PERGUNTA: O mau-olhado é sempre consequência de uma
pessoa maldosa?
RAMATÍS: O mau-olhado, já
explicamos, também pode originar-se acidentalmente de estados de espírito
censuráveis, como ambição, inveja, ciúme, despeito, ira, cobiça ou vingança, projetando
fluidos ruinosos.
Mas há pessoas de bons sentimentos portadoras do mau-olhado, que
sofrem crucialmente por causa das mortificações e prejuízos ou males
involuntários semeados na vida do próximo! Basta, às vezes, expressar o desejo muitíssimo natural de possuir
uma planta, ave ou animal, que outros possuem, para que a carga fluídica
acumulada no olhar se despeje sobre tais coisas ou seres, produzindo efeitos
nefastos, como doença, melancolia e até a morte. 3
3 - Nota do Médium: Quando eu era noivo de minha atual esposa, frequentava a casa de meu sogro um senhor libanês, homem humilde e serviçal, e
que muitas vezes vi com lágrimas nos olhos, porque sabia-se portador do
mau-olhado. Meu sogro, de origem italiana, homem despachado, certo dia, num
ímpeto amistoso, apanhou o seu amigo pelo braço e levando-o até junto de um
majestoso peru que havia adquirido para a festividade de Natal, disse-lhe:
"Turco, dizem que você tem 'olho ruim'! Pois então descarregue essa
ruindade boba nesse bicho, e veja como tudo isso é besteira!".
PERGUNTA: Por que as pessoas de bons sentimentos também podem ser portadoras do estigma
do mau-olhado?
RAMATÍS: Infelizmente, conforme preceitua a lei cármica, a "semeadura é livre, mas
a colheita é obrigatória". Em consequência, mesmo depois de nortearmos a
agulha de nossa vida espiritual para o Norte do Cristo, ainda temos de colher
os frutos ruins da sementeira imprudente do pretérito. Embora a criatura viva
atualmente uma conduta sadia e benfeitora, nem por isso ela fica livre dos
efeitos daninhos que resultam dos seus desatinos pregressos. A criança, que por
traquinagem ou rebeldia espalha o lixo no jardim ou nas calçadas, é obrigada a
recolhê-lo novamente, embora prontifique-se a jamais cometer tal desatino. Quem
transforma o seu lar num salão de festas sob a prodigalidade alcoólica, depois
terá de limpar o assoalho, os móveis e tapetes, mesmo que deplore a sua
imprudência. O homem que, num momento de cólera, envenenou a cisterna de água
pura, mesmo depois de arrependido terá de esgotá-la completamente para mitigar a
sede.
O
espírito que em vidas anteriores serviu-se indiscriminadamente de energias
subvertidas para semear prejuízos e dores alheias, a fim de usufruir
egoisticamente os bens prematuros, mesmo depois de convertido ao bem, ainda
sofre os efeitos dos seus atos ruinosos. A Lei Cármica não atua como processo
punitivo das ações irregulares e pecaminosas do espírito, mas apenas determina
o ônus "a cada um segundo as suas obras"!
Do
livro: “Magia de Redenção” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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