Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A "prova" da obsessão – Parte final






PERGUNTA: No caso do filho doente ou da filha obsidiada que, depois de curados miraculosamente pelo Espiritismo, convertem a família descrente, não poderá tratar se de espíritos bons, que aceitam o sofrimento sacrificial com o intuito magnânimo de ajudar os seus afetos encarnados para mais breve ascensão espiritual?


RAMATÍS: Já vos dissemos que, mesmo no Espaço, não há regra sem exceção, pois Jesus, espírito excelso e justo, não hesitou em mergulhar nas sombras do vosso mundo, para salvar os homens ignorantes de sua realidade espiritual.
Sem dúvida, espíritos boníssimos também descem à carne e se ajustam à família consanguínea terrena, com o fito único de despertar espiritualmente os seus velhos afetos milenários. Em alguns casos, eles se sacrificam heroicamente a fim de socorrer, os próprios adversários pregressos e que ainda se demoram hipnotizados pelas filosofias destrutivas ou doutrinas enfermiças do mundo material.
Muitas vezes, quando essas almas sublimes comprovam a inutilidade dos seus esforços para inspirarem do Além os seus pupilos negligentes e conduzi-los ao Bem e à Sabedoria Espiritual, decidem-se a habitar o mundo físico por amor a eles. Assim como foi o excessivo amor de Jesus que, apiedado do sofrimento humano, o conduziu para a Terra, e não alguma culpa cármica de crucificação, muitas almas angélicas também abandonam o plano paradisíaco sob o penoso -sacrifício de se encarnarem no seio da família terrestre para despertar-lhe os sentimentos crísticos.
Muitas delas, quando renascem junto de adversários empedernidos, enfrentam as situações mais cruciantes para atenuar a fereza, o ódio e a violência que ainda vicejam entre eles. Movidas pela compaixão do anjo, envidam todos os esforços para subtraí-los às tragédias odiosas, que no futuro engrenaram os carmas torturados. Algumas vezes, são sacrificadas pelas próprias almas delinquentes, às quais tentam salvar dos padecimentos inenarráveis que as esperam nos charcos do astral inferior. Mas ainda sentem-se felizes quando conseguem atear-lhes o fogo do remorso ou do arrependimento, provocando-lhes os primeiros impulsos de redenção espiritual.
Repetimos-vos, no entanto, que Deus não é vingativo, nem sádico, e assim não cria a obsessão incurável, a doença fatal, o aleijamento deformante ou qualquer outra desventura destinada ao ser humano.
Ele só objetiva a recuperação venturosa de todos os seus filhos eternos. 
Tais acontecimentos trágicos ou mórbidos são apenas frutos exclusivos da debilidade moral e da ignorância do homem que mal balbucia as primeiras letras do alfabeto da vida imortal.


Do livro: “Mediunismo” Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

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