“Embora Jesus tenha nascido sem produzir milagres que deveriam abalar seus familiares e a vizinhança, tal fato revestiu-se de
suma importância no Espaço, em torno da Terra, onde os anjos que o
acompanhavam em sua descida para a carne vibraram de intenso júbilo pelo
êxito do mundo espiritual no advento do Messias! Através do sacrifício
de alta Entidade Espiritual, as trevas terrenas, dali por diante,
receberiam mais forte Luz Crística, em comunhão mais íntima com o seu
Cristo Planetário!
Embora
os homens ignorassem em sua consciência física a natureza excepcional do
advento do Messias, o certo é que todos os moradores nas adjacências
sentiam um júbilo estranho e deliciosa esperança que lhes tomava a alma
num sentimento indefinível. Pairava no ar algo de excelso e terno,
flutuando numa ansiedade espiritual, e um suave magnetismo penetrava o
espírito dos seus moradores.
Uma estranha alegria e emoção
envolveram as criaturas de bons sentimentos ante a presença de Jesus e
dos seus anjos junto à Terra, que ficou impregnada de fluidos sedativos e
esperançosos.
Em torno do seu berço as potestades angélicas haviam colocado poderosas barreiras de luz, a fim de dissociarem qualquer carga de magnetismo nefasto.
Em torno do seu berço as potestades angélicas haviam colocado poderosas barreiras de luz, a fim de dissociarem qualquer carga de magnetismo nefasto.
Alguns rabis puros de coração, mais
tarde, confirmaram que haviam pressentido ondas de luz e de perfumes
durante o ofício na sinagoga, no momento presumível do nascimento do
menino Jesus. Enquanto isso, pastores e camponeses, simples e bons,
juraram ter visto sobre a casa de Sara onde Jesus nascera, súbitas
refulgências que pareciam cintilações da luz do Sol. Em verdade, as
hostes angélicas projetavam suas luzes profiláticas e desintegradoras no
ambiente onde Jesus deveria nascer.
Além da excelsa beleza e do
encanto do menino Jesus, os que o visitavam também sentiam uma doce
sensação de paz e de júbilo irradiada daquele berço pobre, comovendo-os
até as lágrimas! As criaturas simples, ingênuas e bondosas, corações
famintos de amor e repletos de fé, sentiram mais nitidamente a presença
real do Messias.
Algumas mulheres muito sensíveis e com
faculdade de vidência descreviam a aura refulgente que se irradiava do
berço do menino Jesus, e iluminava os aposentos, móveis, objetos, aves e
pessoas, tingindo-os de um rosa formoso e com reflexos dourados
cintilando sobre um fundo de lilás claríssimo. Elas então se ajoelhavam, enternecidas, beijando as mãos do excelso querubim e o olhavam encantadas. Algumas pessoas asseguravam sentir perfumes sutilíssimos, de terna suavidade; outros auscultavam o ar à procura de melodias, cânticos e preces comoventes, que as emocionavam até as lágrimas e não sabiam explicar.
Sob tais circunstâncias, não tardou a se divulgar na cidade a notícia de que Maria, esposa de José, o carpinteiro, tinha sido visitada pelos deuses e dado à luz um filho formoso, tudo indicando tratar-se de um enviado de Israel!
O menino se acomodava num humilde berço de palha e algodão, mas parecia surpreender até os animais que o espiavam pelos recortes e buracos da parede divisória do aposento.
Embora no humilde berço de palha estivesse repousando o corpo tenro do glorioso Messias, Salvador dos homens, a família já se mostrava felicíssima só pelo êxito de nascer um filho em seu lar.
Mas era no Espaço que se manifestavam os júbilos venturosos e as emoções arrebatadoras, onde os mensageiros espirituais se sentiam aliviados do pesado encargo de amparar o espírito de Jesus até a carne a ajudá-lo a nascer na face sombria do planeta Terra!
RAMATÍS “O Sublime Peregrino”
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