PERGUNTA: A natureza espiritual angélica de Jesus não era suficiente para
dispensar tais preocupações seletivas da genética para a composição do seu corpo?
E' o espírito que se impõe à matéria ou esta é que algema o espírito?
RAMATÍS: Quando é enxertada a muda frutífera de qualidade superior no
chamado "cavalo selvagem", ou tronco da planta agreste, ela termina
sucumbindo sob as vergônteas nutridas pela seiva demasiadamente vigorosa e
primitiva. O mais exímio motorista não consegue sobrepujar a insuficiência
mecânica e a má qualidade do veículo inferior que dirige, embora ele seja um ás
do volante.
Sem dúvida, o Espírito de Jesus poderia influir e desenvolver seu corpo
carnal sadio e equilibrado por força de sua graduação superior, sem necessidade
de seleções genéticas. Mas o fato é que ele mesmo teria dito: "Eu não vim
destruir a Lei, mas cumpri-la!" Em consequência, não viera à terra
produzir milagres e praticar distorções ou exercer privilégios, mas apenas
cumprir a vontade do Pai que está nos céus!
O principal fundamento de sua missão junto à humanidade terrena era o
de servir-se das mesmas oportunidades e submeter-se às mesmas leis a que se
cingiam os demais homens, a fim de não semear desconfianças capazes de o
tornarem um ídolo e não um guia!
Seria algo cruel que Jesus, depois da sua descida tão sacrificial,
como o príncipe que abandona o seu palácio férrico e sua paz venturosa para
servir os homens pecadores, ainda tivesse de mobilizar todos os seus recursos
angélicos, para superar os genes inferiores de um organismo proveniente de
alcoólatras, epilépticos ou sifilíticos. Jesus não era um malfeitor, ou um
estigmatizado por crimes pretéritos; mas sim, um espírito em missão
sacrificial, que abdicava de sua mansão celestial para orientar a criatura
humana, ainda escrava dos grilhões das animalidade. Por conseqüência, ele merecia
o "melhor", no sentido de ser-lhe facultado um corpo biologicamente
equilibrado.
DO LIVRO: “O SUBLIME PEREGRINO” RAMATÍS/HERCILIO MAES – EDITORA DO
CONHECIMENTO.
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