PERGUNTA: Conforme vossas ponderações, concluímos
que a prece, tanto quanto seja mais pura e sublime, ela é "menos
defensiva" para o corpo físico, embora de maior eficiência para o
espírito. Não é assim?
RAMATÍS: - Durante
a prece sincera e fervorosa, o espírito libera-se com mais facilidade do corpo
físico, pois vive em tal momento, num estado de "fuga vibratória", que
lhe faz sentir algo de sua verdadeira vida além da matéria. Nesse instante de
pausa espiritual, o organismo de carne quase que pulsa exclusivamente sob o
comando da vida animal. Aliás, o conceito moderno de Ciência é de que a matéria
é um aglomerado de "energia condensada" ou de "energia concentrada",
a qual se libera e retoma à sua fonte primitiva depois da desintegração dos
objetos ou da morte do corpo carnal. É óbvio, portanto, que a oração, como um
processo dinamizador, beneficia o campo energético mental e astral do ser,
facultando ao espírito maior liberdade de ação.
Embora a prece não proporcione absoluta proteção ao
corpo físico contra as hostilidades do meio onde ele se manifesta, pelo menos
dinamiza o seu energismo insuflando novos estímulos de vitalidade espiritual na
organização humana. A frequência vibratória superior conseguida pelo recurso da
prece no energismo do corpo físico, também assegura melhores relações e mais
harmonia no metabolismo atômico das comunidades celulares. E disto resultam
condições mais favoráveis para a atividade e equilíbrio do sistema nervoso e
endocrínico, como principais responsáveis pela estabilidade orgânica da saúde
do homem.
É de senso comum que a ausência de preocupações graves
ou de circunstâncias dolorosas alivia a mente e afrouxa o sistema nervoso. Como
decorrência, a prece é excelente recurso terapêutico para o homem, porque a sua
dinâmica liberta o espírito das
contingências materiais, proporcionando momentos de
paz e de agradável alívio corporal.
O ser não só se reanima em espírito como estabelece melhores
condições para a atividade fisiológica corporal nessa louvável vivência
angélica. Deste modo, indiretamente, a oração também é útil ao corpo físico
porque lhe concentra valiosas forças espirituais e o defende contra as
vibrações inferiores projetadas por outras mentes mal-intencionadas. A oração é
uma espécie de sentinela vigilante contra as influências espirituais nocivas
porque pecaminosas, pois a prece aquieta os impulsos inferiores e evita as
explosões de ódio, orgulho, ciúme, ira ou inveja.
O psiquismo transtornado produz cargas emotivas
daninhas porque semeia choques destrutivos na contextura delicada das células
nervosas e conseqüente perturbação do organismo físico. Em cada órgão do corpo
humano repercute a carga "psicodinâmica" que for emitida pela mente,
que acelera, retarda e até paralisa a função orgânica, pois age em perfeita
sintonia com a força do impacto favorável ou desfavorável. A harmonia magnético-vital
que assegura a saúde corporal depende principalmente do seu estado de espírito.
Cada homem vive, alimenta e incorpora em si mesmo a bagagem das suas emoções
psíquicas.
A prece sincera e pura funciona sempre como excelente
dissociador das "formaspensamentos" indesejáveis, aderidas ao halo mental
do homem, pois é poderoso instrumento que purifica a mente intoxicada e
desoprime o sistema cérebro-espinhal.
O ódio, a raiva, o ciúme, o orgulho, a inveja, a avareza,
a cobiça ou a crueldade são estados negativos de espírito, que produzem
"formas-pensamentos" enfermiças, pois causam alteração dos hormônios
endocrínicos, contraem a vesícula e o duodeno, atrofiam o cólon intestinal
pelos espasmos indisciplinados e produzem a congestão hepática pelo afogueamento
cardíaco ou retardamento circulatório sanguíneo.
No entanto, a oração, harmonizando o campo mental e
magnético do homem, acelera o poder defensivo das bactérias, ativa os processos
imunológicos e vitaliza os agentes defensivos contra os surtos epidêmicos, assim
como desafoga o curso dos hormônios responsáveis pela edificação celular. Os
médicos futuros, depois que se aprofundarem no estudo do problema complexo das
doenças do século, terão de aceitar a oração como recurso de eficiência
positiva para auxiliar a manutenção psicofísica do homem. No enfermo que ora
contrito, a força e a sublimidade da prece cicatrizam mais breve as suas
feridas, aceleram a sua convalescença e defende-o contra a infecção após as intervenções
cirúrgicas.
Durante a oração os enfermos retidos no leito suavizam
suas amarguras, suportam com muito estoicismo os sofrimentos redentores, e até
esquecem as reminiscências trágicas ou dramáticas do pretérito, sobrepondo-se,
tranqüilos, às coisas do mundo transitório. Considerando-se que o corpo de
carne é o prolongamento do conjunto mental, astral e etérico do perispírito imortal,
é evidente que as suas células fatigadas também se restauram com facilidade sob
o influxo das energias espirituais convocadas pela prece.
PERGUNTA: - Que dizeis da ação da prece usada como
recurso defensivo nos trabalhos mediúnicos de intercâmbio com os espíritos
desencarnados?
RAMATÍS: -
A prece, realmente, é um dos recursos eficientes para o bom êxito do
intercâmbio medi único, uma vez que essa relação mediúnica entre
"vivos" e "mortos" processa-se geralmente através do
contato perispiritual dos desencarnados com o perispírito do médium. Desde que
o intercâmbio medi único efetua-se particularmente pelo ajuste oculto e energético
do perispírito de ambos os comunicantes, é óbvio que o seu sucesso depende
bastante da qualidade dos fluidos e do magnetismo que forem mobilizados no
ambiente dos trabalhos espíritas.
Sem dúvida, tal sucesso é negativo nas relações
mediúnicas entre os espíritos de baixa categoria espiritual e os homens venais
ou corruptos, que se afinam mentalmente a um campo magnético de forças
inferiores. O intercâmbio sadio exige no ambiente ausência de quaisquer fluidos
mortificantes e perniciosos; e a prece é um poderoso agente de profilaxia e
defesa vibratória. Mas é óbvio que, durante o intercâmbio mediúnico com o Além,
os guias e os mentores espirituais não são obrigados a sustentar no ambiente de
trabalho um padrão fluídico superior, quando os seus próprios componentes permaneçam
dominados por impulsos mentais censuráveis, que alteram a harmonia do conjunto.
DO LIVRO: “ELUCIDAÇÕES DO ALÉM” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES
– EDITORA DO CONHECIMENTO
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