Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Origem cósmica e universal da umbanda – ll








PERGUNTA: Há os que exaltam os mentores astralizados da raça vermelha como sustentadores da umbanda. Outros dizem que a umbanda nasceu na África. Qual o motivo de tantas divisões entre as lideranças umbandistas?


RAMATÍS: Não existe uma verdade única. A convergência umbandista ainda não consegue interiorizar nos seres a unidade do amor, o qual não separa, e sim une mesmo nas diferenças. O que são as raças e as cores da pele senão meras ilusões que nublam o espírito em seu discernimento, conduzindo-o a posturas sectárias? Há algo que vos igualará a todos, independentemente de cor da pele, credo, classe social, sexo, religião: a morte. Vosso corpo físico irá se horizontalizar quando o espírito deixar de animá-lo. De vertical, ereto, altivo, possante, tombará desfalecido em putrefação cadavérica diante de uma das leis universais que independem de vossa precária percepção. Ou podeis negar esse fato? 
Dessa forma, os espíritos que por afinidade e compromisso evolutivo com os encarnados se apresentam retidos numa forma temporária no plano astral também um dia terão a "segunda" morte penetrando o plano mental em seus estratos superiores, a fim de obter uma nova percepção das verdades cósmicas.
Esses exemplos servem para demonstrar que certos códigos universais não dependem das doutrinas ditadas na Terra ou da vontade dos homens. Diante do Cosmo, das infinitas manifestações do princípio espiritual nas formas materiais, que o obrigam a sobreviver em reencarnações sucessivas, pergunta-se: o que é ser africanista, cabalista, hermético, judaico-cristão, evangélico, espírita, católico, candomblecista ou umbandista?
É somente um respiro do espírito imortal; um estado de afeição, simpatia, predisposição da personalidade transitória, encarnada ou desencarnada, seja vermelho, 'amarelo, branco, preto, hindu, zoroastrista, europeu, doutor da Lei, preto velho, caboclo, exu, baiano, boiadeiro, cigano, seja outro ainda.
Quando tiverdes a plena compreensão de que não existem verdades definitivas, um único caminho será instalado em vosso psiquismo; a fraternidade que nada impõe e oferece a mão ao próximo sem nada pedir em troca. Talvez daí principieis a compreender toda a profundidade da umbanda como movimento universalista, de amor e caridade.
Pensai com o sentimento amainando um pouco o intelecto que cria modelos e códigos elitistas que excluem a abrangência da Divina Luz.


 Origem: “A Missão da Umbanda” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

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