...Ayurveda
significa literalmente"ciência ou conhecimento da vida"; é uma
palavra com duas raízes sânscritas: AYU, significando "vida", e VEDA,
"conhecimento ou ciência". O Ayurveda teve origem nos Vedas, a mais
antiga literatura do mundo, onde eram registrados todos os conhecimentos que
pudessem ser úteis à humanidade: engenharia, física, astrologia, biologia, toxicologia,
filosofia, teologia... Esses conhecimentos iniciáticos foram utilizados para a
magia branca, em rituais de cura de doenças, promovendo bem-estar e saúde, paz
e prosperidade, desde a antiga Atlântida. Naquela época, era muito comum o uso
de encantamentos, de essência de plantas e de animais, dos elementais, que são
forças energéticas guardiãs da natureza, do sol, e até da energia criativa do
homem para fins terapêuticos. As substâncias medicamentosas, em geral, eram usadas
sob forma de amuletos.
Após
vários milênios de predominância, essa magia extinguiu-se durante os séculos X
e XII, quando o norte da Índia sofreu repetidos ataques e invasões muçulmanas,
que acabaram por destruir ou incendiar bibliotecas e assassinar monges e jovens
mestres iniciados. Os conhecimentos ayurvédicos foram, então, levados ao Tibete
e ao Nepal pelos poucos mestres cura dores que conseguiram escapar do massacre.
Hoje, raros textos são preservados na tradução tibetana, pois muitos
pergaminhos foram totalmente destruí dos no interior dos templos, desta vez
durante a recente invasão chinesa. Atualmente, resgata-se a arte e a ciência
Ayurveda entre os indianos, tornando-se um dos sistemas médicos conhecidos naquele
país. Ayurveda é a ciência da vida e, por conseguinte, da saÚde. Sob esse ponto
de vista, cada criatura tem características próprias, como se fosse uma energia
individual. Assim como a mente, as emoções e os sentimentos são únicos e, ao
mesmo tempo, estão em permanente mutação. O meio externo muito influencia o
interno, atrapalhando vosso equilíbrio e ocasionando alterações na constituição
natural. Quando compreenderdes os fatores que causam desequilíbrio, podereis eliminar
as causas e voltar à constituição original. Equilíbrio é a ordem natural das
coisas e desequilíbrio é a desordem. Saúde é a ordem e doença é a desordem. Vosso
corpo, no conceito hermético, é um microcosmo, à semelhança do macrocosmo.
Encontram-se
em constante interação os diversos campos energéticos que, interiormente, o constituem
e, exteriormente, o cercam. Uma vez entendendo a natureza e a estrutura dessas correspondências,
que devem estar em harmonia como tudo no Cosmo, e não em desordem, podereis
restabelecer e manter o equilíbrio.
Os
princípios ayurvédicos se baseavam em vossa composição energética. Todo ser
humano é uma criação do Cosmo, com duas energias: energia masculina, ou
positiva, e energia feminina, ou negativa. Vossa constituição estrutural é como
se fosse resultante da combinação dos elementos da natureza: ar, fogo, água e
terra. Esses quatro elementos se manifestam, representando vosso aspecto
funcional. Essas forças estão presentes em todas as células, tecidos e órgãos
de vosso corpo, onde há diferentes combinações, em várias proporções; igualmente
nos sete tipos de corpos mediadores, mencionados alhures, que compõem a
estrutura do ser. A saúde só é alcançada quando todas essas forças estiverem
equilibradas. Mais adiante abordaremos a constituição do indivíduo, sua relação
com os quatro elementos da natureza e sua importância como ferramenta de auto conhecimento,
tão necessário para o exercício da mediunidade. Existem vários tipos de
tratamentos ayurvédicos, que incluem aromaterapia, desintoxicação, alimentação,
exercícios, respiração, fitoterapia, massagens, ioga, meditação e musicoterapia.
A combinação de alguns desses métodos, dependendo do tipo corpóreo e do objetivo
desejado, traz o equilíbrio. A fitoterapia é baseada nas plantas e ervas. Esses
princípios da natureza são organismos vivos e suas estruturas são engenhosas. Suas
propriedades farmacológicas e energéticas propiciam a cura, pois, vibratoriamente,
são semelhantes e se encontram em correspondência com os quatro elementos da
natureza e, conseqüentemente, com a vibração do corpo humano, ocorrendo a ação
profilática e curativa de forma natural.
Esses
princípios são muito utilizados, intuitivamente, pelas benzedeiras e pelos
caboclos do interior de vosso país. Na Umbanda, utiliza-se, freqüentemente, os
banhos de ervas maceradas para o "descarrego" e "limpeza".
Através das substâncias fitoterápicas contidas nessas plantas, projetam-se
forças amorosas em freqüência vibratória dinamizada pelos espíritos
assistentes; polarizam-se os chacras despolarizados e removem-se os miasmas e
fluidos deletérios da aura do assistido. Como são energias e fluidos mais
densos, geralmente originados por maus pensamentos, que são um tipo de feitiço,
os princípios naturais contidos nas ervas agem removendo-os, por sua densidade
e semelhança com os elementos da natureza.
Em
algumas casas espíritas resgata-se, atualmente, como método de cura milenar, o receituário
fitoterápico, de ervas e infusões das plantas da natureza. Tratamento saudável
e natural, é coadjuvante de importância do tratamento espiritual, restabelecendo
o equilíbrio do organismo debilitado pela doença e as imantações provocadas por
maus pensamentos e pelos obsessores. Não isenta a reforma íntima e a mudança de
comportamento, mas mostra-se eficaz na normalização dos campos energéticos do
assistido.
Também
utilizamo-nos das essências fitoterápicas eterizadas, presentes em todo o reino
vegetal de vosso orbe. Essas essências são recolhidas e manipuladas junto ao
ectoplasma do médium nos trabalhos de magnetismo curador aos encarnados, conforme
mencionado alhures. Para cada caso, para cada doença, há uma erva astral, essência
eterizada, que é aplicada individualmente. Quando a essência eterizada
necessária à cura não se encontra em vosso plano, utilizamo-nos do grande
manancial da fitoterapia astral, existente do lado de cá.
A
colônia espiritual de Juremá é uma grande floresta e reserva dessas plantas. Em
meio à natureza verdejante, estua a caridade, estando esses princípios ativos à
disposição da Espiritualidade para a cura e o soerguimento das criaturas. Temos
"depósito" dessas essências eterizadas nas casas espíritas, mas, em
muitos casos, é necessário a sua extração, manipulando-a no instante do
atendimento, mobilizando-se recursos na busca dessas ervas astrais, que são "maceradas"
e misturadas ao ectoplasma, no ato da materialização de novo tecido e, depois,
no campo áurico do assistido.
Esses
recursos não são utilizados somente nas casas espíritas, mas também nos
resgates praticados nas regiões trevosas, abaixo da crosta planetária. Tudo é planejado,
criteriosamente, nos mínimos detalhes, não existindo imprevistos. E quando isso
ocorre, é por falha dos instrumentos mediúnicos, não chegando a comprometer os
trabalhos, pois são, de imediato, isolados magneticamente. Preparamo-nos,
antecipadamente, para que a incursão socorrista seja concomitante com o
trabalho na mesa mediúnica. Sendo resgate de irmãos prisioneiros dos magos negros,
se fazem presentes os corpos astrais separados dos médiuns. Penetramos nos seus
territórios em grupo. Saímos de local do Astral em espécie de nave, um hospital
móvel, como se fosse um vagão de trem moderno ou um avião sem asas. Esse
recurso de ideoplastia é necessário, pois essas incursões também são utilizadas
para estudo e nem todos os irmãos estão em condições de atuar prescindindo da
forma. Os médicos que nos acompanham preparam-se para reencarnar ou para atuar
em agrupamentos espíritas no vosso orbe. Essa nave tem reservatório amplo, em diversos
tubos cilíndricos, de fitoterápicos astrais.
No
momento em que o dirigente dos irmãos encarnados abre os trabalhos, forma-se
sobre o grupo mediúnico uma manta ectoplásmica, única, interpenetrando-se com a
localidade na qual procederemos os resgates, pois o espaço e o tempo não são
como percebeis. Essa nave não pode ser vista pelos guardiões desses locais e
pelas aparelhagens dos magos negros, pois vibra em diapasão diferente,
encontrando-se em outra dimensão. Aterrisamos próximo ao local do resgate, indo
nossos irmãos índios à frente, libertando os encarcerados das cavernas escuras
e geladas, em
que
a temperatura chega até a vinte graus abaixo de zero, em vossa escala
termométrica. Esses irmãos são trazidos até o interior da nave-hospital,
tratados, imediatamente, com a amálgama curativa do ectoplasma e dos
fitoterápicos astrais, acomodados, e ao término da operação de resgate,
transportados para local próprio de refazimento.
A
ocasião é chegada! É momento de revelarem-se os mistérios milenares, que, aos
poucos, vão se desfazendo, como um véu que cai, liberando e simplificando esses
conhecimentos iniciáticos para a cura dos terrícolas, através de um processo
gradativo, pois não se deve contrariar a capacidade de compreensão inerente ao
estágio evolutivo de vosso orbe. A moralidade plena é paulatina, expansão da
consciência baseada no aprendizado gradual de amar o próximo como a si mesmo.
Sendo assim, ainda permanecem válidas as palavras de Jesus: "A vós é dado
conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão fora tudo se trata por
parábolas, para que vejam e não percebam."
Muita
paz e muita luz!
Ramatís
- Do livro: “Chama Crística”
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