“Quando os esposos compreendem o objetivo real das leis
espirituais que os orientam na comunhão fraterna quando encarnados, inclusive
atinente à função do mecanismo sexual como técnica criadora e não simples
função de prazer transitório, é evidente que eles então se libertam da
apregoada necessidade biológica sexual incessante e consideram-se apenas como
"procuradores divinos", investidos da missão de criar outros corpos
no mundo material.
Muito antes de cultivarem deliberadamente a sensação física no
intercâmbio sexual, eles não desconhecem a sua função de "deusinhos",
que sob a procuração divina atuam no cenário da vida humana a fim de
proporcionar novos equipos carnais para outros companheiros elevarem-se
conscientemente à angelitude.
Na hora do enlace sexual físico, a esposa e o
esposo são apenas dois "campos magnéticos" de pólos opostos e
atrativos, cujas forças criadoras que emanam do mundo animal instintivo, também
se fundem às energias captadas dos planos angélicos e estimulantes da ascese espiritual
humana. Essas energias sublimes irrigam o perispírito do homem e da mulher na hora
sexual, pois Se acasalam em misterioso esponsalício na zona c no plexo solar e
abdominal, onde o chacra umbilical controla os automatismos
genésicos criadores e desata o esquema do renascimento.
Nesse encontro criador todos os demais "chacras" ou
centros de forças etéricos, distribuídos à periferia
do "duplo etérico", revitalizam-se entre si 10 pelo fluxo energético que desce do mundo psíquico e impregna
qualitativamente o mundo instintivo da carne.
Afora de simples "objeto-sensação", a mulher
é poderosa antena viva captando o magnetismo superior que flui do mundo oculto
durante a relação sexual. operando o milagre da união com as forças inferiores
que sobem do mundo animalizado.
O desconhecimento desse acontecimento energético
durante o intercâmbio genésico transforma o homem num incessante procurador do
gozo ou prazer exclusivamente físico, ignorando que, acima de tudo, o ato
sexual é uma atividade com a finalidade precípua de esculturar na carne humana
a configuração de outro ser credenciado pelos mesmos direitos de vivência e
proteção.
O casamento na carne é a consagração humana de um
compromisso assumido pelos espíritos antes da nova encarnação. Além de
proporcionar a recuperação espiritual de ambos, também atende à função de criar
mais corpos que servirão para outros espíritos aflitos resgatarem as suas
dívidas pretéritas.
Além da diferenciação biológica e hereditária da
vestimenta carnal, as características diferentes de sexo, esposo e esposa
modelados na forma terrena, tão somente encobrem a realidade de espíritos irmãos oriundos da
mesma fonte divina.
Em conseqüência, além do convênio conjugal transitório
da carne, deve predominar a qualidade e missão da centelha espiritual, que é o
endosso superior da relação sexual.”
Origem:
“A Vida Humana e o Espírito Imortal” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento
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