Solicitamos à veneranda irmã que nos fale um pouco
de si, no intuito de situar melhor o leitor espiritualista, menos afeito à
Umbanda, egrégora em que sois mais conhecida.
VOVÓ MARIA CONGA: Saudamos os filhos de todas as crenças
terrenas nas suas mais variadas manifestações. Seremos concisa, pois não
gostamos de falar de nós.
Somos discreta servidora da caridade anônima, e se há
um nome e uma forma astral de apresentação aos homens, nesse caso uma combalida
vovó, preta velha septuagenária, curvada no débil corpo de ossos carcomidos, é
exatamente pela necessidade de exemplificação de humildade aos homens, nada
mais. O corpo físico que foi vestimenta fugaz, e lentamente foi-se finando
diante dos anos, serviu de meio imprescindível ao fortalecimento do ser imortal
para o festim de libertação do presídio das posses ilusórias na matéria, da
prepotência e do egoísmo humano. Somos espírito comprometido com o amparo das criaturas
sofredoras e doentes que procuram o alívio e a cura dos males que os afligem.
Ligamo-nos a Ramatís desde eras em que quase a nossa
memória espiritual falha, tal a antiguidade desse encontro, que se deu em outro
planeta do Universo. Viemos com esse irmão para a Terra dos homens, onde
estamos há algumas dezenas de milhares de anos, desde os Templos da Luz da
velha Atlântida, já tendo reencarnado várias vezes, compromisso de mergulho na
carne de que estamos dispensada nesse orbe, o que não nos isenta de
continuarmos evoluindo junto aos homens. O fato de um espírito não precisar mais reencarnar não
significa que seja perfeito, ou um facho de luz proveniente de locais elevados
que ofusca os olhos dos encarnados.