PERGUNTA:
Gostaríamos que nos explicásseis o caso
de certas comunicações transmitidas até por médiuns bem desembaraçados, de
espíritos desencarnados em homicídios, acidentes trágicos ou suicídios, cujas
mortes mais tarde são desmentidas. Certo amigo nosso foi dado por morto em
acidente rodoviário ocorrido num Estado vizinho e, na mesma
noite, no centro espírita de nossa frequência, ele comunicou-se aflito e
perturbado, queixando-se de muitas dores. Entretanto, para decepção e espanto
geral, dias depois ele retornou ao lar, pois a vítima do acidente fora um seu homônimo.
Que dizeis sobre isso?
RAMATÍS: O animismo explica-vos muito bem
esses casos contraditórios e decepcionantes, principalmente se o médium é muito
sugestionável em sua vida profana, a ponto de estigmatizar com facilidade, na
sua mente indisciplinada, a notícia trágica do jornal do dia sem cogitar se ela
pode ser verídica ou duvidosa. Quando não se trata de algum divertimento de
espíritos levianos ou maquiavélicos, que tudo fazem para ridicularizar
o trabalho mediúnico, é a imaginação exaltada do médium, que trabalha
completamente desgovernado e tece os quadros dramáticos do que ele supõe tenha
ocorrido à vítima. Então, à noite, na sessão mediúnica, as imagens nutridas
pela sugestão dominam a mente do médium, fazendo-o descrevê-las à guisa de
acontecimentos verídicos.
DO
LIVRO: “MEDIUNISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.
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