Pergunta: Através da literatura mediúnica,
sabemos que certos espíritos desencarnados têm facilidade de se transportar de
um local para outro, utilizando-se de uma faculdade que lhes permite uma
espécie de voo, à qual se dá o nome de "volição", ao passo que
outros, não possuindo essa faculdade, só podem se locomover como pedestres. Por
que motivo estes não podem gozar da faculdade daqueles?
Atanagildo:
De fato é assim, visto que a força mental acumulada inteligentemente
é que promove o êxito na volição. Como poderá se transportar a longas distâncias,
por meio da força de vontade, criadora do poder mental, aquele que na matéria ainda
não possuía força de vontade suficiente nem para abandonar pequenos vícios?
Pergunta: Então, só os espíritos superiores é que conseguem volitar?
Pergunta: Então, só os espíritos superiores é que conseguem volitar?
Atanagildo: Como disse, a volição é conquista dos que desenvolvem o seu poder mental;
assim, é óbvio que, quem o possuir, mesmo quando desviado do Bem, pode volitar
depois de desencarnado. No entanto, uma coisa é poder volitar e outra coisa ter
permissão para volitar, pois aqueles que se aviltam no mundo, embora possuam
força mental desenvolvida e inteligência bastante, terão que se situar em zonas
densas e de baixas condições vibratórias. Em consequência, mesmo que sejam
capazes de volitar, a Lei os conservará presos ao solo ou, então, mal poderão
ensaiar alguns arremedos de voo a distância, porque as suas condições
vibratórias não permitirão que passem daí. Não podeis comparar os voos curtos
das aves domésticas, presas ao solo, com o voo incomparável dos pássaros que
cortam o espaço!
Pergunta: Podeis
nos dar uma ideia mais clara de como se processa o fenômeno da volição?
Atanagildo:
- A volição se baseia principalmente na ação dinâmica da vontade atuando
sobre a energia mental, que então serve de sustentação para que o perispírito
possa se conduzir através do Espaço. Servindo-me de minha vontade coesa e
disciplinada, que me permite governar a mente para conservar-me em voo seguro,
posso alcançar os objetivos e pontos desejados, como se fora possuído da leveza
do pássaro a voar sob um céu de arminho irisado. É certo que o faço na
conformidade do meu tipo espiritual e, por isso, não posso me afastar do
círculo traçado pelas minhas condições vibratórias siderais.
Do livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís/Atanagildo – Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
Do livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís/Atanagildo – Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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