Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Fitoterapia Astral, Cura Milenar - I





As fraternidades iniciáticas de outrora eram bastante criteriosas no acesso de novos discípulos e aprendizes. Não é por acaso que havia iniciações, antecedendo o primeiro grau de aprendizado junto aos mestres, que chegavam a durar sete anos. Os neófitos eram avaliados, criteriosamente, durante esse período. Os mestres, magos brancos, sabiam que havia perigo nos conhecimentos ocultos, se o estudante não tivesse em si as chaves do discernimento para distinguir os caminhos retos ou tortuosos da magia, correndo grande risco no acesso precipitado às obras ocultistas. Dual é o poder da magia; daí a facilidade de que se degenerasse em feitiçaria ou magia negra, pois para tanto bastava um mau pensamento.
Esses aprendizados ocultos, setenários, estavam relacionados com os mistérios da física, da fisiologia, do psiquismo, da natureza dos elementos cósmicos e da teogonia. Com a ausência de espiritualidade e de sentido moral na grande maioria da população daquela época, em que predominavam os interesses mesquinhos e mundanos, normais à falta de cultura daquelas comunidades e àquele contexto evolutivo, a revelação generalizada desses conhecimentos faria muito mal aos não iniciados e prejudicaria a todos. Por isso, era recomendado aos discípulos dos grandes iniciados a propagação da verdade por meio de parábolas, como forma de esclarecerem-se as criaturas sem revelar os mistérios. Isso tanto é verdadeiro, que Jesus recomendava: "Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não aconteça que as pisem com os pés e, voltandose, vos despedacem." O divino mestre antevia que se os discípulos não estivessem preparados, não adiantava descortinar-lhes as verdades ocultas. Essas questões são tão antigas quanto o homem, e todos os iniciados que antecederam Jesus as entendiam e as percebiam: Zoroastro, Pitágoras, Confúcio, Sócrates, Buda, Lao Tsé e tantos outros.
A grande maioria dos "entendidos" de vossos dias ri dos feitiços e dos amuletos, mas, no entanto, acaba sendo manipulada pelos "magos negros encarnados", que não se utilizam mais desses meios externos para a prática da magia.
Esses magos negros são aqueles que, tendo pertencido às antigas fraternidades brancas, foram banidos pela utilização incorreta dos ensinamentos ocultos e dos elementais, que estão presentes em todos os planos vibracionais. Hoje, utilizam-se desses conhecimentos para a dominação e o enriquecimento, com propósito particular e egoísta.
São de grande poder mental e carisma; quando falam, sua oratória magnetiza as multidões. Estão representados na política em vosso parlamento, defendendo os interesses de suas seitas; conseguem acesso aos meios de comunicação e se aproveitam da pureza dos inocentes para angariar valores pecuniários, como se fosse em prol da construção de novos templos.
Diante da pureza da benzedeira, que com o galhinho de arruda e suas ervas propicia a cura e o alento aos pobres e aos necessitados, eles a ridicularizam e a classificam de possuída pelo demônio. Olham o mediunismo com escárnio, dizendo que é coisa de doentes mentais. Manipulam a fé, ameaçando "que fora de suas igrejas não há salvação". São dissimulados e muito inteligentes e, nas reuniões entre si, planejam formas de angariar mais recursos e crescer mais rapidamente.

Aproveitam-se da pobreza e das mazelas ainda existentes em vosso orbe. A cada um é dado conforme suas obras, e o tempo é o implacável professor das leis de causalidade que regem o
Cosmo.
São chegados os dias em que se resgatam os conhecimentos milenares dos mestres antigos, trazendo à tona a verdade. O espiritismo esclarecedor, como o Consolador enviado pelo Cristo-Jesus, aos poucos vai despertando as criaturas. Jorram, sistematicamente, da fonte do Altíssimo informações e esclarecimentos, e a via de comunicação da mediunidade é ferramenta abençoada para a expansão das consciências. Amplia-se, aos poucos, o discernimento coletivo, e as próprias comunidades já se mostram incrédulas quando não têm as elucidações adequadas, requeri das pelo crivo da razão.
As benzedeiras e os caboclos, tão ridicularizados, hoje já são vistos com outros olhos. A utilização de ervas e fitoterápicos, como instrumentos de cura popular e amparo aos necessitados, se faz mais presente em vossa própria medicina, que lhes confere maior importância.
Nesse resgate dos conhecimentos milenares, a fitoterapia despontará. É originária da medicina ayurvédica, considerada como a mais antiga ciência
da saúde, tendo surgido na Índia há cerca de 5 mil anos atrás. Foi ensinada por milhares de anos nos templos das fraternidades iniciáticas, dentro da tradição oral de transmissão dos conhecimentos dos mestres para os aprendizes.


Ramatís - Do livro: “Chama Crística”

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