A "ligação" de um médium com um espírito que lhe dará
assistência, seja mentor, protetor ou guia, é construída durante várias
encarnações e períodos entre vidas, quando estais desencarnados, e também nas
encarnações sucessivas. A ancestralidade determina as vibrações afins que se
aproximarão num mesmo ideal evolutivo, eis que ambos, espírito desencarnado e
encarnado, evoluem. É certo que o preparo e a visão do espírito liberto da
matéria grosseira ficam ampliados, mas não infalíveis, pois a perfeição absoluta
só existe no Cosmo em Deus.
Quando
verificamos médiuns oradores se emocionarem diante das platéias hipnotizadas ao
afirmarem que esse ou aquele espírito continua em vosso planeta, mesmo tendo
alcançado a passagem de ida para outros planetas mais evoluídos, entendemos o
amor que moveu tais espíritos, irmãos de jornada, na decisão de permanecerem na
Terra, mas não entendemos a exaltação gloriosa em que os homens os colocam ...
Como se não houvessem entidades espirituais de orbes ainda inimagináveis a vós,
que se impõem imenso rebaixamento vibratório para vir dar consulta, humilde e
anônima, plasmando corpos astrais de pretos velhos ou caboclos nos terreiros de
Umbanda, ou para atuarem nos recônditos do Umbral inferior através das estações
socorristas intergaláticas.
Importante
entender-se que dificuldade vibratória de aproximação com a aparelhagem mediúnica
não quer dizer distanciamento. Urge, no planeta, que se intensifiquem as
intervenções higienizadoras nas baixas zonas abismais da psicosfera. Ora, mesmo
previsto pelo Alto, o mentalismo do Terceiro Milênio, que ora se inicia, está
muito longe de se concretizar na Terra. Os habitantes da crosta ainda precisam
das energias telúricas, dos cânticos, dos defumadores, das flores, das
essências aromáticas; pela vossa habitual desconcentração mental, se fazem
relevantes os pontos de fixação para os pensamentos e os condensadores
energéticos para a efetiva manipulação curativa das energias cósmicas nos
trabalhos mediúnicos assistenciais. É mais fácil desfragmentar algo ou
condensar? Imaginai o tipo de energia necessária para a recomposição de tecidos
astrais de entidades estropiadas e reconstrução de hospitais e cidadelas no
umbral: buscar-se-á "combustível" nos raios das estrelas distantes ou
nos sítios vibracionais do planeta, do ar, da terra, da água e do fogo?
Sendo
assim, o maior impedimento para a aproximação dos guias e protetores
espirituais não está na diferença vibratória, em especial dos chacras do médium
e do espírito, e sim no envaidecimento daqueles que se deixam elevar pelo
excesso de conhecimento, desprezando as formas e o corpo em prol de um
mentalismo desprovido de calor amoroso, que o contato regular entre irmãos, com
os consulentes, propicia.
O
"casamento fluídico" ocorre quando a freqüência vibratória dos
chacras do médium se aproxima ao máximo das vibrações da entidade comunicante.
Para entender a importância desse acoplamento dos vórtices, que ocorre na
atuação direta do corpo astral do espírito sobre o corpo etérico do médium, o
qual se encontra algo solto, afastado, deveis entender as especificidades do transe
mediúnico na Umbanda, que é mais demorado e intenso. O "acasalamento"
fluídico com o Guia é necessário para ambos, e decorrente de profundas
impressões que estão no inconsciente das almas em questão, com afinidades
ancestrais. Os técnicos do astral, antes do médium reencarnar, potencializaram
energeticamente esses centros vibratórios, núcleos fluídicos que sustentarão o intercâmbio
com os guias, processo que demanda ampla preparação nas escolas do astral.
DO LIVRO: “JARDIM DOS ORIXÁS” - RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA
DO CONHECIMENTO.
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