Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Percepções supraconscientes





PERGUNTA:  A hipótese de um Universo supraconsciente, superior ao mundo físico, que o tangencia e o interpenetra, não é algo remoto e distante do homem comum que permanece fixo nos estreitos limites das percepções da matéria? Quando perceberemos conscientemente as realidades ocultas que nos cercam?

RAMATÍS:  Não poderemos vos fazer entender plenamente o Universo em suas dimensões superiores (causal, búdica e átmica). O fato de estardes encarnados, retidos num corpo físico, veículo de consciência limitado, impede as percepções ampliadas do ilimitado que vos cerca. Entretanto, a árdua tarefa de transformação que o espírito sofre, requer que cada veículo da consciência se expanda gradativamente no Universo setenário. 
Os corpos superiores da tríade divina, formados de matéria rarefeita e sem imperfeições, serão utilizados nos momentos cósmicos decorrentes de direito adquirido pelas experiências do espírito, que o levarão inexoravelmente a compreender as realidades externas universais, ampliando suas percepções para estados supraconscientes inimagináveis. 
As verdades ocultas requerem um estado receptivo para absorverem-se as teses formuladas pelos místicos e santos da História, compiladas pelos estudiosos ao longo do tempo, método seguro para dilatar vosso discernimento, aceitando como razoáveis os conhecimentos, aparentemente hipotéticos, das realidades a ser alcançadas num futuro remoto. 
O Princípio Primeiro, Incausado, Eterno, Incriado, Imutável, Absoluto, Onisciente, imanifesto aos vossos sentidos grosseiros, extrapola e transcende a capacidade de compreensão do homem. O espírito e o mundo manifestado, a consciência e a matéria, são realidades dependentes e aspectos peculiares da Unicidade divina. 
As galáxias, com suas estrelas e os infinitos sistemas solares e os seus orbes, são a última cadeia da realidade cósmica. Cada sol, com seu sistema, é como se fosse uma unidade dependente do Imanifesto, estruturado de conformidade com as leis imutáveis da natureza, provindas da inteligência do Pai Maior. O que percebeis com vossos sentidos físicos, no mundo visível, é uma grande escola evolutiva. Os mundos invisíveis, compostos de matéria progressivamente mais leve e rarefeita, interpenetram vossa dimensão; fazem parte do grande plano divino de evolução da consciência, auxiliado por hierarquias de seres livres do Cosmo em vários estágios evolutivos diferentes.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO



PERGUNTA:  E quanto à ressurreição de Lázaro?
 
RAMATÍS: Antes de Jesus, o profeta Elias já havia ressuscitado a filha da Sarepta; Apolônio de Tyana ressuscitara uma jovem; e Eliseu, um filho da mulher sulamita. Realmente, Jesus assistiu Lázaro e o salvou de morte certa; mas os exegetas da Bíblia quiseram levar o caso à conta de uma ressurreição, derrogando assim as próprias leis que o Mestre afirmou não vir destruir, mas sim cumprir. O caso de Lázaro explica-se hoje na esfera da patogenia cataléptica; motivo por que Jesus afirmou que, no futuro, outros fariam muito mais do que ele fizera! O corpo do suposto ressuscitado estava rígido, mas vivo, pois o jovem Lázaro sofria de terríveis ataques catalépticos. Houve, sim, um despertamento salvador, mas não a ressurreição de um corpo já em desintegração. Conforme diz o Novo Testamento, Jesus achegou-se a Lázaro e ordenou-lhe, num tom imperativo, que ele se levantasse! E jorrando-lhe forças magnéticas de alta vitalidade, que o desentorpeceram do choque epiléptico e da rigidez muscular, Lázaro levantou-se. Se o corpo de Lázaro já estava inumado há quatro dias, como diz o evangelho de João, em terreno aquecido e favorável à multiplicação da fauna microbiana desintegradora dos túmulos, Jesus teria encontrado ali apenas um cadáver putrefato, desprovido de fluido vital e em acentuada decomposição. As carnes já estariam se desagregando e sendo devoradas pelos vermes famélicos dos sepulcros!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

JESUS, SEUS MILAGRES E SEUS FEITOS





PERGUNTA:  E quanto às curas de paralíticos, cegos, surdos, mudos, que nos podeis esclarecer?



RAMATÍS:  Embora se tratasse de entidade angélica, responsável pela vida espiritual do orbe terráqueo, Jesus também teve que se adaptar sensatamente ao metabolismo complexo da vida humana e de suas relações com o meio. Sob a pedagogia dos Essênios, amigos da família, Jesus desenvolveu as suas forças ocultas sob rigorosa disciplina e aprendizado terapêutico, a ponto de curar pela simples presença, aqueles que dinamizavam um intenso estado de fé em sua alma.
Mas ele não violentou ou contrariou as leis do mundo físico ou do mundo espiritual. Seguia determinados métodos e regras na distribuição, concentração e doação dos seus fluidos curadores. O Mestre, embora um Sábio e um Justo, submetia-se fielmente ao mecanismo natural da vida humana criada por Deus e exercia o seu ministério sem discrepar dos princípios de controle e organização dos mundos planetários. Não há dúvida de que a capacidade espiritual de Jesus poderia dispensar qualquer técnica ou gestos apropriados para efetuar suas curas. Mas a verdade é que ele mesmo mobilizava, dirigia e aplicava os fluidos terapêuticos conforme as leis que os regiam. No entanto, quando são os espíritos desencarnados que, junto a um médium curandeiro, efetuam o socorro fluídico, estes não precisam fazer nenhum gesto, porque ali apenas funcionam como o catalizador da fé dos doentes, enquanto seus protetores seguem as regras das leis terapêuticas. Assim, Jesus curava pela imposição das mãos, pela concentração e dispersão de fluidos, atuando a guisa de um técnico hábil, movimentando com segurança e precisão as forças vivas criadoras. Qualquer ginasiano sabe que a eletricidade exige determinados recursos e sensatez para ser aplicada com êxito e segurança em favor do gênero humano. Ela não se escoa pelas pontas ou hastes obstruídas por isoladores de louça, por mais vigorosa que seja a capacidade da Usina ou o comando do mais avançado eletrotécnico. As leis que regulam o fluxo da energia elétrica exigem caminho livre e sábio controle no seu manuseio, para resultarem benefícios como o calor, a luz, o frio e a força geradora. Jesus, portanto, lidando com forças mais sutis, disciplinadas por leis da mais alta fonte criadora do Espírito, um Sábio e não um milagreiro, operava de modo inteligente nas suas curas, submetendo-se à técnica e às regras terapêuticas do magnetismo superior! Sem dúvida, o ingrediente principal que dinamizava essas forças com êxito e eficiência era a natureza angélica de sua própria alma, doando-se na receptividade confiante e merecedora de seus enfermos. Sadio de organismo, sem qualquer deformidade "psico-física", com um duplo etérico portador do mais puro ectoplasma, em combinação com o mesmo elemento extraído da contextura do próprio orbe, Jesus era uma antena viva diamantífera, de onde fluíam energias vitais, que operando modificações surpreendentes nos enfermos, eram tidas por milagres!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

JESUS REALMENTE TRANSFORMOU ÁGUA EM VINHO?



PERGUNTA: Que nos dizeis sobre o milagre das Bodas de Cana, na Galiléia, em que Jesus transformou a água em vinho?


RAMATÍS:  Semelhante narrativa, de transformação da água em vinho, já fora atribuída a Buda, em destacado esponsal hindu. Os homens interessados em avultar a figura mitológica de Jesus mediante poderes sobrenaturais serviram-se do seu prestígio "divino". E' certo que Jesus e Maria estiveram presentes às bodas de Cana, pois o Mestre atendia afetuosamente às obrigações sociais de sua cidade, evitando humilhar ou afastar-se dos seus conterrâneos; mas torna-se evidente que, numa festa onde o vinho já se havia esgotado por ter sido distribuído com fartura, a maioria dos convidados devia se achar num estado de forte embriaguez.

domingo, 25 de outubro de 2015

TODOS OS SENSITIVOS SÃO MÉDIUNS?



PERGUNTA - Ficamos algo confusos: todos os sensitivos não são médiuns?



RAMATÍS - Nem todos os sensitivos são capazes de dar precisas e inquestionáveis comunicações de um espírito desencarnado. Podem sentir dores, angústias, medos, pavores, fobias e os mais diversos sentimentos, tanto de encarnados como desencarnados, mas não chegam a ser médiuns para servirem de instrumentos comunicantes dos espíritos desencarnados. Em verdade é tênue a linha divisória entre um e outro. Basta ao sensitivo se desdobrar e observar o mundo astral, descrevendo os cenários, que tal tarefa já pode ser mediúnica, desde que haja um espírito que o está assessorando e potencializando as suas percepções. Mas no sentido estrito da mediunidade, que é servir de instrumento para a comunicação dos espíritos entre duas dimensões vibratórias, não podemos afirmar categoricamente que todos os sensitivos são médiuns. Contudo, todos os médiuns evidentemente são sensitivos. Ademais, sendo todos vós espíritos, cada vez mais tereis vossas capacidades anímicas e psíquicas ampliadas, se tornando irrelevante se sois vós, um espírito amigo, encarnado ou desencarnado, que está a se comunicar, pois o que importa são vossas potencialidades crísticas despertadas.



DO LIVRO: “JARDIM DOS ORIXÁS” RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO


sábado, 24 de outubro de 2015

A QUEDA ANGÉLICA E A AÇAO SATÂNICA



PERGUNTA:  Que podeis dizer-nos sobre a existência de uma entidade espiritual eterna, denominada Lúcifer ou Satanás, ou Diabo, que, segundo afirmam as religiões dogmáticas, era um anjo-bom que foi exilado na Terra, onde até hoje promove, com poderes sobrenaturais, invencíveis, a derrocada da obra divina?



RAMATÍS:  Satanás, como entidade eterna, é uma lenda, um mito infantil, pois teria sido criado por Deus, que é o único Criador e que, como Pai, de suprema justiça e amor, não poderia gerar de sua própria essência angélica uma entidade como essa. Se Satanás fosse gerado por outrem ou nascido por si mesmo, isso comprovaria a existência de um outro Deus! E teríamos, então, dois poderes opostos, a se digladiarem em contínua reação, com o grave perigo de que um dia Satanás pudesse dominar os mundos criados pelo Onipotente! Se Deus, por vingança, houvesse transformado em diabo o anjo que ele criara para a felicidade eterna, o fato representaria terrível desdouro à sua infinita sabedoria, ante o equívoco de criar um ser perfeito, que termina degenerado. Se Deus não pode dominar Satanás ou evitar que ele cause a derrocada da obra divina através da tentação das almas em aperfeiçoamento, quer isso dizer que não é infinitamente poderoso, pois nem ao menos consegue anular o resultado de sua própria incapacidade divina. Se Deus é poderoso mas não impede que Satanás, com sua malignidade, seduza os homens, então não é infinitamente bom, porque é indiferente ao sofrimento dos seus filhos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

PROFECIA APOCALÍPTICA



PERGUNTA:  Pressupomos que o número 666 ainda há de identificar novos acontecimentos no decorrer deste século, de vez que a profecia apocalíptica deve cumprir-se nestes últimos anos. Não é verdade?



RAMATÍS:  À medida que decorre o século atual, vem crescendo a atmosfera provocadora da vibração global degradante, que o número 666 identifica em grafia humana. Reparai que as paixões recrudescem e se multiplicam dia a dia, sob um misterioso impulso de dentro para fora; há um como que detonador invisível, que baixa as vibrações costumeiras e subjuga os invigilantes e os anticrísticos, agrupando-os num estado muito aproximado do homem das cavernas. 
O magnetismo grosseiro avoluma-se na Terra e superexcita o vosso psiquismo, tentando apossar-se do comando tradicional da consciência espiritual superior. Provindo de uma fonte interior, torna-se afim com a maioria da humanidade, que então se sente bem na degradação e se identifica pela sua escória psíquica. 
Sob esse clima fluídico viscoso e profundamente subversivo, muitos seres parecem revitalizar-se e se atiram decididamente a todas as degradações e prazeres viciosos da carne, atendendo docilmente a esse magnetismo estranho. Mas, enquanto a maioria se degrada voluptuosamente, sobrevive uma minoria crística e inteligente, que se serve de suas energias salvadoras e vigorosas, para transformálas em força criadora, construtiva e protecional, aproveitando-a em favor do próximo e sublimando-a para o serviço exclusivo do Cristo! Esses são os "poucos escolhidos" entre os "muitos chamados", que sobre a energia telúrica do vosso mundo fazem florescer as rosas, enquanto os imprudentes só colhem a cicuta!

sábado, 17 de outubro de 2015

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS QUANTO AO CARMA FUNDAMENTAL DE CADA ESPÍRITO ENCARNADO.



PERGUNTA: Qual é, enfim, o carma fundamental de cada espírito encarnado?



RAMATÍS:  Em verdade, o carma fundamental de cada espírito é a condição a que ele fica subjugado, inapelavelmente, sob um destino determinado pela natureza do  próprio planeta ou meio, onde deve efetuar a sua nova experiência espiritual. 3

3 - Assim como um campeão de natação nem por isso fica livre das más conseqüências de nadar num rio infestado de jacarés, um espírito santificado terá de sofrer as injunções do clima, da pressão, da instabilidade geológica e do solo geográfico do orbe onde ele tiver de se encarnar. Em conseqüência, se a Terra é um planeta primário, os espíritos que nela se encarnam também são alunos primários sob um processo educativo algo rude e incômodo, como ainda é a natureza dessa escola planetária.

Embora seja um espírito de alto gabarito espiritual, ou apenas um tipo primário, pouco importa se merece renascer em tal ambiente, pois fica inapelavelmente sujeito às injunções naturais e próprias do orbe onde tiver de habitar. Seria bastante absurda a exigência de se modificar de imediato a composição geofísica de certo orbe, só porque lá se encarnou determinado espírito, cuja graduação espiritual não aprova tal ambiente onde deve viver. Assim, há muita diferença entre o "carma fundamental" do espírito que se encarna em Marte, planeta agradável, tranqüilo e saudável, pelo fácil controle climático e topográfico conseguido pelos marcianos, que proporciona existência física venturosa, comparada à natureza hostil e instável da Terra. O planeta Terra, pela sua instabilidade geológica, natureza agressiva e rude, moradia de humanidade primária daninha, violenta, cruel, vingativa e destruidora, qualquer que seja o grau evolutivo e a sensibilidade do espírito superior ali encarnado, jamais poderá fugir das conseqüências "naturais" e próprias do meio primário onde precisa ou decidiu-se de habitar. Em conseqüência, quer o espírito seja mau ou bom, sadio ou enfermo, ignorante ou sábio, o seu "carma fundamental" derivase intrinsecamente da natureza e reação de cenário físico que lhe emoldura a vivência humana.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O PSICÔMETRO E SUAS FACULDADES




PERGUNTA:  Gostaríamos que nos explicásseis como é que o psicômetro exerce a sua faculdade.

RAMATÍS: O psicômetro, concentrando-se profundamente na "aura" do objeto ou coisa material que pretende auscultar, pouco a pouco vai captando os eflúvios psíquicos da freqüência vibratória que os envolve; e então começa a sentir, pela sua projeção no perispírito, a série de imagens que, em ordem decrescente, vão-lhe assinalando os fatos na ordem inversa. Supondo que um competente psicômetro, tornando um anelou jóia que pertenceu a um fidalgo da corte de Luís XV; submete o espectro áurico dessa jóia a uma análise de investigação vibratória, logo, então, ele começa a se aperceber de todos os acontecimentos que se desenrolam em torno do referido objeto ou, para melhor definição, de todos os fatos a que o anel "assistiu", desde o momento em que o dito fidalgo começou a usá-lo. Porém, os acontecimentos surgirão em ordem inversa, isto é, do presente para o passado.
Na chamada literatura ocultista encontrareis suficientes comprovações de fatos verídicos revelados pela psicometria. Às vezes, é suficiente um fragmento de papel, pano, metal ou mesmo de pedra, que permaneceu nas adjacências de importante cerimônia pública, de uma batalha ou mesmo de fatos sem grande importância; mas o psicômetro bem desenvolvido relata os acontecimentos "assistidos" pelo objeto.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

UMBANDA – GUIAS E PROTETORES, LIGAÇÕES DE VIDAS PASSADAS.





PERGUNTA:  O que são guias e protetores e qual a relação / ligação dos médiuns com eles? Há envolvimento de vidas passadas ou de antepassados?

VOVÓ MARIA CONGA: Guias e protetores são espíritos como os filhos, somente sem esse pesado fardo que é o paletó físico que os encobre, nada mais. Claro está que por todos nós sermos espíritos milenares em evolução, as situações de encarnações passadas determinam as afinidades amorosas que unem os guias e protetores aos seus pupilos na carne, ou as repulsas odiosas que separam os filhos do amor e os imantam no cipoal das vinganças sem fim dos obsessores e desafetos de outrora, já que não existe perfeição na Terra, sendo a vida dos espíritos única e atemporal nas suas jornadas rumo às paragens angelicais desde o momento crucial em que fornos criados por Deus.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

ENTIDADES MISTIFICADORAS NA “UMBANDA”





PERGUNTA:  E as casas de Umbanda que a tudo resolvem, cobrando consulta e prometendo verdadeiros milagres?

VOVÓ MARIA CONGA: Não são da verdadeira Umbanda, pois caboclo e preto velho das genuínas falanges regidas pelos orixás não vão a esses locais. Ali se comprazem entidades mistificadoras, e o vil metal é o motivo da satisfação vampirizadora que as realiza, formando círculo vicioso entre consulentes, encarnados e desencarnados, de difícil solução.
O imediatismo dos homens na busca da realização dos seus anseios, na maioria das vezes, os mais mesquinhos, ligados ao sexo, ao poder, ao trabalho e aos prazeres mundanos mais desregrados, faz com que se alimente esse triste processo de parasitismo. Se há quem pague, sempre haverá quem receba; é da lei de sintoma que rege a relação entre o mundo oculto e o material, invisível e visível, imanifesto e manifesto.


DO LIVRO: “EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL” RAMATÍS E VOVÓ MARIA CONGA/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.





quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FOLCLORE NO MEDIUNISMO UMBANDISTA...



PERGUNTA:  Se os orixás são vibrações cósmicas reguladoras da manifestação dos espíritos na forma, por que há tanto folclore, imagens e orixás se fazendo "ver" no mediunismo umbandista? Os homens não se excederam no fetichismo e não personificaram em demasia?

VOVÓ MARIA CONGA:  Sem dúvida! Os homens necessitam de apoios visíveis e que possam tocar em seus sentidos físicos, para acreditarem e terem fé. Infelizmente, quando um "Ogum" rodopia na entrada de um terreiro com espada de São Jorge na mão, um "Xangô" cai ao chão em urros batendo com a cabeça ou "Oxossi" se personifica em um médium vestido de índio em espécie de transe anímico e folclórico, entristecemo-nos por todos esses exageros. Respeitamos a consciência e a necessidade espiritual de cada cidadão, mas não podemos estar de acordo com os disparates de alguns "umbandistas" que transformam as giras e os terreiros em verdadeiros espetáculos circenses, onde as apoteoses chegam a ser mais importantes que qualquer outro trabalho de caridade. A discrição, a humildade e a simplicidade dos verdadeiros guias e protetores das vibrações dos orixás da Umbanda Sagrada aceitam e respeitam as imagens que materializam a fé ausente, muito em decorrência do sincretismo religioso e pouco dos ensinamentos umbandistas, mas abominam os exageros em que alguns homens incorrem pela vaidade desmesurada que os move.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

É possível se "incorporar" um orixá?


PERGUNTA:  Muito escutamos médiuns e chefes de terreiro dizerem que estão "incorporados" de Xangô ou Oxossi. É possível se "incorporar" um orixá?
VOVÓ MARIA CONGA: 
Vamos nos repetir: orixá não encarna e muito menos "incorpora". O que pode ocorrer é que esses médiuns estejam assistidos, pela mecânica de incorporação, por um guia ou protetor das falanges regidas por esses orixás, o que acreditamos seja o mais comum.
Infelizmente, ainda pouco se estuda na Umbanda, sendo o conhecimento passado oralmente pelos mais antigos, hábito que manteve as tradições, mas que muito serviu para atender a interesses pessoais. A simplicidade com que se atende os consulentes e que se pratica a caridade nos terreiros pode conviver harmoniosamente com o conhecimento e o estudo continuado, sem afidalgar-se.
O que não deve continuar ocorrendo neste novo milênio, nesta Era de Aquário, com a nossa amada Umbanda, são as mistificações encobertas pelas vaidades humanas.

sábado, 3 de outubro de 2015

MECÂNICA DE INCORPORAÇÃO E OS CHACRAS





PERGUNTA:  Embora a mecânica de incorporação tenha sido esclarecida em capítulo anterior, podeis explaná-la resumidamente, principalmente quanto às características das manifestações mediúnicas e atuação na magia das entidades, em cada uma das linhas vibratórias ou orixás?

VOVÓ MARIA CONGA:  Que fique claro que os orixás vibram em todos os chacras. Para o entendimento dos filhos, comentaremos as posições mais vibradas em cada chacra.
Iniciemos por Oxalá, que vibra mais no chacra coronário e tem seu "receptor" no corpo físico na glândula pineal. As manifestações medi únicas se dão por um leve roçar no alto da cabeça, que se propaga como uma espécie de friagem até a altura do tórax. Atuam basicamente pela irradiação intuitiva, pela inspiração e clarividência. Na magia, atuam coordenando o equilíbrio planetário. São os mestres que orientam o movimento de Umbanda, e em geral são os mentores de pontos de doutrina. Alguns nomes de entidades: caboclos Urubatã da Guia, Guaracy, Guarani, Aimoré, Tupy, Ubiratan e Ubirajara. Yemanjá tem maior receptividade vibratória no chacra frontal e na glândula pituitária. 
Manifestam-se serenamente, com beleza e suavidade. Dão um pequeno balanço geral e levantam os braços no sentido horizontal, tremulam as mãos e balançam a cabeça. É muito rara a incorporação, pois atuam na irradiação intuitiva e no corpo mental do médium. Não dão comunicação ou consultas, e, assim como a linha de Oxalá, são valiosos colaboradores, e algo silenciosos. Na magia atuam nas limpezas astrais pela movimentação do elemento água e dos espíritos da natureza, ondinas e sereias, ligados a esta vibratória. As vibrações desse orixá mantêm as forças das marés pelo magnetismo lunar, importantíssimo para a vida no planeta. É comum chamarem-se de caboclas Yara, Estrela do Mar, Indayá, Inhançã, Nana-Burucum, Oxum. Yori vibra no chacra laríngeo, sendo a glândula tireóide sua receptora. Agem diretamente na fonação. Em geral gostam de falar. Suas incorporações vitalizam o complexo físico, etérico e astral dos médiuns e do ambiente. Emitem seus fluidos inicialmente pelo chacra frontal, "pegando" harmonicamente o aparelho, movimentando bastante os braços e pernas. Na magia neutralizam quaisquer fluidos enfermiços por suas vibrações puras, inocentes e de grande sabedoria. Em geral, se manifestam para "fechamento" dos trabalhos das demais falanges, deixando equilíbrio e paz para os consulentes e médiuns. Alguns nomes dessa vibratória, que se apresentam como crianças: Tupanzinho, Mariazinha, Chiquinho, Damião, Doum, Cosme, Jureminha. 
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