PERGUNTA: Como pôde Jesus assimilar tantos conhecimentos
sobre o homem, sem um curso acadêmico ou disciplina filosófica do mundo, tão
necessária para os mais abalisados pensadores?
RAMATÍS: A humanidade profana ainda ignora o curso
iniciático da vida de Jesus em que José de Arimatéia foi o seu cicerone
dedicado e fiel. O jovem Jesus, além das intuições do muito que a sua própria
alma já aprendera, rebuscou todos os movimentos espiritualistas e iniciáticos
da época, na Judéia, e nações circunvizinhas; motivo porque a sua vida é cheia
de hiatos e períodos desconhecidos dos seus mais fiéis biógrafos. Ele
investigava e inquiria sobre todas as práticas da velha iniciação habitual na
índia, no Egito e na Grécia, e seu espírito assimilava, com incrível rapidez,
todo o conteúdo iniciático de cada escola. Descobria com facilidade as raízes fundamentais
do ritualismo simbólico; e, embora jovem, os seus conceitos já valiam tanto
quanto a palavra de muitos Mestres de sua época.
Entre os essênios, ele se distinguia pelo profundo respeito a todos os credos e movimentos espiritualistas; a sua apreciação ao trabalho religioso no mundo era de absoluta universalidade. Os velhos anciãos dos santuários situados nas grutas dos montes Horeb, Carmelo, Moab e Tabor afirmavam que se tratava de um jovem destinado a alguma extraordinária e importante missão entre os homens. E opinavam que ele deveria entregar-se a uma tarefa de esclarecimento das multidões. No entanto, o jovem Jesus, quer pela sua humildade ou porque achava prematura qualquer decisão em tal sentido, preferia silenciar a respeito. Algumas vezes, quando se fazia maior a insistência dos mestres essênios, então respondia-lhes que "se for da vontade do Pai que está nos céus, Ele me indicará a hora de minha missão!"
Entre os essênios, ele se distinguia pelo profundo respeito a todos os credos e movimentos espiritualistas; a sua apreciação ao trabalho religioso no mundo era de absoluta universalidade. Os velhos anciãos dos santuários situados nas grutas dos montes Horeb, Carmelo, Moab e Tabor afirmavam que se tratava de um jovem destinado a alguma extraordinária e importante missão entre os homens. E opinavam que ele deveria entregar-se a uma tarefa de esclarecimento das multidões. No entanto, o jovem Jesus, quer pela sua humildade ou porque achava prematura qualquer decisão em tal sentido, preferia silenciar a respeito. Algumas vezes, quando se fazia maior a insistência dos mestres essênios, então respondia-lhes que "se for da vontade do Pai que está nos céus, Ele me indicará a hora de minha missão!"
Não se
considerava um ente superior nem o melhor de todos, mas apenas uma criatura incendida
por um ideal que era incomum à maioria dos homens. Aliás, as barreiras fluídicas que separam o mundo espiritual do
terráqueo impediam-lhe a posse completa da sua extraordinária consciência, pois
ele submetia-se disciplinadamente à Lei que viera cumprir. Sua juventude era
povoada de êxtases e visões, embora, por isso, muitas vezes fosse
ridicularizado e refutado na sinagoga, pois os velhos rabis, conservadores,
protestavam contra suas idéias avançadas. E nesse ambiente hostil aos seus
conceitos, já o consideravam um visionário, porque afirmava que o Deus de
Israel também abençoava os romanos e os infiéis.
Jesus sentia em si assombrosa e estuante força que o conduzia a um
objetivo superior, de implacável renúncia; por vezes antevia, no imo da alma, a
fugaz imagem do seu futuro sacrifício programado pelo Alto. Mas, com o tempo,
foi-se habituando a falar com absoluta confiança sob o impulso diretor do Ego
Superior; e, à medida que o seu espírito emergia cada vez mais lúcido, dominando
a potência escravizante da carne, abriam-se-lhe clareiras do entendimento
espiritual em favor da humanidade!
DO LIVRO: “O SUBLIME PEREGRINO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO
CONHECIMENTO.
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