(Retirado do livro: A Missão da Umbanda)
PERGUNTA: - Sedes um espírito "famoso"
no meio universalista, pelo conjunto de livros psicografados com a inigualável
sensibilidade de vosso primeiro médium. Para alguns, o fato de vos servirdes de
mais de um sensitivo "desacredita" os novos títulos. Neste momento,
em que trazeis importantes conhecimentos sobre a umbanda, alguns espíritas
duvidam da veracidade de vossas comunicações por intermédio do atual médium e
proíbem vossos livros. Outros, umbandistas, dizem que sedes um "espírito espírita"
e que vossos ensinamentos não são de uma entidade "de umbanda". Por
que vossos escritos sempre causam tantas polêmicas?
RAMATÍS: - É nosso compromisso com os Maiorais do Espaço, neste início de terceiro
milênio, abordar a umbanda em concordância com o atual estado de consciência
coletiva, confrontando-a com as práticas mágicas populares, contribuindo
humildemente para que a convergência no meio umbandista aconteça sem absorver
fundamentos distorcidos e inaceitáveis diante do ideal de caridade. Não nos
preocupamos em agradar a todos, nem pretendemos ser unanimidade. Jesus, o Maior
dos Maiorais, que nos autoriza a labutar na mediunidade caritativa neste orbe,
se pensasse de forma contrária não teria deixado Seu Evangelho libertador. Importa
registrar que "nossa" obra não ficou concluída anteriormente por não
ser o momento cósmico para esta abordagem da umbanda, como o é agora. Para tal
desiderato, tivemos de preparar o atual sensitivo, desde muito antes desta
encarnação. É lógico que todo esse esforço proveio do fato de o corpo físico do
médium anterior ter se decomposto diante do inexorável ranscorrer dos anos, uma
vez que, se estivesse"vivo" no escafandro grosseiro, seria o aparelho
ideal, pela grande afinidade que nos une; a memória dessa união se perde entre
as incontáveis
estrelas do Cosmo infinito.
Para maiores informações quanto à preparação
dos médiuns afins com Ramatís, seja
quando encarnados, seja no plano astral, é
recomendado o livro Haiawatha, o Mestre da Raça
Vermelha, de Mariléa de Castro e Roger
Feraudy, publicado pela EDITORA DO CONHECIMENTO.
Em verdade, a "personificação"
do espírito num sensitivo psicógrafo é um mecanismo psicológico de
transferência em que o leitor projeta no aparelho mediúnico que recebe as mensagens
referências "palpáveis" da espiritualidade benfeitora.
Dado o apego dos homens aos conceitos
acomodados na casa mental e uma recorrente indisposição por tudo aquilo que
contraria a cartilha doutrinária das religiões definitivas, além das disposições
internas caracterizadas pela preguiça de rever opiniões cristalizadas,
irretocáveis, há uma ininterrupta vigilância sobre os médiuns quando se trata
de nomes "famosos" de espíritos.
Como não conseguem indicar defeitos no
conteúdo das comunicações, exaltam as diferenças de estilo, como se o médium
intuitivo fosse um robô autômato. Eles preterem a essência pela forma que a
transporta.
A dificuldade maior não está no fato de os
espíritos encontrarem médiuns que consigam sintonizar com eles e que tenham
afinidade com suas idéias. Isso acontece anonimamente, todos os dias, nos
inúmeros centros espíritas e terreiros de umbanda. As montanhas a serem
transpostas, cheias de pedras no percurso, são os ciúmes velados e as vaidades
feridas dos "líderes", doutrinadores famosos, chefes de terreiro e
fundadores de centros, que se consideram antigos proprietários dos saberes e
dos espíritos, quando não impõem ao "lado de cá" os conteúdos que devem
ser ditados. Esses irmãos se esquecem de que na mediunidade o telefone toca
"de cima para baixo". Nenhum médium é dono. de espírito, nem os
espíritos devem ser proprietários dos médiuns. Todos são livres, e cada
orientador espiritual utiliza um, dois ou centenas de sensitivos diferentes;
quanto maior sua influência, tanto mais dilatada é sua capacidade mental.
Não por acaso, entidades luminares do
Espaço, sabendo da dificuldade de a comunidade terrena aceitar novos sensitivos
e já tendo concluído seus compromissos cármicos de transmissão de conhecimentos
doutrinários através de médiuns que desencarnaram, preferem o anonimato, pois são
menos afeitos a temas polêmicos.
Reportando-nos à sabedoria da Divina Luz,
afirmamos que nas hostes umbandistas do Astral superior espíritos "famosos”,
da envergadura de Joana de Ângelis, Bezerra de Menezes, Sócrates, Pitágoras,
Platão, Saint Germain, Zoroastro, entre tantos outros da Grande Fraternidade Universal,
enfeixam-se humildemente "atrás" de mais uma forma ilusória que os
iguala, com nomes simbólicos de pretos velhos ou caboclos. Despersonalizam,
assim, as referências mundanas dos inseguros humanos, que apegados ao ego
inferior, personificam os espíritos em encarnações passadas, como freira,
médico, ou filósofo de renome, como se eles estivessem aprisionadas a um único
médium, tal qual um casamento indissolúvel. Naturalmente, "nossas"
obras, pelo universalismo e convergência entre todas as doutrinas terrícolas,
libertam os cidadãos comuns dos conceitos cósmicos, de acordo com sua índole psicológica
avessa a dogmas, fazendo-os encontrarem-se com o livre pensador adormecido
dentro de si. Obviamente, o universalismo convergente que preconizamos entre
todas as doutrinas da Terra, entendendo que as diferenças unem, e não separam,
tanto encanta mentes que nos são simpáticas quanto desagrada consciências
sectárias.
Assim, qual incansável pescador num rio
caudaloso que tira pacientemente os entulhos do anzol, a essência de
"nossos" singelos escritos continuará causando polêmica e
contrariando os tubarões, "donos da verdade", a fim de retirar o pó
das mentes acomodadas e fisgar os pequenos peixes nos mares revoltos, as almas
simples levadas pelas correntezas paralisantes das religiões e as doutrinas
terrenas que rotulam a forma, excluindo o pensamento e a essência do amor
universal.
(Do livro: A Missão da Umbanda - Ramatís/ Norberto Peixoto - Editora do Conhecimento)
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