Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A responsabilidade e os riscos da mediunidade – III






PERGUNTA: O excesso de trabalho mediúnico prejudica o médium?


RAMATÍS: A fadiga sem dúvida resulta de um labor prolongado e varia de indivíduo para indivíduo, conforme a maior ou menor capacidade física de sua resistência. Aliás, o próprio pensamento, para se manifestar a contento, depende do consumo de certas energias que o ajudam a atingir o cérebro material. Assim, o médium, mesmo nos seus momentos de pura inspiração consome certa quantidade de energias neurocerebrais, porque a mais sutil mensagem inspirada pelos espíritos exige uma série de operações intermediárias algo fatigantes e fim de atingir a consciência física e depois manifestar-se na forma de palavra falada ou escrita.
O intercâmbio do nosso pensamento embora vos pareça singelo, consome diversas substâncias energéticas da massa encefálica, produz certa desmineralização no sangue e reduz as cotas vitais-magnéticas da rede nervosa. O sistema endocrínico por sua vez, também mobiliza os hormônios necessários para ativar as glândulas e movimentar as cordas vocais ou o braço do médium, a fim dele "falar" ou "escrever" aquilo que lhe inspiramos. A mais singela meditação do homem eleva e excita a sua tensão psíquica, mobilizando os elementos magnéticos do seu maquinismo carnal. Isto acontece mesmo que ele não sinta qualquer fadiga corporal. Evidentemente, o intercâmbio mediúnico mais complexo exige maior consumo de energias do homem para o êxito dessa operação psicofísica, de alta intensidade e sob o comando do mundo oculto.
No entanto, a intensidade do cansaço ou fadiga no homem também se manifesta de acordo com a resistência biológica e o controle emotivo da sua tensão mental. Em conseqüência o médium que se entrega à atividade mediúnica com sua mente descontrolada, embora ainda permaneça sob a proteção dos espíritos amigos e benfeitores, nem por isso eles podem livrá-lo da contingência das leis físicas que lhe disciplinam as atividades biológicas.
A faculdade mediúnica não é uma proposição atrabiliária, mas a oportunidade compensativa para o espírito endividado quitar-se consigo mesmo. O médium desleixado, negligente, rebelde, ou que se exceda nos seus labores medi únicos, agrava os seus equívocos de vidas anteriores.


Do livro: “Elucidações Do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento


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