Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

O BENEFÍCIO DAS PROVAS CÁRMICAS



PERGUNTA: Podeis dar-nos algum exemplo mais objetivo de que a criatura humana é sempre beneficiada, mesmo quando submetida à mais terrível prova cármica?

RAMATIS:  Suponde, para exemplo, um espírito encarnado num corpo físico com paralisia total dos seus membros inferiores. Isso para ele é um mal porque, devido ao efeito cármico que lhe tolhe os movimentos das pernas, deixa de participar a contento do curso da vida transitória do mundo material. No entanto, em tal caso, a ação restritiva da Lei não tem por objetivo fazê-lo expiar de modo doloroso os seus erros do pretérito, mas apenas desenvolver-lhe um melhor senso diretivo dos seus passos futuros. Se o impede de participar ativamente das movimentações comuns da vida física e o manieta pela paralisia, assim o faz para obrigá-lo a uma existência mais introspectiva e ao constante esforço reflexivo que também lhe apura o psiquismo.
A paralisia ou deformidade que o junge a uma cadeira de rodas ou leito de sofrimento não só o obriga a uma vida mais psíquica, como o afasta das paixões perigosas e das ilusões que vicejam nos caminhos do trânsito fácil da matéria. O paralítico, então, pode melhor desenvolver os bens do espírito e instruir-se mais facilmente, pois bem menores são as suas necessidades materiais e também sobeja-lhe maior cota de tempo para compensar os prejuízos do pretérito. O que pode parecer punição ou expiação espiritual, para as criaturas ignorantes do sentido criador e da recuperação cármica da alma, nesse caso não passa de retificação da onda da vida, que estava desarmonizada com a consciência do ser.

Da mesma forma, quando se represa o curso dos rios, não se o faz para castigá-los, mas apenas para que do acúmulo de suas águas resulte maior força para a usina benfeitora. Assim, quando muitas vezes a Lei do Carma, ajustando o efeito à causa correspondente, represa a liberdade do espírito e o paralisa no ergástulo de carne retificador, não o faz com o fito de qualquer desforra divina, mas apenas para corrigir o desvio psíquico perigoso e reconduzir a alma novamente ao seu curso venturoso.

DO LIVRO: “FISIOLOGIA DA ALMA” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.

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