Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Moléstias ou deformidades congênitas, estigmas que se transmitem do perispírito para o corpo físico com as encarnações.








“O erispírito é o veículo, ou a matriz original, preexistente e portadora do molde de todos os órgãos, que, posteriormente, devem ser materializados no campo de leis e forças do mundo físico. O perispírito absorve desde o prana, que é a energia responsável pela vida em todos os planos da Criação, acrescido da substância mental para compor o centro de raciocínio, e o fluido astralino que lhe fundamenta a emoção e o sentimento. Através do duplo etérico, então, se processa a transferência dessas energias criativas, a fim de se plasmar o corpo carnal em frequência mais baixa.
Em conseqüência, o perispírito, como matriz responsável pela configuração humana, lembra algo do fenômeno que ocorre com qualquer molde, em que o escultor depois vaza a substância para reproduzir a estatueta ou objeto de gesso ou bronze. Mas assim como a estátua, ou a peça fundida, pode apresentar defeitos que são próprios do modelo original mal esculpido, o corpo carnal do homem também apresenta falhas, disfunções, deformidades, incorreções, intoxicações, lesões e demais alterações congênitas, como resultados negativos e específicos do seu perispírito. No entanto, tais alterações, geradas com o indivíduo ao nascer, são provenientes de insanidades, turbulências, atos de rebeldias espirituais ocorridas em vidas anteriores.
Isso, então, se constitui em defeitos, marcas e lesões deploráveis, no tecido delicado do perispírito, e que na gestação alteram também a contextura anatomofisiológica do corpo físico. Assim, inúmeras criaturas já nascem marcadas por frustrações, complexos, defeitos anatômicos e insuficiências mentais e fisiológicas, que lhes dificultam a atividade humana na condição de estigmas "pré-reencarnatórios". 
São defeitos e cicatrizes perispirituais ou "pré-reencarnatórios", que desafiam toda a capacidade, destreza e conhecimento médico do mundo, uma vez que ninguém pode modificar a árvore, ante a ingênua decisão de operar apenas a sua sombra.
Alhures já dissemos que o corpo físico é a materialização do perispírito, com qualidades e defeitos que lhe são próprios; é uma espécie de "mata-borrão" vivo, que durante a existência humana absorve as toxinas da alma. 
Os estados de espírito em equívoco do homem em cada vivência carnal geram-lhe condições aflitivas ou mesmo trágicas nas existências futuras. Aliás, o pecado não é uma ofensa a Deus, mas ao próprio pecador, em face da ação dos resíduos patológicos de natureza psíquica, que depois infelicitam pela sua natureza opressiva.
A crueldade, por exemplo, produz fluidos tóxicos tão corrosivos e aderentes à alma perversa, que ao descerem ou drenarem do perispírito para o corpo físico, na próxima existência, perturbam o metabolismo neuropsíquico e causam distúrbios mentais, tais como as paranóias, esquizofrenias, personalidades psicopáticas perversas. Daí o motivo por que existe uma periculosidade latente em todos estes casos, pois ele sente em si mesmo as erupções das maldades anteriores. As impotências e esterilidades, mais afins às áreas do sistema endocrínico, podem ser efeitos do excesso de luxúria em vidas pregressas; as paixões violentas e destrutivas conduzem futuramente à epilepsia, aos ataques convulsivos, cuja compensação medicamentosa é difícil e, às vezes, quase impossível terminando na demência epiléptica.
Os avarentos retomam mendigos, e toda inteligência aplicada censuravelmente em proveito pessoal político, pecaminoso ou pilhagem alheia, produz futuramente as oligofrenias. A gula estigmatiza e deforma o sistema digestivo perispiritual, ocasionando futuros distúrbios digestivos.
Os viciados em entorpecentes no passado, como heroína, morfina, ópio, haxixe ou cocaína e, atualmente, em maconha, mescalina, psiroliscibina, DMT ou LSD, tanto quanto os que abusam da inteligência em desfavor alheio, sempre retomam à vida humana compondo a fauna triste e infeliz dos retardados mentais ou psicopatas, cujas faces embrutecidas traem o estigma e o torpor do vício pregresso.”


Origem: “O Evangelho À Luz do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

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