PERGUNTA:
A tela etérica sempre existiu? Como ocorreu seu surgimento e qual a
relação com o mediunismo?
RAMATÍS: Houve uma época em que as percepções do plano astral eram
abertas. Não havia necessidade de nenhum limitador nem de barreira de proteção.
Confundiam-se os planos vibratórios, e o intercâmbio era livre, fruto da
capacidade psíquica e anímica dos primeiros habitantes do orbe que vieram de
outros planetas para conduzir a evolução da Terra e seus futuros habitantes.
Não havia mortes abruptas, e os seres eram exclusivamente vegetarianos. Depois que as primeiras transmigrações de exilados de outros
orbes foram acomodadas nas zonas umbralinas, iniciou-se a reencarnação desses
espíritos rebeldes. A partir de então, a alimentação passou a ser carnívora, e
teve início o terrível flagelo das coletividades que paira até os dias
hodiernos. Com a interferência das várias espécies nos ciclos de vida, pela
mortandade dos irmãos menores do orbe, juntamente com o adensamento do duplo
etérico dos encarnados, decorrente dos eflúvios densos das emanações pútridas
da digestão de carnes, qual pneumático inflado demais, alteraram-se
violentamente as percepções sensoriais e a visão que tinham os humanos dos
excelsos seres e dirigentes planetários, já que as hostes umbralinas se
fortalecerem.
O carnivorismo forneceu o meio energético necessário e as
condições propícias à sintonia com as organizações trevosas do Umbral inferior
que foram trazidas de outros orbes. Iniciou-se a vampirização em massa dos encarnados, e os aspectos
benfeitores que preponderavam no intercâmbio com o Astral superior ficaram prejudicados,
levando à necessidade de "frenar", por meio de uma malha magnética, o
plano malévolo de entidades imorais e endurecidas no ódio. A partir de então,
precisou-se criar uma tela de proteção para os futuros reencarnantes. Então, os
engenheiros siderais, responsáveis pela genética etérica dos corpos físicos,
planejaram e implantaram essa barreira de proteção, visando a restabelecer o
equilíbrio com o plano oculto. Assim se vedou a comunicação nefasta com o plano
astral inferior e se estancou o ataque das comunidades raivosas do Além, que se
encontravam revoltadas pelo exílio planetário imposto. Obviamente, a tela etérica não se mostrou inexpugnável, e a
partir de então se instalou o mediunismo, em maior ou menor grau, dependendo da ruptura
pelo uso indiscriminado de magia negativa e sacrifícios animais.
Está claro que o ser em sua evolução vai refinando a tela etérica
naturalmente, até chegar ao nível vibratório em que ela se desfaz. Observai os
iogues, místicos e sábios de todos os tempos, seu comportamento, suas
concepções filosófico-religiosas e seus hábitos alimentares, e tereis um roteiro
seguro de sublimação de vossos corpos espirituais. Isso é um processo natural
de conquista e percepção psíquica, que não estabelece nenhum "rombo"
violento na tela, como ainda ocorre para a grande maioria de médiuns que
labutam na seara umbandista.
DO LIVRO: “A MISSÃO DA UMBANDA” RAMATÍS/NORBERTO
PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.
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