PERGUNTA. E no caso dos xifópagos, que são criaturas
ligadas pelos seus corpos físicos e por isso impedidas de viver separadamente?
RAMATIS: Em sua maioria, os xifópagos são portadores de um carma
doloroso visto que se trata de duas almas que de longo tempo vêm-se odiando, na
esteira dos séculos, sem quaisquer possibilidades de reconciliação amistosa.
Então a lei sábia do progresso espiritual lança mão de recursos corretivos extremos,
e as reencarna na mesma família, porém ligando-lhes os corpos físicos, a fim de
que, submetidas às mesmas necessidades e devendo lutar pela sobrevivência
recíproca, terminem por se afeiçoar mutuamente.
Espíritos inimigos e odiosos, tendo-se destruído mutuamente quando
viviam em corpos separados, depois que são submetidos às algemas da xifopagia e
enlaçados pelos mesmos interesses, veem-se obrigados à solidariedade, para
sobreviver. E assim, através da suportação compulsória e da forçada tolerância
mútua, torna-se mais curto o caminho para a definitiva simpatia e futura
afeição espiritual.
A “dupla” de almas encarnadas em dois corpos ligados indissoluvelmente,
que a Medicina classifica de “acontecimento teratológico”, cumpre a dolorosa
terapêutica de estímulo e contemporização para o necessário acordo espiritual e
a cessação do ódio milenar. Em geral, tais xifópagos se veem obrigados a ganhar
a vida expondo-se ao público em barracas circenses e empresados por homens
gananciosos. Ainda neste caso, é a Lei do Carrna que lhes impõe a humilhação em
público, pois em verdade são fugitivos da corrente normal da vida, que precisam
ser expostos para escarmento da humanidade terrena. Certas vezes, tais
espíritos são responsáveis pelos ódios que ainda se transmitem secularmente
entre famílias demasiadamente apegadas às tradições ancestrais.
Do
livro: “Fisiologia Da Alma” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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