PERGUNTA: Que
diríeis de algum médico que, para alívio dos pais, praticasse a eutanásia e aniquilasse
no berço de nascimento algum desses seres xifópagos ou deformados, que muitas
vezes parecem terríveis afrontas à própria forma humana?
RAMATIS: Esse médico incorreria
em grave culpa para com o plano criador da vida humana, pois o corpo carnal,
seja qual for o seu aspecto e condição física, é sempre o valioso laboratório
de experimentação do espírito imortal. Os médicos que praticarem a eutanásia,
ou os pais que com ela concordarem, porque se deixem tomar de horror ou repulsa
diante da figura extravagante dos filhos xifópagos ou aleijados, estarão retardando
a ventura daqueles aos quais deveriam ajudar a viver, pois que tentam o seu
reajustamento espiritual “baixando” à carne para correção das insânias do
pretérito.
Acresce que os pais de xifópagos quase sempre foram no
passado os responsáveis diretos pelos surtos de ódio que ainda dominam esses filhos.
A xifopagia, como recurso compulsório que obriga as almas à mútua convivência
pela ligação dos seus corpos físicos, serve para suavizar as arestas vivas do
orgulho, egoísmo, vaidade e amor-próprio, que podem ter sido no passado as causas
fundamentais da hostilidade insolúvel.
O desconhecimento das causas que
provocam uma vida teratológica não é motivo para que seja cortada; há sempre um
desígnio superior em tal acontecimento, que não pode ficar sob a dependência
das impressões desagradáveis que possam causar aos encarnados que se deixam
dominar por excessivo sentimentalismo.
Do
livro: “Fisiologia Da Alma” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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