PERGUNTA: Quanto aos sacerdotes dessas práticas mágicas
populares, que realizam despachos nas encruzilhadas urbanas com restos de animais,
em nome de consulentes que pagaram para a rápida consecução de apelos
materiais, impondo ordens de trabalho aos espíritos conhecidos como "povo
da rua", que ficam imantados ao poder mental desses mandatários, quais
vossas elucidações?
RAMATÍS: - A
benevolência do Alto permite que todos os irmãos de caminhada evolutiva
obtenham alívio às suas dores assim que houver merecimento. Pelo exercício do
livre-arbítrio, enxameiam nas vias urbanas da crosta hordas de espíritos maltrapilhos
que quando encarnados foram viciados, maníacos sexuais, cáftens, prostitutas, marginais,
assassinos, traficantes e enfermos psíquicos diversos que se locupletam atrás
dos gozos sensórios oferecidos pelos corpos físicos (repastos, canecos e
piteiras vivas) que eles não têm mais e pelos restos de comida, ocasiões em que
se empurram como irracionais focinhando na lama para "aspirar" os
fluidos eterizados dos alimentos putrefatos ou em decomposição cadavérica, para
saciar-lhes as entranhas e os "estômagos" famélicos.
Ao imporem suas distorcidas ordens de trabalho, esses
médiuns ocupantes de cargos sacerdotais, criam potentes campos de força de
baixo magnetismo, em decorrência da energia liberada nesses despachos que
utilizam cadáveres de animais votivos (sejam sacrificados em iniciações ou
não), escravizando essas entidades sofredoras que estão fixas nesses bolsões, perambulando
por vossas ruas. Essa situação é mantida muitas vezes por toda a encarnação do sacerdote
mandatário, que tem essas ordens de trabalhos fortalecidas por meio de
poderosos magos negros do Astral
inferior. Esse aprisionamento hipnótico do "povo da rua" gera
pesadas consequências nas leis de causa e efeito para ambos, aprisionador e
aprisionado. Acontece que a Lei Maior, que a todos iguala na horizontalidade da
morte física, um dia contempla o poderoso sacerdote mandatário do mundo dos
"vivos" com o passaporte para além-sepultura. Quando acorda do
"lado de cá", não é mais motivo de interesse dos terríveis magos negros
das potentes organizações trevosas
que há milênios vieram de outros orbes para a Terra, pelo simples fato de não
conseguir mais oferecer a vitalidade animal do sangue que os mantém.
O "pobre" espírito, ao enxergar a gélida lápide
sepulcral com seu nome de "vivo", desperta para a realidade universal
e grita em desespero pela ausência de seus comparsas. Ele que um dia foi
destemido invocador de encruzilhadas, uma temerária mão de corte ritualístico
pela força do axé dos "orixás", que com arrogância escravizou os
espíritos discriminados como "povo da rua", vê-se repentinamente
sozinho, sem suas insígnias sacerdotais, mandalas magnéticas, símbolos de poder
e ordens de trabalhos, rapidamente aprisionado nas vias urbanas no meio do
bolsão de escravos de outrora, sofrendo o justo efeito de retorno de seus atos
passados, agora como prestador de serviços à horda de entidades que dominava
mentalmente quando era "forte" sacerdote na Terra, sendo condenado
aos mais decadentes atos de tortura que a sordidez humana pode conceber.
Muitas reencarnações retificadoras serão necessárias para
que todos os envolvidos nesses novelos de magismo negativo se equilibrem com a
Divina Luz novamente. Cessando as sanguinolentas oferendas votivas, os escravos
percebem que já podiam ter sido recolhidos pelos espíritos benfeitores a estâncias de
recuperação, a fim de se encontrarem em outras condições evolutivas, não fosse
a imantação ao poder mental do encarnado. Ficam com enorme ódio e não conseguem
"quebrar" as portas dessa cadeia que os perpetua como dependentes psicológicos
e mão-de-obra barata para os mais decadentes trabalhos de magismo negativo,
caindo sob o domínio de outro sacerdote encarnado e reiniciando, assim, um
ciclo quase infinito que realimenta em simbiose a crosta e o Além.
(Origem: “A Missão Da
Umbanda” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)
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