PERGUNTA: Há os que exaltam os mentores astralizados da raça
vermelha como sustentadores da umbanda. Outros dizem que a umbanda nasceu na África.
Qual o motivo de tantas divisões entre as lideranças umbandistas?
RAMATÍS: Não
existe uma verdade única. A convergência umbandista ainda não consegue
interiorizar nos seres a unidade do amor, o qual não separa, e sim une mesmo
nas diferenças. O que são as raças e as cores da pele senão meras ilusões que
nublam o espírito em seu discernimento, conduzindo-o a posturas sectárias? Há
algo que vos igualará a todos, independentemente de cor da pele, credo, classe
social, sexo, religião: a morte. Vosso corpo físico irá se horizontalizar
quando o espírito deixar de animá-lo. De vertical, ereto, altivo, possante, tombará
desfalecido em putrefação cadavérica diante de uma das leis universais que
independem de vossa precária percepção. Ou podeis negar esse fato?
Dessa forma,
os espíritos que por afinidade e compromisso evolutivo com os encarnados se apresentam
retidos numa forma temporária no plano astral também um dia terão a
"segunda" morte penetrando o plano mental em seus estratos
superiores, a fim de obter uma nova percepção das verdades cósmicas.
Esses exemplos servem para demonstrar que certos códigos
universais não dependem das doutrinas ditadas na Terra ou da vontade dos
homens. Diante do Cosmo, das infinitas manifestações do princípio espiritual
nas formas materiais, que o obrigam a sobreviver em reencarnações sucessivas, pergunta-se:
o que é ser africanista, cabalista, hermético, judaico-cristão, evangélico,
espírita, católico, candomblecista ou umbandista?
É somente um respiro do espírito imortal; um estado de afeição,
simpatia, predisposição da personalidade transitória, encarnada ou
desencarnada, seja vermelho, 'amarelo, branco, preto, hindu, zoroastrista,
europeu, doutor da Lei, preto velho, caboclo, exu, baiano, boiadeiro, cigano, seja
outro ainda.
Quando tiverdes a plena compreensão de que não existem
verdades definitivas, um único caminho será instalado em vosso psiquismo; a
fraternidade que nada impõe e oferece a mão ao próximo sem nada pedir em troca.
Talvez daí principieis a compreender toda a profundidade da umbanda como
movimento universalista, de amor e caridade.
Pensai com o sentimento amainando um pouco o intelecto que
cria modelos e códigos elitistas que excluem a abrangência da Divina Luz.
Origem: “A Missão da
Umbanda” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)
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