PERGUNTA: - Por que somente o Evangelho de Jesus é considerado pelos espíritos o "Código Moral" da humanidade terrena, quando também existem outros roteiros morais de importância espiritual, compilados e transmitidos pelos lideres de vários povos e que deveriam ser admitidos como divinos? Não seriam dignos de apreciação pelos espíritos o "Torah" dos judeus, "Alcorão': dos árabes, ou "Bagavad Gita ", dos hindus?
RAMATÍS: - O Evangelho é a síntese global de todos os ensinamentos dos iniciados que, respeitando o livre- arbítrio individual, apresenta para todas as épocas normas de evoluir ao alcance de todos os homens, mas independente de qualquer atributo pessoal, grau de inteligência, raça ou condição social. É o "Código Moral" de maior poder esotérico para a modificação humana, porque é definitivo e integral na sua mensagem cósmica. É de senso comum que até o momento nenhum filósofo ou cientista digno de nome vislumbrou qualquer absurdo ou regra insensata na estrutura do Evangelho. Embora o Evangelho seja o resumo espiritual elaborado de acordo com a cultura e os costumes da etnia judaica, ele consegue expor a mensagem para qualquer temperamento humano, em face de sua contextura de universalidade, inclusive proporcionando novas interpretações educativas e redentoras em conformidade com qualquer época.
É um processo doutrinário de moral espiritual, que disciplina e orienta qualquer tipo humano. Não é um sistema nem tratado eletivo apenas para os místicos, mas é o sistema indiscutível, comprovado e vivido por Jesus, o mais sábio e evoluído dos homens. Não há mais ensejo para dúvidas e discussões. O Evangelho, já vivido por muitos homens que se devotaram ao Cristo, demonstrou que é de perfeita e sensata aplicação na vida humana, sem qualquer restrição ou condição. Jamais alguém refutou a conclusão lógica de que a humanidade resolveria todos os seus problemas emocionais, sociais, educativos, econômicos e morais, no mais sadio clima de paz e labor, caso adotasse integral e incondicionalmente o Evangelho como norma disciplinar para orientar as relações humanas pessoais e interpessoais. Sob a inspiração e a regência legislativa dos preceitos evangélicos, todos os problemas desagradáveis, trágicos e desventurados do mundo seriam definitivamente resolvidos com sabedoria, tolerância, amor e confiança mútua. Toda atividade criminosa, exploradora e separatista da personalidade humana, que por força de interesses pessoais chega até à perversidade de matar e pilhar, seria completamente extinta sob a norma incondicional do "Ama o próximo como a ti mesmo" ou "Faze aos outros o que queres que te façam".
Sob a propaganda exclusiva do Amor, em vez de códigos, dogmas e postulados sectaristas religiosos, desapareceriam as divergências religiosas e os povos confraternizarse- iam num mesmo rebanho e obedientes a um só pastor. Por isso, Jesus é o Mestre da eterna sabedoria, e o Evangelho jamais há de requerer a providência de se modificar o seu
conteúdo elucidativo espiritual. Até o homem tolo sabe e sente que em qualquer posição geográfica da Terra, ou na imensidão cósmica, "Só o Amor salva o homem!", conforme conceituou o inolvidável Jesus.
O amor que o Evangelho proclama significa a própria lei regente e orientadora do passado e do futuro do homem. É o catalisador da própria freqüência normal do homem superior, seja qual for a sua constituição biológica ou morfológica, quer ele viva na face da Terra, de Júpiter, Arcturo ou Sirius. Sob todas as configurações morfológicas, por mais excêntricas ou extemporâneas e, também, no âmago de todos os povos e todas as raças, palpita sempre o espírito eterno criado por Deus, que é o amor; por este motivo, só o amor sublima. Ele é como o sangue na fisiologia do organismo; tudo irriga, tudo nutre e, conseqüentemente, o amor é o sustentáculo do Universo. Amor puro, integral e incondicional, dispensa qualquer discussão ou análise, porque não é uma virtude ou concessão ocasional a cargo da legislação divina, mas é a essência da manifestação criadora do próprio Espírito e a norma fundamental e superior da própria vida.
DO LIVRO "O Evangelho à Luz Do Cosmo" Ramatís/ Hercílio Maes
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