Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo – X parte.







PERGUNTA:  A recusa em matar o animal ou ave já não é um protesto contra a existência de matadouros e charqueadas? Isso não comprova a posse de uma alma com melhor aprimoramento espiritual?


RAMATÍS: — As criaturas que matam a ave ou o animal no fundo do quintal, ou que obtêm o seu salário no trabalho dos matadouros, podem ser almas primitivas, que não avaliam o grau de sua responsabilidade espiritual junto à coletividade do mundo físico. Mas aqueles que fogem na hora cruel do massacre do irmão bem demonstram compreender a perversidade do ato e o reconhecem como injusto e bárbaro. Em conseqüência, ratificam o conhecimento de sua responsabilidade perante Deus, recusando-se a assistir àquilo que em sua mente significa severa acusação ao espírito. Confirmam, portanto, ter conhecimento da iniqüidade de se matar o animal indefeso e inocente. E óbvio que, se depois o devoram cozido ou assado, ainda maior se lhes torna a culpa, porque o mesmo ato que condenam, com a ausência deliberada, fica justificado pessoal e plenamente na hora famélica da ingestão dos restos mortais do animal.
Os fujões pseudamente piedosos não passam, aliás, de vulgares cooperadores das mesmas cenas tétricas do sacrifício do animal; o consumidor de carne também não passa de um acionista e incentivador da proliferação de açougues, charqueadas, matadouros e frigoríficos.
cooperadores anônimos da indústria de carnes, visto que incentivam o dinamismo da matança ao consumirem a carne que mantém a instituição fúnebre dos matadouros e do trucidamento injusto daqueles que Deus também criou para a ascensão espiritual.


PERGUNTA: Cremos que muitos seres divinizados, que já viveram em nosso mundo, também se alimentaram de carne; não é verdade?

RAMATÍS: Realmente, alguns santos do hagiológio católico, ou espíritos desencarnados considerados hoje de alta categoria, puderam alcançar o céu, apesar de comerem carne. Mas o portador da verdadeira consciência espiritual, isto é, aquele que, além de amar, já sabe por que ama e por que deve amar, não deve alimentar-se com a carne dos animais. 
A alma efetivamente santificada repudia, incondicionalmente, qualquer ato que produza o sofrimento alheio; abdica sempre de si mesma e dos seus gozos em favor dos outros seres, transformando-se numa Lei Viva de contínuo benefício e, na obediência a essa Lei benéfica, assemelha-se à força que dirige o crescimento da semente no seio da terra: alimenta e fortifica, mas não a devora!
Essa consciência espiritual torna-se uma fonte de tal generosidade, que toda expressão de vida do mundo a compreende e estima, pela sua proteção e inofensividade. Sabeis que Francisco de Assis discursava aos lobos e estes o ouviam como se fossem inofensivos cordeiros; Jesus estendia sua mão abençoada, e as cobras mais ferozes se aquietavam em doce enleio; Sri Maharishi, o santo da Índia, quando em divino “samadhi”, era procurado pelas aranhas, que dormiam em suas mãos, ou então afagado pelas feras, que lhe lambiam as faces; alguns místicos hindus deixam-se cobrir com insetos venenosos e abelhas agressivas, que lhes voam sobre a pele com a mesma delicadeza com que o fazem sobre as coroas das flores!
Os antigos iniciados essênicos mergulhavam nas florestas bravias, a fim de alimentarem os animais ferozes que eram vítimas das tormentas e dos cataclismos. Inúmeras criaturas gabam-se de nunca Geralmente são pessoas vegetarianas, que assim mantêm integralmente vivo o amor pelos animais.
As almas angelizadas, que já chegaram a compreender realmente o motivo da vida do espírito no mundo de formas, que possuem um coração magnânimo e incapaz de presenciar o sofrimento dos animais, também não lhes devoram as entranhas, do mesmo modo como os verdadeiros amigos dos pássaros não os prendem em gaiolas mesmo douradas! E ilícito ao homem destruir um patrimônio valioso que Deus lhe confia para uma provisória administração na Terra; cumpre-lhe proteger desde a flor que enfeita a margem dos caminhos até ao infeliz animal escorraçado e que só pede um pouco de pão e de amizade. O devorador de animais, por mais evangelizado que seja, ainda é um perturbador da ordem espiritual na matéria; justifique-se como quiser, mas a persistência em nutrir-se com despojos animais prova que não se adaptou ainda, de modo completo, aos verdadeiros objetivos do Criador.



PERGUNTA: Qual a reação psicofísica que deve sentir a pessoa, sob o impacto do fluido magnético-astral que se liberta da carne de porco?

RAMATÍS: — A reação varia de conformidade com o tipo individual: o homem comum, e demasiadamente condicionado à ingestão de carne de porco, sentir-se-á ainda mais fortalecido e instigado energeticamente para a vida de relação, assim como um motor pesado e rude funciona melhor com um combustível mais grosseiro. Os homens coléricos, irascíveis e descontrolados nas suas emoções, que se escravizam facilmente aos impulsos do instinto animal, são comumente fanáticos adoradores das mesas lautas, e grandemente afeiçoados às churrascadas.
O magnetismo vital inferior, que incorporam continuamente ao seu organismo físico e astral, ativa-lhes bastante os centros do comando animal, mas prejudica-lhes a natureza angélica no metabolismo para a absorção de um magnetismo superior. As reações variam, portanto, conforme a sensibilidade psíquica e a condição espiritual dos carnívoros; um simples pedaço de carne de porco, que seria suficiente para perturbar o perispírito delicado de um Gandhi, ou de um Francisco de Assis, poderia acelerar a vitalidade do psiquismo descontrolado de um Nero ou de um Heliogábalo!

(Origem: “Fisiologia Da Alma” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

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