PERGUNTA: - De tudo que foi dito, aferimos que o
homem tem uma consistência setenária?
VOVÓ MARIA CONGA:
- Podemos dizer que os filhos são estruturalmente compostos de sete dimensões
vibratórias principais em perfeita correspondência com os diversos planos de
vida do Cosmo: físico, etérico, astral, mental inferior, mental superior, búdico
e átmico. Esses corpos sutis que "compõem" os filhos têm sua
representatividade em centros transformadores de energias, que se definem como
chacras: básico, esplênico, umbilical, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário.
Há um princípio setenário regulativo da vida no Cosmo,
e a Aumbandhã explica essas vibrações cósmicas interpenetradas que são os
orixás. Os corpos sutis seriam como a expressão da vida no mundo manifestado em
sete grandes planos vibratórios, sendo os chacras espécies de antenas
receptoras, de pequenos transformadores de energia para a manifestação das centelhas
espirituais que se desgarraram do Todo Cósmico, e agora evoluem individualmente
por meio do "atrito" com o mundo das formas.
Conforme os filhos vão ascendendo vibratoriamente, os
corpos mais densos e os chacras inferiores vão se "desfazendo". Para
efeito de exemplo, é como se um espírito em planos mais rarefeitos, menos preso
à forma manifestada, fosse pura energia, em pálido arremedo, na sua
constituição, do que um dia foi em corpo físico e astral, vibrando intensivamente
como se tivesse somente um grande chacra coronário (2).
2 É por isso que os seres mais evoluídos do Cosmo
têm dificuldade de atuar na matéria e planos mais densos, como o nosso na
Terra. Não é por não terem mais os corpos inferiores, mas especificamente por
terem "desfeito" ou "perdido" os chacras, que são ferramentas,
janelas ou condutos de atuação energética para e nos planos menos rarefeitos. É
por esses motivos que Ramatís nos explica, quando responde em capítulo anterior
sobre a atuação dos espíritos em corpo mental no Plano Astral, que eles -
espíritos mentores - se apropriam do corpo astral ou etérico do medianeiro
desdobrado, como se "acoplassem" nos seus chacras, conseguindo
interferir nas comunidades umbralinas em prol da caridade socorrista de cura.
Isso é muito semelhante à mecânica de incorporação na Umbanda. Os guias e
protetores precisam dos chacras e dos corpos inferiores dos medianeiros para os
labores assistenciais.
Quanto ao ovóide que caracteriza o corpo mental, é
como se somente um grande chacra coronário existisse. Podemos inferir todo o
processo de transformação da forma humanóide para as consciências superiores;
futuros arquitetos e engenheiros siderais.
PERGUNTA: Poderia nos dar algum exemplo da
"dinamização" dos orixás num determinado momento existencial e
cármico?
VOVÓ MARIA CONGA:
- O próprio movimento de Umbanda na sua atualidade é um bom exemplo. A maioria
das manifestações mediúnicas, visíveis aos olhos dos filhos pela chamada
mecânica de incorporação, se dá pelas falanges de Ogum e Xangô. Disso se
conclui que a coletividade consciencial ligada ao mediunismo da Umbanda se rege
ainda por esses dois orixás em sua forma manifestada. Isso quer dizer que os
filhos ainda estão enfrentando grandes demandas internas, e que estão em busca
da justiça e do reequilíbrio cármico.
Como em sua maioria os médiuns de Umbanda são ativos
em relação à magia, ou seja, muito se utilizaram de recursos magísticos em
proveito próprio em existências passadas, agora se encontram no caminho do
reajustamento cármico, tendo de fazer a caridade e propiciar a cura para
muitos, maneira justa de reaverem o reequilíbrio com a Lei, situação que gera
grande demanda com os parceiros de outrora, inimigos e desafetos de hoje, sejam
encarnados ou desencarnados. Logo, as vibrações dos orixás Ogum e Xangô ditam
os "vetores" vibratórios que se destacam na maioria dos filhos
envolvidos com a mediunidade no movimento umbandista tal situação, sob certo
aspecto, demonstra o carma dessa nação, chamada Brasil, pela abrangência da
Umbanda nessa pátria, que está de acordo com a própria formação racial e cultural
de seu povo.
Do
livro: “Evolução No Planeta Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.