Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

COMO ACONTECE O MOVIMENTO DE UMBANDA NA EGRÉGORA PLANETÁRIA?


PERGUNTA: - Podeis nos dar maiores detalhes sobre as energias cósmicas de outras esferas universais, rebaixadas pelas forças vibracionais, ditas orixás, causadoras da associação interdimensional que permite a concretização do movimento de umbanda na egrégora planetária?

RAMATÍS:
-
É difícil nos fazer entender, tanto por vosso acanhado vocabulário, como pela limitação do sensitivo de que ora nos servimos, fato natural por sua condição de encarnado.
As energias cósmicas têm de se condensar para se fazerem manifestar nos planos astral,
etérico e físico. Para tanto, sofrem uma "descida" vibratória, de frequência, adensando-se pela interferência dos poderes não manifestados de Deus, os orixás. Grosseiramente, é como se eles fossem espécies de vórtices vibratórios ocultos, com intensa força centrípeta,[2] canais por meio dos quais as energias irão se materializar. Numa imagem singela, mas didática, imaginemos sete cones de luz de cores diferentes, originados do Imanifesto e dirigindo-se para o Universo manifestado. Cada um deles funcionaria como uma "escada" vibratória por meio da qual desce a
energia criadora primordial, e dentro desse cone de luz se materializariam as formas nos planos exteriores. Cada uma delas, embora partilhando as energias de todas as cores, guarda uma afinidade básica com a cor do foco por onde "desceu". Esses cones, ou vórtices cósmicos do trânsito da energia, são as vibrações dos orixás.

[2] Essas forças são de fora para dentro, do rarefeito para o denso, do abstrato para o concreto, do espiritual para o físico.

Esse rebaixamento vibracional é realizado por exu, como se fosse um par perfeito. Orixá é a energia, e exu, o movimento, o princípio transformador, o qual não tem limites dimensionais, interferindo em todos os entrecruzamentos vibratórios entre os diversos planos do Universo.
A alta hierarquia espiritual que dirige a Grande Fraternidade Universal, constituída de espíritos de várias localidades cósmicas participes do processo de criação com o Divino, utiliza seus largos poderes mentais fazendo essas energias serem moduladas em sua descida vibratória, adensando-as por meio dos aspectos subjacentes de Deus, ou orixás. Estrutura-se a essência cósmica, permitindo às mônadas espirituais (centelhas divinas) a conexão com os átomos permanentes[3] em cada dimensão (plano), fazendo essas chispas informes comandarem, por aglutinação de átomos dos vários planos, formas adequadas ao meio: os veículos ou corpos sutis que as vestirão em cada dimensão do Universo setenário (átmico, búdico, causal, mental inferior, astral, etérico e físico), por sua vez, repetindo-nos, diretamente relacionados com os sete orixás da umbanda, a mais genuína magia aumbandhã.

[3] Átomos permanentes, um de cada plano, são aqueles que permanecem com as mônadas de forma constante, após cada encarnação e até depois de completado seu trânsito evolutivo, funcionando como chips de memória, onde ficam entesouradas todas as experiências pretéritas da centelha naquele plano.

PERGUNTA: - Embora vossas elucidações sejam desprovidas de excessos simbólicos e hermetismos, como habitualmente vos é peculiar, o presente tema é profundamente metafísico. Entendemos que mesmo no macrocosmo, por meio do trabalho dos engenheiros siderais, em paragens cósmicas inimagináveis a nós, eles utilizam a magia dos exus para o rebaixamento vibracional das energias ditas orixás. Podeis dar-nos um exemplo desse magismo divino no microcosmo, relacionado à nossa realidade existencial?

RAMATÍS: -
Assim como exu "coordena" o movimento ocasionado pelo rebaixamento energético dos orixás e a "passagem" deles entre os entrecruzamentos vibratórios nas diversas dimensões espirituais, também desloca essas energias para o interior de vossos organismos físicos, o último e mais denso veículo para a: manifestação da vida universal.
Exemplifiquemos com a energia que se denomina Ogum: é a energia da luta, da realização, o impulso que leva à ação, em todos os níveis, no Universo e no ser humano. É a energia inicial, simbolizada no primeiro signo, Áries. Em vosso processo metabólico há uma correspondência disso com o elemento químico ferro, entre tantos outros que servem de pontos de imantação para exu e sua magia de transformação. Esse metal é afim com o orixá Ogum. Proporcionalmente à taxa de ferro, quanto menor sua incidência, mais frágil o organismo e menor sua força, sua energia de luta; quanto maior sua participação, mais vitalidade, pelo aumento da fixação do prana[4] absorvido inicialmente pela respiração nas células de todo o corpo físico. A ausência de ferro produz anemia, que se manifesta como falta de energia de ação, inércia, apatia. Quando a taxa de ferro se mantém baixa por longos períodos, vossa organização fisiológica fica suscetível à leucemia, ao câncer e às doenças oportunistas.

[4] Prana é a energia vital do Universo que tudo envolve, de acordo com o hinduísmo.
 
Podeis concluir que o macrocosmo é semelhante ao microcosmo; o sopro divino atua da mesma forma em cima e embaixo.

LIVRO: "A MISSÃO DA UMBANDA" RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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