PERGUNTA: Poderíeis expor-nos
outras noções dessa sabedoria psíquica inata, em sua atuação no reino animal?
RAMATÍS: Em verdade, o que se presume natureza é simplesmente a manifestação da
sabedoria do psiquismo, que não atua ao acaso, mas cria, coordena, orienta e
aperfeiçoa as espécies de todos os reinos sob a sua responsabilidade.
Ela
é que ensina as abelhas a construírem a sua colméia, sob os princípios mais avançados
da matemática, ou a aranha a tecer a sua teia, desafiando a própria engenharia humana,
ante o critério do emprego de massa, peso e extensão.
Mas,
simultaneamente, indica às abelhas os meios de defesa contra os insetos invasores
da colméia, inclusive a produção de substância anticéptica para evitar a deterioração
do mel, assim como instrui a aranha a caçar para sobreviver. As diferentes manifestações
de vida das aves, dos insetos, animais e répteis nos demonstram que essa natureza
tão providencial não passa de uma inteligência sideral; um psiquismo sábio, que
promove a mobilização de recursos de motricidade, instinto defensivo, e da
estratégia, que se completam pela riqueza dos meios de ataque e proteção.
Aqui,
revela-se a admirável mecânica na elaboração e no fabrico dos chifres, bicos, dentes,
unhas, ferrões e garras; ali, essa engenharia calcula com precisão a
envergadura das asas de cada inseto ou ave, promovendo hábil distribuição do
seu peso eqüitativamente à suportação aérea, velocidade e segurança de pouso; a
técnica da eletricidade está presente nos centros captadores e receptivos,
comprovada através das antenas das formigas, dos besouros e de outros mil tipos
de insetos; o "radar" tão surpreendente é privilégio do morcego muito
antes do homem, o qual usa o sonar da ponta dos dedos como um submarino
moderno. Por outro lado, os choques, as descargas do poraquê e das enguias paralisam
a presa, facilitando a luta pela vida através dos recursos elétricos da pesca.
A arte química da luz revela-se na fosforescência dos vaga-lumes, das algas e,
mesmo, de outras espécies; as sínteses tóxicas são processo comum das aranhas,
escorpiões e cobras, que gozam do direito de fabricar o seu próprio veneno,
como respeitável recurso de defesa.
É
por isso que o homem nada inventa de original, mas apenas descobre em sua faina
racional o que a própria natureza já compôs e providenciou numa manifestação aparentemente
eventual ou intuitiva, porém, profundamente sensata, inteligente, produtiva e,
sobretudo, diretiva.
Ramatís – “O Evangelho À Luz Do
Cosmo”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.