Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Problemas do Vício de Fumar – IV




Pergunta: Embora concordando convosco, lembramos que certos fumantes inveterados têm gozado de excelente saúde e até desencarnado centenários!

Ramatís: A diminuta percentagem de tabagistas que têm sobrevivido sem sofrer os efeitos tóxicos do fumo não basta para recomendar o vício que prejudica ou até liquida os homens de uma descendência biológica mais débil. Aliás, é bem maior a percentagem das criaturas vulneráveis à nicotina, como cardíacos congênitos, asmáticos, hipocondríacos, ulcerosos, dispépticos, portadores de má circulação, fragilidade capilar, insuficiência gástrica e outros sintomas mórbidos e que o uso do fumo ainda lhes apressa a marcha para o túmulo.
Autópsias recentes e estatísticas médicas provam que o tabagismo, para muitos homens, é um verdadeiro "suicídio a prestação"!

Pergunta:  Há informes científicos de que o organismo humano mobiliza defesas suficientes para neutralizar os efeitos nocivos do fumo! Que dizeis?

Ramatís: Não há dúvida; o corpo físico jamais cede em sua defesa enquanto possui energias e capacidade para neutralizar quaisquer imprudências ofensivas à sua natureza. Mas é insensato que o homem abuse e agrave esse inato poder de resistência do organismo físico, na imprudência e insensatez de inalar venenos tão destruidores como o fumo e o álcool.
Os viciados no tabaco deveriam meditar profundamente quanto aos desesperados esforços e dispendiosas energias que o organismo físico mobiliza para sobreviver contra o envenenamento do primeiro cigarro! O fumante neófito, quando tenta sorver o primeiro cigarro, é acometido de suores gelados e vômitos incoercíveis; baixa-lhe a temperatura e o sistema endocrínico destrambelha-se na produção de hormônios defensivos; o esôfago excitasse, enquanto o fígado atropela-se, o tecido gástrico intoxica-se, afrouxa-se o piloro e surge até o fluxo disentérico. Há casos mais graves, em que o candidato ao tabagismo precisa ser socorrido pelo médico, pois desmaia, atinge o coma nicotínico ou sofre de cegueira acidental.
Porém, não se atemoriza, nem se resguarda, malgrado o primeiro choque fisiológico aflitivo e atroz. Imitando verdadeiro idiota, ele tenta novamente a mesma aventura mórbida e, de sofrimento em sofrimento, termina por adaptar-se ao condicionamento do fumo intoxicante, até converter-se na excêntrica e ridícula figura de uma "chaminé ambulante"! Enquanto 50 miligramas de nicotina podem matar um fumante calouro, o tabagista viciado suporta até 120 miligramas sem conseqüência mortal, graças à sua teimosia e obstinação em ajustar-se à incineração da erva tóxica. Mas o sucesso vicioso não se deve a uma defensiva natural, porém ao organismo que estabelece novos processos químicos e mobiliza energias específicas, furtadas de outros setores orgânicos, para a sua sobrevivência. Após a viciação tabagista, o corpo carnal também fica mais vulnerável aos ataques tóxicos das doenças mais comuns, inclusive quanto à contaminação da área respiratória. Sem dúvida, ante essa defensiva incomum, então é possível que o fumante, de vigorosa estirpe ancestral biológica, possa viver até 100 anos algo sadio; no entanto, os menos favorecidos apressam a sua viagem para o túmulo!

Do livro: “A vida Humana E O Espírito Imortal” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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