Designo como “caneco vivo” a
criatura que se deixa dominar completamente pelo vicio do álcool, tornando-se enfraquecido
no seu senso de comando psicológico e espiritual.
Quando tal acontece, os viciados do Além, que
se afinizam à sua constituição psíquica, vigiam-na e atuam incessantemente sobre
ela a fim de conseguirem situá-la sob a freqüência vibratória com que operam em
comum, para subverterem-lhe completamente a vontade e o caráter. De acordo com
a lei de afinidade espiritual, é preciso que o candidato à função de “caneco
vivo” vibre na mesma faixa vibratória do malfeitor desencarnado, pois só deste
modo é que este consegue agir com êxito e interceptar qualquer inspiração
superior que possa ser enviada à sua vítima no sentido de se livrar do vício.
Assim que o obsessor consegue domínio completo sobre o bêbedo encarnado, trata de
cercá-lo de cuidados e protegê-lo contra outras entidades desencarnadas que
também o possam usar como “caneco vivo”.
O álcool ingerido pelo alcoólatra terreno,
depois que lhe atinge o estômago, volatiliza-se em operação progressiva, até
alcançar a sua forma etéreo-astral, momento em que os espíritos viciados podem então
sugá-lo pela aura do infeliz beberrão. Trata-se de uma espécie de repulsiva
operação de vampirismo que, para satisfazer em parte aos desencarnados, exaure
a vitalidade da vítima. Certas vezes aglomeram-se várias entidades viciadas
sobre a aura de um mesmo bêbedo, constituindo uma grotesca e degradante cena de
sucção de álcool! Elas se mostram irascíveis e irritadas quando os seus
pacientes não as atendem a contento deixando de beber a quantidade desejada para
a sua satisfação mórbida completa. Trabalham furiosamente para que o infeliz
aumente a sua dose de álcool, pois ele representa o transformador que deve
saturar-se cada vez mais a fim de cumprir a repulsiva tarefa de dar de beber
aos viciados do Além.
Daí o motivo por que muitos alcoólatras
insistem em afirmar que uma força oculta os obriga a beber cada vez mais, até
que chegam a cair ao solo inconscientes. Saturados então
de álcool, quais míseros farrapos humanos a exsudarem os vapores repelentes da
embriaguez total, eles atravessam o resto de suas existências transformados em vítimas
dos seus obsessores, que astuciosamente se ocultam nas sombras do Além-Túmulo.
Ramatís
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