Pergunta:
- Que dizeis das mulheres que fumam? Muitas delas acham que o fumo faz
emagrecer e que as livra das drogas químicas perigosas!
Ramatís: - É um
equívoco das mulheres pretenderem emagrecer à custa do fumo, quando isso deve
ser obtido através de dietas convenientes ao seu tipo, sob a orientação de hábil
nutrólogo.
O tóxico
do tabaco deprime fortemente certas pessoas debilitadas e exige a incessante mobilização
de energias contra o seu impacto agressivo, resultando uma redução de peso do organismo
físico por debilidade energética, e não devido ao tabagismo, que nada tem de terapêutico!
Em geral, os fumantes inveterados engordam assim que deixam de fumar porque isso
resulta do acúmulo de antitoxinas, que anteriormente foram mobilizadas no
organismo para a defensiva contra a nicotina. Mas, paulatinamente, essas
substâncias vão desaparecendo desmobilizadas pela ausência do tabaco tóxico; e
o "ex-fumante" não tarda a retornar à antiga forma física.
Pergunta:
- As mulheres que fumam são mais prejudicadas do que os homens?
Ramatís: - A
nicotina contrai os vasos sanguíneos e retarda o afluxo de sangue aos centros e
camadas cerebrais superiores situados externamente no córtex cerebral. Por isso,
alguns tabagistas' sofrem de certa "amnésia" parcial e insensibilidade
nas extremidades dos dedos, provocadas pela exiguidade da circulação capilar.
As doenças do coração, mais raras entre as mulheres, são mais freqüentes entre
os homens tabagistas, multiplicando-se os "enfartes'" à medida que a
humanidade fuma. A nicotina reduz o calibre das veias coronárias e produz a
"falsa angina", cada vez mais comum entre os fumantes inveterados. O
fumante inveterado apressa a constrição das veias coronárias, devido à
incessante presença da nicotina atuando
nos vasos sanguíneos de modo anômalo. Conforme o velho preceito de que "a função
faz o órgão", a delicada rede das coronárias, que irriga e alimenta o
coração, também acaba vítima da estenose crônica provocada pela nicotina,
transformando o homem sadio e ainda moço, num ótimo cliente dos médicos
cardiologistas!
Conseqüentemente,
a mulher que fuma é mais lesada pelo tabagismo, em virtude de ser constituída
por mais extensa rede de vasos sanguíneos do que o homem, a fim de atender a
sublime missão de procriar a vida. Através dos períodos catamênicos,
verifica-se que a mulher precisa descarregar o residual químico-tóxico sanguíneo,
que se acumula naturalmente por não ser usado na procriação, A nicotina, a
amônia, os ácidos oxálico, tânico, nítrico e o óxido de carbono, que se
produzem na queima do tabaco, são mais nocivos ao metabolismo feminino, porque
agravam a necessária exoneração da carga menstrual tóxica e irritam o sistema
nervoso. Ademais, a
mulher que fuma envelhece prematuramente, porque a constrição sanguínea
provocada pela nicotina rouba o rosado da pele e reduz a irrigação circulatória
das faces. As rugas surgem mais cedo e formam-se petrificações subcutâneas
devido à retenção de resíduos nocivos e gordurosos, como cravos, manchas e sardas,
o que obriga a mulher a mobilizar cremes, tinturas, substâncias químicas ou
massagens através dos modernos salões de beleza, na tentativa de dissimular a
velhice prematura.
Pergunta:
- O fato de a mulher fumar também pode influir na procriação dos filhos?
Ramatís: É de
senso comum que "não há regra sem exceção", por cujo motivo se existem
homens tabagistas que vivem saudavelmente até 100 anos, há mulheres que
resistem satisfatoriamente ao vício nocivo do fumo sem alteração na saúde. Mas
essas exceções dependem fundamentalmente de organismos físicos oriundos de bons
ascendentes biológicos.
É o caso
mais comum das camponesas que fumam desde jovens; e, no entanto, são saudáveis
e procriam sem dificuldades. Mas em tais casos a natureza possui recursos de reserva
para mobilização de defesas, pois se trata de vida simples, instintiva e sadia
nos campos pródigos de oxigênio puro, sem as combustões nocivas da atmosfera
das cidades poluídas por toda a sorte de emanações químicas e epidêmicas das
aglomerações. Mas a moças
situadas no turbilhão dos resíduos impuros das populações citadinas, cuja
alimentação mais artificializada e impura exige ainda os recursos de uma farmacologia
violenta e tóxica, não pode assemelhar-se ao tipo de resistência, que a camponesa,
bem nutrida e vitalizada pelo ar puro, oferece contra o fumo.
As
mulheres tabagistas tendem a gestar menor quantidade de filhos e algumas são estéreis,
enquanto o uso do fumo durante a gravidez acentua as náuseas, vômitos,
salivação excessiva, ataques nervosos, perturbações digestivas e hepáticas,
além das cefaleias periódicas. Certos abortos resultam da inanição circulatória
da rede vascular de irrigação do feto,
quando ocorre a constrição demasiada sob o efeito da nicotina.
Ante a
justificativa de existirem mulher e homem imunes ao tabaco, isso não aconselha
que é inofensivo fumar, tal qual a idéia insensata de que não é perigosa a tuberculose,
só porque também há criaturas imunes a essa doença!
Pergunta: Considerando-se que o vício de fumar antigamente era um hábito censurável e
próprio das mulheres de má vida, isso agora pode desconsiderar moral ou' espiritualmente
as demais mulheres que fumam?
Ramatís: - Sob a
tradição poética e histórica do mundo, cabe à mulher ser a figura representativa
da poesia, graça e inspiração do homem, além de sua função sublime materna. Sem
dúvida, existem mulheres brutas, grosseiras, obscenas e impiedosas, que
desfiguram o conceito louvável da sublimidade feminina. Mas sob qualquer
circunstância, a mulher sempre deverá representar o oposto masculino, preferindo
as atitudes superiores, que contrastam com a rudeza, malcriação, despotismo,
violência e egoísmo tão próprios do homem! Deus criou dois tipos de criaturas
definidas na área da razão a fim de constituir o motivo e o equilíbrio da vida;
o homem, que é viril, autoritário, enérgico, másculo e mais rústico; e a
mulher, atraente, terna, passiva e conciliadora, lembrando a flor que tenta
pelo perfume fragrante. Ela significa o repouso espiritual, o "oásis"
venturoso no deserto da vida humana! É o aconchego do homem quando retorna ao
lar, depois de atormentado no mundo profano, na luta pela manutenção da família,
após as dissensões ou frustrações de chefes e empregados, subalternos e
hierárquicos, preocupações econômicas, preterições injustas!
Em
conseqüência, tudo aquilo que é próprio do homem agressivo, autoritário, dinâmico
e vicioso, deve ser ridículo, antiestético e censurável quando praticado pela
mulher, símbolo de gentileza e inspiração no jardim da vida humana! A mulher
pode Se tornar grotesca e desagradável, plagiando ou imitando os vícios
masculinos, como o fumo e o álcool. Na atitude de lastimável masculinização,
criticável por ser viciosa, a mulher destrói o encanto milenário que lhe cabe
na face do orbe! Embora exija o mesmo tratamento na vivência humana, em
igualdade aos direitos do homem e podendo participar das instituições políticas,
científicas e laboriosas do mundo, deve manter a ternura, cortesia e a
feminilidade inspiradora, tradicional. A mulher que fuma ou bebe inveteradamente,
embora não chegue a alterar os seus sentimentos inatos de meiguice, resignação,
tolerância e afeto, ela macaqueia algo dos vícios e da rudeza do homem!
Do
livro: “A vida Humana E O Espírito Imortal” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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