PERGUNTA: No entanto, os nossos astrônomos alegam a impossibilidade de
vida humana em Marte, devido à considerável falta de oxigênio. Que lhe parece?
RAMATIS:
Desse ponto de vista, demasiadamente exagerado, os marcianos também poderiam
alegar a impraticabilidade de vida na Terra, em face de existir excesso de
oxigênio. E, talvez, devido à sua impureza, o considerassem até mais adequado
aos pulmões hipertrofiados dos batráquios, do que próprio para os seres
humanos. Alegam os vossos cientistas que a atmosfera marciana é pobre de
oxigênio, mas nós indagamos: em relação a que padrão? Ao vosso mundo?
Porventura, esses cientistas têm alguma base ou fundamento racional e acatável,
que os induza a fixar a vida cosmológica do vosso planeta como o padrão absoluto
para aferir os valores "aquém" ou "além" no Universo?
PERGUNTA: Quais os requisitos que favorecem os marcianos, nessa respiração qualitativa,
que enunciais?
RAMATIS:
Supervisionado pela própria lei reguladora da vida, grande parte desse metabolismo
proveio da necessidade de adaptação gradual às modificações do ambiente. A respiração
periférica tornou-se mais "profunda", mais etérica. O mesmo fenômeno
se verifica, atualmente, em relação ao pulmão humano, terrestre, comparando-o
com o mesmo órgão dos homens que existiram nas épocas primitivas. E os animais
antediluvianos possuíram pulmões rudes, semelhantes a monstruosos foles de
couro-cru, por terem de absorver um ar atmosférico saturado dos gases
deletérios de um mundo em formação.
Os
marcianos são, pois, admiravelmente receptivos às "emanações
magnéticas" do ar que respiram. Porém, o seu equilíbrio orgânico, quanto à
saúde, resulta, essencialmente, do seu sistema dietético, pois eles têm repúdio
absoluto pela ingestão de qualquer alimento ou produto de origem animal; não
cometem excessos de mesa e têm, igualmente, natural aversão aos vícios do fumo
e do álcool. Acresce, ainda, que a proteção fisiológica alcançada pela sua genial
medicina, dispensa-os da terapêutica de corrosivos ou alcalóides. Desconhecem, também,
os quadros aflitivos das múltiplas enfermidades terrenas, tais como o
histerismo, a sífilis, as alienações mentais, doenças produzidas por existência
desequilibrada e pelas constantes exaltações ou conflitos emotivos. Finalmente,
portadores de uma tessitura órgano-funcional excelente, em que prevalece a
circulação arterial sobre um pequeno campo de rede venosa, o seu equilíbrio
vital não exige grandes quotas de oxigênio para atender o seu delicado
metabolismo respiratório.
PERGUNTA: Então, poderá dizer-nos qual a natureza das moléstias graves que afetam
a saúde dos marcianos; e, também, qual a sua longevidade, tomando por base o
tempo que atribuímos ao nosso ano terrestre?
RAMATIS:
No capítulo "A Medicina em Marte", abordaremos, detalhadamente, os diversos
aspectos referentes a essas indagações.
PERGUNTA: Os nossos cientistas obstinam-se em afirmar que a temperatura de
Marte, durante o dia, atinge um grau de calor tão elevado que os terrícolas não
poderiam suportá-lo; acontecendo o mesmo durante a noite, pois o frio excede
muito as temperaturas mais baixas do nosso orbe. Por conseguinte, num ambiente
de tais extremos, a vida dos terrícolas seria absolutamente impossível. Não lhe
parece?
RAMATIS:
O defeito proverbial da ciência terrena é conceituar situações da vida noutros
orbes, exclusivamente baseada no "modus vivendi" dos terrícolas.
Entretanto, podemos afirmar que em inúmeros planos de vida há organismos
humanos, à base de silício, alumínio, ferro e outros elementos, embora sob
constituição "fisioquímica" distante de vossas compreensões. Mundos
há, de ordem física, em que a predominância de hidrogênio e hélio, nos seres,
cria-lhes admirável "luz-áurica" transparente e visível à menor
obscuridade, lembrando os noctívagos vaga-lumes. Não podeis firmar conceitos
basilares, atendo-vos ao ambiente cósmico e restrito de vossa morada Planetária,
julgando "ex abrupto" a constituição dos outros orbes que se
encontram espalhados pelo Infinito.
Do livro: “A VIDA NO PLANETA
MARTE E OS DISCOS VOADORES” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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