Invocamos
os orixás, seja por contagens numéricas e pontos cantados, ou ambos ao mesmo tempo,
durante os atendimentos apométricos:
·
Invocação de Oxalá e linha do Oriente:
faz a distribuição ou "descida" vibratória das outras linhas e
entidades. É adequado cantar-se no início dos trabalhos e em situações que requerem
atuação do chamado agrupamento do Oriente e dos médicos do Astral.
Exemplo:
para fixar agrupamento do Oriente, plasmar ala médica e instrumentação cirúrgica
no Astral.
·
Invocação de Yemanjá: limpeza magnética
do ambiente, do trabalho, dos médiuns e dos consulentes pelo povo d'água.
Exemplo:
após desmanchos, desobsessões, demandas, manifestação de espíritos sofredores, e
sempre que se for necessário fazer uma harmonização do grupo. Yemanjá pode ser
invocada também
nos casos em que se deseja fixar o sentimento de maternidade no campo
vibratório de uma consulente, por existir conflito entre mãe e filho.
·
Invocação de Oxum: harmonização
exaltando o sentimento de amor incondicional que acompanha a vibração deste
orixá.
Exemplo:
nos casos em que um casal está em desavença por causa de uma gravidez recente ou
por tentativas de engravidar frustradas.
·
Invocação de Oxossi: curas e cirurgias
astrais.
Exemplo:
quando um consulente estiver com câncer. Pode ocorrer a atuação desta vibração em
trabalhos desobsessivos, pelos caboclos flecheiros (Jurema, Cobra Coral).
·
Invocação de Xangô: para a verificação
de causas pretéritas, traumas do passado que necessitam de equilíbrio, conforme
a Lei do Carma, e ocorrências em que o livre-arbítrio do consulente está sendo
desrespeitado.
Exemplo:
pânico de elevador porque em uma vida passada o consulente caiu de um telhado.
Espíritos obsessores se aproveitam disso e aumentam o mal-estar - essas
informações geralmente são fornecidas pelos guias, através de um médium, ou pelo
dirigente, quando ele não as recebe direto do Astral pela clarividência ou
incorporação.
·
Invocação de Ogum: as entidades desta
linha irão realizar o trabalho de demanda; irão lutar contra as falanges das
"sombras"; irão antepor-se frontalmente com os feiticeiros do Umbral inferior,
criandoExemplo: consulente magiado, em "confronto" com a organização
contratada no submundo astral que fez o trabalho. Invocamos o orixá Ogum e os
caboclos da vibratória se manifestam. Se necessário, são utilizados elementos
materiais, como fogo, pólvora, água.
·
Invocação de Omulu: todo trabalho de
alta magia e liberação dos guardiões (exus) é feito por esta vibratória.
Exemplo:
quando o consulente está perturbado em consequência de um trabalho de magia negativa
realizada com sacrifício animal em porta de cemitério, fazendo com que ele não
durma e sinta dores generalizadas pelo corpo.
·
Invocação de Iansã: deslocamento e
mudança.
Exemplo:
remoção de grupo de espíritos sofredores, ou mudança de padrão mental do consulente
(rigidez de opinião).
Invocação
de Nanã: após trabalhos "pesados" de contra-magia
e desmanchos, em que muitos espíritos foram liberados de situações de
escravidão.
Exemplo:
espíritos escravos de uma organização trevosa foram soltos e não sabem que estão
desencarnados. A vibração de Nanã os acolhe no mundo espiritual, como uma
grande mãe acolhe seus filhos no colo.
Encerramos
este tópico dizendo que todas as entidades ligadas a cada orixá trabalham em conjunto,
e ao mesmo tempo, no atendimento com apometria. A movimentação dessas falanges
se dá
sempre que necessário baseado no merecimento do consulente. Assim, quando
entramos no campo energético de um consulente, estamos interagindo com seu espírito
que já teve milhares de encarnações, em várias épocas e condições diferentes na
Terra. Nós temos de ter o coração aberto para todo o tipo de manifestação, e de
forma alguma devemos tecer julgamentos sobre a dor de quem
quer que seja, pois não sabemos do nosso passado. Cremos que a umbanda é a mais
rica e a mais
propícia religião mediúnica a utilizar a técnica da apometria para a pesquisa
do espírito eterno, exatamente por sua essência: o amor universal que se
perpetua pelos tempos imemoriais.
DO
LIVRO: “ UMBANDA PÉ NO CHÃO” RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA DO
CONHECIMENTO.
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