vencido e valente, para herdar-lhe o heroísmo, hoje é um pecado ignominioso e crime à luz da civilização. 
A virtude de ontem pode ser reprovada hoje, assim como o fato de o homem do século XX ainda devorar um frango assado em virtude das famigeradas proteínas, há de ser um fato censurável, se ocorrer no seio das humanidades evoluídas de outros planetas, que se alimentam exclusivamente de frutas e legumes.


Do livro: “O Evangelho À Luz Do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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