Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Casos Teratológicos de Idiotia e Imbecilidade – IV




PERGUNTA: Embora sejam raros os casos de crianças que nascem com duas cabeças, temos notado que elas nunca sobrevivem. Gostaríamos, por isso, de saber qual será o propósito da lei cármica permitindo um nascimento teratológico, uma vez que o ser não sobrevive e, além disso, perde-se todo o trabalho gestativo, pois que o espírito encarnante mal consegue divisar a luz do mundo físico! Em que o pode beneficiar uma vida física deformada e tão fugaz?

RAMATIS:  Sob tal critério, também poderíeis indagar o porquê de nascerem crianças perfeitas e sadias que, no entanto, falecem alguns dias depois. Não acarreta isso numa grande perda de tempo por parte dos pais e um inútil sacrifício materno durante a fase incômoda e aflitiva da gestação e da “délivrance”, para depois tudo resultar em terrível desilusão?

O espírito que renasce num corpo físico com duas cabeças apenas sofre o efeito da lei cármica que burlou no pretérito, e colhe de conformidade com a sua própria semeadura. A Divindade não lança mão de intervenções extemporâneas para produzir prova tão cruciante; o fenômeno é apenas o resultado de alguma violência mental no campo de forças da vida eterna contra o sentido nobre e progressista da mesma vida. A lei cármica só atua através da ação do próprio agente que a perturba. Quando, pela sua incúria mental, o espírito provoca uma configuração adversa à sua própria contextura perispiritual, só lhe resta uma solução benfeitora, que é a de plasmar na carne o fenômeno insólito, até que cesse a sua derradeira vibração atrabiliária na letargia da matéria. Quando mais tarde, pelo falecimento, o corpo físico for devolvido à cova fria do cemitério, a forma teratológica criada e nutrida imprudentemente no mundo astral se dissolverá no seio da terra, aliviando o perispírito da sua carga mórbida.

Se é muito difícil a sobrevivência de uma criança com duas cabeças, deve-se isso, em parte, ao forte desequilíbrio e à violentação dos princípios vitais do respectivo organismo, que se vê forçado a nutrir uma segunda cabeça sem utilidade do comando espiritual. O que importa principalmente em tal acontecimento ou fenômeno confrangedor é a possibilidade de o espírito transferir para o mundo exterior a configuração teratológica que imprevidentemente criou no mundo astral, não tendo, depois, forças suficientes para dissolvê-la no ambiente onde passar a viver.
Lembramos-vos de que o leproso, em geral, também é um espírito que resolve despejar para a Terra uma intensa carga de toxinas, por atacado, transformando o seu corpo esfrangalhado em uma espécie de “fio terra” condutor dos venenos psíquicos da vestimenta perispiritual para a matéria. Do mesmo modo, a criança com duas cabeças também significa o canal vivo que transfere para o mundo exterior, da matéria, a “idéia deformada” que tomou vigorosa forma astralina ante o poder mental do espírito infeliz.

Do livro: “Fisiologia Da Alma” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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