Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

segunda-feira, 29 de junho de 2015

O Diabo e a sede do seu reinado - V




Pergunta:  Isso quer dizer que estão certos os comunicados mediúnicos dos espíritos desencarnados quando, em vez do Inferno e do Diabo da teologia cristã, eles descrevem o "Umbral" das regiões inferiores; não é assim?



Atanagildo:  Quanto a mim, posso vos assegurar que, depois de desencarnado, não me foi possível encontrar o Céu com sua corte de santos pronunciando extensas orações, nem mesmo as onze mil virgens em festivos cânticos, da tradição popular. Felizmente, também não me defrontei com o Inferno e os seus caldeirões ferventes, nem com qualquer bando de Diabos a perambular pelo espaço. Eis porque considero bem exatas as descrições que, por médiuns criteriosos, os espíritos têm feito das regiões do astral inferior, onde tenho ido em excursões socorristas e sacrificiais, quer por motivo de estudos, quer para retirar dali algum amigo ou alma aflita, que mereça o fraterno socorro. Mas não posso deixar de registrar que, nessas regiões, encontrei muitos espíritos de homens excessivamente mais experimentados em vinganças do que o famigerado Diabo da Teologia, pois além de torturarem impiedosamente os seus desafetos, ainda os impediam de qualquer esforço de renovação espiritual.

Não se trata, porém, de entidades devotadas à maldade, com um ofício obrigatório, ou que tenham sido atiradas às sombras por causa da ira divina, que são as razões que se costumam invocar para justificar a existência e a rebeldia do Diabo. Esses espíritos agem por sua livre e espontânea vontade, sob o mais sádico desempenho artístico, como se fossem "virtuoses" da crueldade. São almas ferozes, verdugos impiedosos e carrascos sem a menor partícula de contemporização, pois extraem de suas vítimas a última gotícula de esperança e prolongam o menor espasmo de sofrimento! Cobram-se da mais insignificante dívida e não toleram o menor prejuízo, mesmo que tenha sido fruto da imprudência ou da ignorância de suas infelizes vítimas. O que me impede a revolta diante de tais atrocidades é saber da lógica da Lei Cármica, que demonstra não existirem injustiças, dando-nos a certeza de que sempre terão fim tais sofrimentos e vinganças. E o que nos consola é saber que esses barbarismos, quer durem minutos, horas, séculos ou milênios, felizmente não passam de acontecimentos transitórios e justos, pois em jubiloso futuro tanto algozes como vítimas hão de se unir em sincero abraço de afeto e ternura, alçando o vôo definitivo para as regiões celestiais. Isto posto, considero bem mais lógicas e sensatas as "regiões umbralinas", ou do "astral inferior", que os espíritos costumam descrever em suas mensagens mediúnicas – onde as almas expiam as suas próprias criações infernais que imprudentemente alimentaram na vida física - do que o pavoroso sofrimento, na eternidade, em um inferno criado pela vingança de Deus.

Verdadeiramente, mais cedo ou mais tarde toda vítima libertar-se-á dos seus poderosos verdugos e também dos seus próprios defeitos, reajustando suas culpas com a sua própria consciência e merecendo então novos ensejos de desenvolvimento e ventura espiritual.



Atanagildo:  O inferno teológico é um produto da imaginação lendária do passado religioso, adaptada à compreensão de uma humanidade ainda atrasada. Daí o fato de se descrever o sofrimento no astral inferior como um reinado de Belzebu, com as características das torturas primitivas e dos castigos mais conhecidos e empregados naquela época. Para que a humanidade ficasse impressionada - pois que de outro modo não o ficaria - foi preciso dizer que os infelizes pecadores deveriam ser cozidos em caldeirões de água, cera ou chumbo ferventes, e assados entre carvões e enxofre. É óbvio que, se o Inferno fosse imaginado no vosso século atual, os religiosos poderiam descrevê-lo como provido de todos os recursos científicos modernos, em matéria de destruição, tais como instalação de cadeiras elétricas, bombas asfixiantes, câmaras frigoríficas ou superaquecidas, e tudo que o cidadão do século XX descobriu para aliviar a superpopulação do seu planeta...

domingo, 28 de junho de 2015

Está faltando mediunidade na umbanda?



Pensemos sobre a umbanda. Relembremos o Caboclo das Sete Encruzilhadas e o canal mediunidade, a manifestação mediúnica cristalina, inequívoca, num jovem de 17 anos. Reflitamos sobre a essência da umbanda com o Cristo Cósmico, em sua maior representação que foi Jesus na Terra.
Qual o motivo de o Caboclo das Sete Encruzilhadas ter associado o movimento nascente, que era preexistente no Astral muito antes, à caridade, à disciplina, à austeridade do branco, à igualdade entre todos, à simplicidade sem ritos complexos e sacrificiais?
Na verdade, pensemos que para ser médium "basta" manifestarem-se os guias, pois nascesse com eles. Ninguém na Terra poderá botar ou tirar os espíritos que estão destinados a trabalhar com os médiuns. Quem tem mediunidade, quem tem coroa para trabalhar, já vem com ela antes de encarnar, não precisa pagar para ninguém firmar seu santo, assentá-lo em sua glândula pineal.
A mediunidade é um dom de Deus, de Olurum, dos orixás. A umbanda é mediúnica.
Reflitamos sem julgamentos, fundamentados em fatos. Somos umbandistas.
O que é ser umbandista?
Fraternalmente,

                                                   Yutomi [1]
                                O Caravaneiro do Umbral

[1] Espírito indochinês que outrora atuou muito como guia batedor, pelo fato de ser
profundo conhecedor da "geografia" das zonas trevosas Umbralinas. Auxiliava as falanges da umbanda a se movimentarem nessas regiões em suas incursões de resgate, o que o credenciou a trabalhar nos terreiros da crosta elaborando roteiros de incursões a esses locais.

Do livro: "A Missão Da Umbanda" Ramatís/Norberto Peixoto - Editora do Conhecimento.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES - Casamento – III


PERGUNTA: Há sempre necessidade dessa quarentena mental?


RAMATIS: Ela tem por essencial objetivo disciplinar o ritmo das forças criadoras, para que o corpo do futuro filho seja da conformação do tipo biológico marciano, sadio e mentalmente equilibrado. O espírito reencarnante, embora ainda no Espaço, já conhece os ascendentes biológicos e hereditários que irá desenvolver no organismo materno, a fim de auxiliar a edificação de sua veste carnal, nas mesmas disposições de garantia e perfeição que o "virtuose" exige para o instrumento intérprete de sua vontade.


PERGUNTA: Há necessidade de o espírito reencarnante coparticipar dessa quarentena?


RAMATIS: É um trabalho que comumente classificais de "equipe" no vosso mundo. As três almas ligadas espiritualmente, sob a direção de amoroso mentor, exercitam-se para a posse progressiva dos atributos que compõem a estrutura dos anjos criadores de mundos. Não há privilégios nem favores na escalada sideral; a alma é a principal tecelã das suas venturas gloriosas, que a aguardam nos planos de inconcebível Beleza e ilimitada Sabedoria. Através de mundos como a Terra, Marte e outros, em romagens no vestuário de carne, o espírito desenvolve as maravilhosas forças cósmicas que lhe dormitam na intimidade sideral, a fim de atingir a fase definitiva do estado angélico.


PERGUNTA: Conseqüentemente, essas obras esotéricas que existem em nosso mundo, nas quais se ensina o desenvolvimento mental e se fala muito em "mentalismo", representam esforços para a ascensão a mundos como Marte?


RAMATIS: Sois vós os artistas de vossos destinos, e, quanto mais vos entregardes ao desígnio de um bom destino, mais breve estareis em condições de emigrar para mundos mais evolvidos. Se em Marte é necessário o domínio mental para atender aos imperativos de uma vida mais "criadora", no futuro ainda indefinido, é óbvio que hoje ou mais tarde, sempre tereis que um dia iniciar essa disciplina de direção mental consciente.
O eloqüente orador que extasia o público hipnotizado ou o artista que inunda o salão de sinfonias arrebatadoras têm o seu curso na singeleza das primeiras letras do alfabeto e no solfejo das primeiras notas da pauta musical. O anjo planetário que orienta e alenta a humanidade de um mundo, como o vosso, cuja aura diáfana vos interpenetra na divina função "crística", também não se isentou do modesto curso dos compêndios do mentalismo iniciático nos mundos de formas. É Jesus ainda quem vos adverte: "E muitos há que têm olhos e não veem". E, também: "Cada um conforme suas obras".

terça-feira, 23 de junho de 2015

O Diabo e a sede do seu reinado - IV



Pergunta:  Embora reconhecendo a justeza dos vossos conceitos que tornam mito de Satã uma figura apagada diante das torpezas humanas, devemos dizer que há muitos intelectos desenvolvidos que ainda confiam seriamente na veracidade dessa lenda.

Atanagildo: Mas isso não prova que o homem seja menos requintado que o Diabo, nas suas vinganças, pois, não contente em se desforrar dos seus desafetos políticos, adversários religiosos, contraventores das leis, ou daqueles que lhe ofendem o amor próprio, ainda costuma impor às suas vítimas outros sofrimentos morais ou físicos que, em atrocidade, superam longe a pseudocrueldade de Satã. Durante as campanhas guerreiras ou de ódios políticos, o homem tem imposto a seus irmãos torturas lentas, milimétricas, que principiam pelo arrancamento das unhas e terminam com a decepação dos pés, das mãos ou da língua; já houve preliminares pavorosas para se arrancarem segredos, onde as mães assistiam à tortura dos filhos ou à violação das filhas, e ainda hoje praticam-se perseguições sistemáticas, que levam muitos infelizes à miséria e ao suicídio.

Revendo em espírito a história terrena, lobriguei quadros dantescos que deixaram de ser registrados, porque revelavam acontecimentos em que os seus autores eram homens que representavam diretamente a Bondade Divina na Terra; à frente de coloridos cortejos, essas criaturas cantavam hosanas à Glória e ao Amor de Deus, enquanto alguns infelizes, condenados e já esfrangalhados pela tortura, se encaminhavam cambaleantes para as fogueiras impiedosas do credo oficial.

Acredito que, ao contemplar certas cenas do vosso mundo, desempenhadas em nome do Amor Divino, o Diabo ter-se-ia arrebentado de rir dos maus propagandistas de Deus, ou então teria sido tomado de furioso ataque de histerismo ao reconhecer que o epicurismo mórbido e a sabedoria cruel do homem ainda eram capazes de superar facilmente os mais bárbaros instintos dos animais!

sábado, 20 de junho de 2015

O receituário mediúnico dos "pretos-velhos", índios e caboclos – IV



PERGUNTA:  Mas não é estranhável, quando os "pretos-velhos" ou os caboclos também receitam alopatia, num desmentido à tradição ou ao receituário peculiar do mediunismo de Umbanda?

RAMATÍS:  Não opomos dúvida a que o "preto-velho", o caboclo e o silvícola às vezes prescrevam drágeas, comprimidos, injeções, sedativos e até antibióticos, que não conheciam em vida, em flagrante contradição ao seu velho hábito de receitar ervas, infusões, xaropes ou homeopatia.
Mas isso explica-se facilmente pela interferência anímica dos próprios médiuns ou "cavalos" de Umbanda, quando eles prescrevem a alopatia que é do seu conhecimento pessoal e lhe emerge do subconsciente associada à natureza da doença do consultante. Aliás, não existindo regra sem exceção em todo o Cosmo, há casos urgentes em que os "pretosvelhos" ou os caboclos decidem-se pela alopatia; mas eles assim o fazem sob a recomendação de espíritos de médicos desencarnados, que também os ajudam e os assistem do "lado de cá", uma vez que o serviço de socorro espiritual aos "vivos" é sempre efetuado por meio de equipes. Acontece, também, que, quando o "cavalo" de Umbanda, além de médium, é médico, custa-lhe vencer o seu próprio condicionamento acadêmico, forjado na sua profissão escrava da medicina alopática. Embora atuando sob a influência dos "pais de terreiro" e prescrevendo corretamente a medicação para combater as doenças dos consulentes, de início, o médium-médico substitui os remédios de ervas, infusões e mezinhas domésticas pela sua farmacologia alopática mais conhecida, a qual lhe inspira mais confiança. Mas esses percalços não significam desdouro para o médico entregue à tarefa generosa e humilde de servir ao próximo, embora o faça no ambiente de Umbanda, desde que se despreocupe de qualquer remuneração profissional. Em breve há de atrair para junto de si os espíritos de bom quilate espiritual, capazes de ajudá-lo no desempenho de suas tarefas caritativas. Quer o médico receite ervas, xaropes ou infusões sob o comando dos "pretos velhos", e dos caboclos, ou seja, pela intuição acadêmica de outros colegas desencarnados, sempre há de lograr melhor sucesso, quando faça o bem pelo Bem.

O ASTRO INTRUSO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A TERRA – 2ª Parte



PERGUNTA:  Essa atração será violenta? (*) Nota do autor espiritual: — Convém não esquecer que a ação mais importante do planeta "higienizador" é no mundo oculto; a sua aura magnética, em fusão com a aura terrena, então proporcionará o ensejo para a emigração coletiva de "Juízo Final".


RAMATÍS:  Não avalieis as soluções siderais com a pobreza do vosso calendário, porquanto já estais vivendo essa atração. Gradativamente ela se exerce em correspondência com o estado vibratório de cada espírito. Muitos malvados, que têm sido verdadeiros demônios para a civilização terrena, já denunciam em suas almas aflitas e desesperadas o apelo implacável do planeta higienizador da Terra! Legiões de criaturas adversas aos princípios cristãos sentem-se acionadas em seu psiquismo inferior e rompem as algemas convencionais da moral humana, lançando-se à corrupção, à devassidão, ao roubo organizado e ao caos da cobiça. É o momento profético das definições milenárias; todo o conteúdo subvertido do espírito virá à tona, excitado pelo magnetismo primitivo do planeta intruso! É necessário que todos tenham a sua oportunidade derradeira; revelarem-se à direita ou à esquerda do Cristo! E a profética figura da "Besta" do Apocalipse se fará visível, na soma das paixões humanas que hão de explodir sob o estímulo vigoroso desse astro elementar. E, como a Lei é imutável e justa, cada um será julgado conforme as suas obras, pois a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

PERGUNTA:  Muitos que têm lido as vossas comunicações avulsas alegam que é um absurdo o volume de 3.200 vezes maior do que a Terra, que atribuístes ao planeta intruso. A passagem desse astro junto ao nosso planeta, e com tal volume, acarretaria talvez uma catástrofe em todo o sistema solar?

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Diabo e a sede do seu reinado - III





Pergunta:  Então, devemos concluir de vossas palavras que o Diabo é apenas um produto da imaginação humana; não é assim?
Atanagildo: Não há dúvida de que o Diabo é produto mórbido da imaginação humana, pois o figurino escolhido para vesti-lo ainda é o próprio homem, revestido de todas as suas maldades. Existindo na Terra homens que cometem atrocidades as mais bárbaras, quer em tempo de paz, quer em tempo de guerra, nos horripilantes matadouros dos campos de concentração, acredito que é tolice e falta de imaginação do homem o pretender pintar um Diabo pior e mais cruel do que ele mesmo!
Se examinardes a história terrena, verificareis que nunca existiram atrocidades, crimes, torpezas, impiedades ou vinganças maiores do que as praticadas pelo homem, de vez que eles as cometem com mais requintes de malvadeza do que se fossem praticadas pelo Diabo!
As cruzadas da Idade Média, que retalhavam vivos os "infiéis"; a "Noite de São Bartolomeu", quando milhares de católicos apunhalaram os protestantes por ordem de Catarina de Médicis; a impiedade dos Doges venezianos; as tropelias de Atila; as pirâmides de cabeças decepadas por Gengis-Khan; a matança dos cristão nos circos de Roma; as torturas dantescas da Inquisição; as chacinas monstruosas da China; os enterrados vivos no Egito; as degolas em massa na Turquia; os empalamentos na Índia; os milhares de judeus assassinados pelos nazistas, porventura não são acontecimentos que fariam corar de vergonha, ante seu fracasso, o Diabo mais perverso? Acresce, ainda, que o pobre Diabo mitológico, capaz de assustar os religiosos dogmáticos, há muito tempo que deve sofrer de invencível complexo de inferioridade, pois ainda não gozou da volúpia de lançar uma bomba atômica sobre 140.000 criaturas que respiravam oxigênio e faziam planos de ventura humana, nem tampouco pôde apreciar o "magnífico" espetáculo de vê-las se transformarem em gelatina fervente.
Os próprios sacerdotes católicos, que tanto acusam o infeliz Belzebu e lhe atribuem a culpa de todas as maldades do mundo, não se tornaram, porventura, os seus fiéis procuradores, quando Gregório IX instituiu o Santo Ofício e, à sombra da proteção de Fernando e Isabel, os reis católicos, torturavam criaturas humanas e arrebanhavam as fortunas dos "infiéis" para depois os fazerem estorricar nas chamas purificadoras do programa religioso oficial?
Todas essas barbaridades, praticadas pelos poderosos da Terra, não significaram, porventura, verdadeiros insultos ou desafios a Satanás e uma técnica bem mais original que a dos vulgares recursos dos caldeirões de líquidos ferventes?

domingo, 14 de junho de 2015

O ASTRO INTRUSO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A TERRA – 1ª Parte


PERGUNTA: Por diversas vezes, no decorrer de vossas comunicações, tendes feito referência a um astro que se está aproximando da Terra, com a finalidade de higienizar o ambiente terreno e atrair para a sua crosta os espíritos que desencarnarão por ocasião do "juízo final". Poderíeis informar-nos qual o ano em que a Ciência Astronômica poderá assinalar a presença desse astro?
RAMATÍS:  Mais ou menos entre os anos 1960 e 1962, os cientistas da Terra notarão determinadas alterações em rotas siderais, as quais serão os primeiros sinais exteriores do fenômeno de aproximação do astro intruso e da proximidade do "fim dos tempos". Não será nenhuma certificação visível do aludido astro; apenas a percepção de sinais de ordem conjetural, pois essa manifestação dar-se-á mais para o final do século.
PERGUNTA:  Por que motivo designais esse astro umas vezes como "intruso" e outras vezes como planeta "higienizador"?
RAMATÍS:  Denominamo-lo de astro "intruso" porque não faz parte do vosso sistema solar, e realmente se intromete no movimento da Terra, com a sua influência, ao completar o ciclo de 6.666 anos. Em virtude do seu magnetismo primitivo, denso e agressivo, ele se assemelha a um poderoso imã planetário, absorvendo da atmosfera do vosso globo as energias deletérias, por cujo motivo o figuramos também como um planeta "higienizador" (*).

sábado, 13 de junho de 2015

O Diabo e a sede do seu reinado - II


Pergunta: Qual então o motivo por que, diante de sofrimentos quase semelhantes, a existência nas regiões inferiores é mais lógica do que a idéia do inferno?


Atanagildo:  A diferença está em que as religiões católica e protestante, bem como a mitologia hebraica, consideram o inferno como um lugar adrede preparado e exclusivamente destinado ao tormento das almas pecadoras, pródigo de fogo e enxofre, e criado para encerrá-las por toda a eternidade. Entretanto, o estado de sofrimento, pavor e medo, no astral inferior, além de provir principalmente do descontrole emotivo, remorso e ignorância dos próprios espíritos falidos da Terra, não é definitivo e permanece sempre a esperança de recuperação espiritual.
Não se trata de sofrimento eterno, nem de castigo deliberado contra pecadores, mas apenas de retificação de almas, porquanto Deus sempre as considera como espíritos enfermos, em tratamento, e não como criminosos condenados à desgraça eterna. Enquanto o Catolicismo e o Protestantismo ensinam que não há mais esperança para aqueles que são lançados nas chamas do inferno administrado pelo poderoso Satanás, o Espiritismo vos acende a chama da esperança e louva a bondade do Criador, que sempre oferece novas oportunidades para a renovação íntima de qualquer espírito pecador.
Deus, a Bondade Suprema, não pode descer à vileza de castigar as imperfeições humanas; ele reajusta e reeduca o peregrino espiritual, para que abandone as seduções escravizadoras da carne e ingresse mais cedo na senda reta do Bem e da Verdade.


Pergunta:  Mas a idéia do Diabo e a do inferno eterno não têm certo fundamento lógico, mesmo em face da doutrina espírita? 
Atanagildo:  Visto que a Bondade de Deus nunca o levaria a criar um ente malvado, com a finalidade especial de atormentar as suas próprias criaturas, é claro que a Sua Infinita Sabedoria também nunca se desmentiria criando um anjo perfeito, para posteriormente aviltar-se por toda a eternidade, a ponto de decepcionar a tão reconhecida Inteligência Infinita do próprio Criador. Se assim acontecesse, ficaria prejudicado o conceito da Sabedoria Infinita de Deus, ante a decepção de criar um anjo perfeito, que depois de transforma num Diabo, portador de todas as imperfeições. Se tal coisa houvesse acontecido, não nos restaria nenhuma esperança de sermos felizes, dado que o Senhor Onipotente do Universo também é vítima de equívocos, como os humanos.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES - Casamento – II





PERGUNTA: Não há probabilidade de também falsearem os futuros cônjuges marcianos, embora se submetam à rigorosa preliminar de auscultamento espiritual?

RAMATIS: Não cremos que sejam prováveis tais acontecimentos decepcionantes, após o enlace matrimonial, pela simples razão de que a união repousa sobre as bases de uma realidade já conhecida. As desilusões são produtos de acontecimentos inesperados, que em vez de corresponderem aos ideais ou projetos desejados, contradizem estes e causam amarguras. Em virtude de os marcianos se unirem só após o absoluto conhecimento de todas as virtudes e defeitos recíprocos, em qualquer manifestação emotiva ou espiritual, não pode haver decepções, porque não ocorrerão fatos imprevistos, nem contrariedades desconhecidas. 
Conservando-se voluntariamente acima das contingências carnais, baseando a ventura conjugal no intercâmbio formoso das relações espirituais, isentam-se os esposos marcianos da proverbial melancolia dos lares terrenos, em que, tanto o homem como a mulher, que ardentemente se desejaram pela fascinação do corpo, declinam, irremediavelmente, para a indiferença gradativa em proporção à velhice. O moço marciano não firma a sua ventura no jogo transitório das configurações sensuais; e a mulher não confia a sua felicidade à circunstância de casar-se com um "galã" cinematográfico. Importa-lhes, em essência, o conhecimento recíproco das qualidades espirituais que são duradouras, que sobrevivem à deformação dos corpos e se aquecem continuamente sob o contato diário. Não havendo, como condição primordial, a atração pelo corpo, mas sim, o reencontro de almas afins para a eternidade, o lar marciano apresenta o delicado aspecto de uma escola de boa-vontade!

terça-feira, 9 de junho de 2015

O Diabo e a sede do seu reinado - I





Pergunta:  Existe algum lugar, no Além, que se assemelhe ao inferno bíblico, tão apregoado pelo Catolicismo e pelo Protestantismo?
Atanagildo:  Na verdade, os espíritos que no mundo físico se deixam dominar por paixões degradantes e se entregam a crimes aviltantes passam a habitar regiões no Além, que de qualquer modo superam a velha idéia do inferno teológico, que a lenda afirma ser dirigido por um. Diabo revoltado contra Deus, sempre afadigado no seu reinado de fogo e enxofre. É evidente que Deus não criou nenhum. inferno para colocar nele os seus filhos pecadores; estes é que se elegem voluntariamente para a hospedagem em regiões que se afinam às suas vilezas. Sem dúvida, não há inferno pior que aquele que a alma cria em sua própria intimidade espiritual, quando depois é acicatada pelo remorso proveniente de suas mazelas espirituais.

domingo, 7 de junho de 2015

sábado, 6 de junho de 2015

A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES - Casamento – I




PERGUNTA: Há em Marte um período de noivado, e, em seguida, o casamento, à semelhança do que se passa na Terra?


RAMATIS: Entre vós, comumente, a fase de noivado é de exagerado sentimentalismo, em que o homem e a mulher trocam juras ardentes, na esfera das paixões efêmeras ou da poesia insincera, para depois instituírem um purgatório na figura de lar doméstico. Na realidade, ó noivado terrestre ainda é a confusão do "amor espiritual" com o "amor carnal". Somente no declinar da existência, quando a mente rememora os excessos instintivos e zelos tolos que lhe abreviaram a vida pungente, é que se compreende a lição triste das cicatrizes produzidas pela ausência do amor verdadeiro e altruístico, do espírito eterno. Na regra diretora de segurança econômica de vosso mundo em que, dando, empobrecemos, e recebendo, enriquecemos, o casamento também raramente vai além de um mútuo negócio, onde as paixões significam a mercadoria em trânsito. Quase sempre, a procura recíproca é mais de equilíbrio fisiológico, do que amparo espiritual e entendimento divino. Em Marte, no entanto, os moços têm a pura noção do verdadeiro amor, que provém da realidade espiritual e da responsabilidade de que a atmosfera do lar é exercício de universalização. A constituição do lar doméstico desperta-lhes imensos cuidados, mais fundamentalmente quanto ao êxito de "ascensão" espiritual, do que às possibilidades de "sensação" advinda do acerto conjugal. Esse noivado é fase de sincera confissão espiritual e exercício preliminar para o melhor encontro preparação às relações de necessidade biológica no campo genético.



PERGUNTA: Essa confissão é uma pragmática, uma exigência, ou regra costumeira?



RAMATIS: Trata-se de uma disposição espontânea, que é comum entre todos os futuros cônjuges, dentro do conceito comum: "ser útil e verdadeiro"! É um mútuo estudo em que se procuram analisar, sem constrangimento ou segundas intenções, comparando-se, entre si, as condições emotivas e psicológicas, honestas e exatas, que podem auxiliar ou influir na ventura da união conjugal. Contrariando a dissimulação instintiva dos noivados nos mundos, símiles da Terra, os noivos marcianos exumam de sua intimidade tudo o que pode criar conflitos futuros, e se expõem mutuamente, analisando efeitos e consequências.

Atanagildo - O VALE DOS ESPÍRITAS


Sinopse: Espíritos superiores não cessam de trabalhar, pois consideram o labor uma grande ventura. Estão sempre em busca de parceiros empenhados na reforma íntima, e, quando encontram condições favoráveis, é por meio deles que passam a disseminar o resultado de suas obras. É por essa via que Atanagildo retorna à literatura, convidando espíritas, espiritualistas, umbandistas e irmãos ligados a diversas correntes religiosas, a realizar uma profunda revisão de seus valores morais e de sua responsabilidade para com o trabalho espiritual. O Vale dos Espíritas é resultado de longas pesquisas sobre a origem cármica de dramas vividos por irmãos ligados às paixões inferiores, narrados por vários personagens que, embora possuíssem conhecimento intelectual, oratória impecável, desenvoltura mediúnica e assiduidade na casa espírita, chegaram ao Astral em estado lastimável, por terem negligenciado o entendimento dos conceitos básicos da doutrina espírita, bem como a própria reforma de seus sentimentos e ações. Para eles, o trabalho de autoconhecimento valia apenas para os outros, irritando-se quando alguém lhes ressaltava isso. Iludidos por suas convicções equivocadas, pelo apego ao orgulho, à vaidade, ao sexo, ao egocentrismo, e acima de tudo ao dinheiro, esperavam encontrar no Além as mesmas regalias adquiridas na Terra. Quantos espíritas há que pregam belas lições em púbico, e até na mídia, e ao serem contrariados em seus interesses pessoais revelam a sua verdadeira face?! Atanagildo vem expor todas as mazelas alimentadas na intimidade desses irmãos, alertando que não cabe mais protelar o trabalho de reforma íntima e a caridade desinteressada. Especialista na análise de jornadas existenciais que visam a futuras encarnações retificadoras, ele revela o triste percurso dos que levam sua carga mental-emocional deletéria para o Além, vagando pelo descampado do Vale ou servindo para terríveis obsessões. Este livro é para todos, mas especialmente para aqueles que têm sob sua tutela o percurso de muitas almas.
EDITORA DO CONHECIMENTO

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES - Aspectos humanos – VIII





PERGUNTA: Essa "força de tendência expansiva" é luz que existe na intimidade das coisas e seres que mencionais?

RAMATIS: É a própria aura do CRISTO SOLAR que passa a ser sentida, absorvida e perceptível, assim  que vos integrais em estados de alma bem mais puros. 
O Alento Divino, que se condensa por Lei Cósmica, com mais "proximidade" nos sistemas de galáxias e mais perto de vossas almas, nos sistemas solares, é que vos impele, continuamente, para o "mais Alto". É o caminho silencioso do coração, tão preconizado por Jesus, o mais curto e seguro roteiro para irdes à intimidade do CRISTO.
Os mundos que formam os colares rodopiantes dos sistemas solares estão todos impregnados desses espíritos planetários, inconcebíveis condensadores da LUZ CÓSMICA. O vosso globo ignora que navega num oceano de Luz Resplandecente, que é o corpo diáfano do CRISTO SOLAR. Se ainda viveis submersos nas sombras dos fluidos impuros que atuam em faixas inferiores, se apenas vos contentais com a luz pálida do Sol Físico, é porque ainda não vos esforçais para assimilar o conteúdo evangélico descido do Sol Espiritual, que comanda e rege os destinos do vosso mundo. No entanto, Marte, irmão mais velho e mais equilibrado, é já um prisma receptivo da Luz Crística Solar, da absorção do fulgente alimento que vos citamos. Eis por que se percebe nas coisas marcianas uma suave transparência psíquica, uma tênue refulgência que dá a tudo o aspecto de "luz polarizada".

Ramatís e os Babalaôs africanos...


Reencontro com Ramatís...


O que une Ramatís e a Umbanda?



quarta-feira, 3 de junho de 2015

O receituário mediúnico dos "pretos-velhos", índios e caboclos – II




PERGUNTA:  Não seria mais conveniente que todos os médicos desencarnados também só receitassem ervas e remédios caseiros, evitando a medicação alopática que pode ser perigosa, quando receitada por médiuns muito anímicos?



RAMATÍS:  Em primeiro lugar, esclarecemos que os espíritos desencarnados só receitam de acordo com o seu próprio conhecimento adquirido na Terra; e, além disso, a preferência, a simpatia ou a tolerância dos enfermos variam quanto aos diversos tipos de drogas e medicamentos. Alguns são alérgicos a certos remédios, mas outros já os assimilam satisfatoriamente. Há doentes que se recuperam apenas pelo uso da homeopatia e são inócuos à medicina alopática, às infusões de ervas tóxicas ou à química farmacêutica. Há criaturas que se restauram facilmente pela terapêutica violenta das injeções, em perfeita afinidade com a sua constituição psicofísica mais densa. Finalmente, ainda existem pessoas de natureza magnética muito receptiva ou sensível, que logram a saúde pela terapia das "simpatias", dos benzimentos e exorcismos.

Em consequência, os espíritos de médicos desencarnados procuram receitar aos enfermos a medicação mais adequada ao seu tipo orgânico ou psíquico, atendendo mais ao doente do que propriamente à doença. Deste modo, o remédio miraculoso indicado pelo "preto-velho" a determinada criatura pode ser inútil e mesmo nocivo a outro tipo de indivíduo condicionado somente à homeopatia. Esse é o motivo por que ainda existe no vosso mundo um arsenal tão heterogêneo e variado de medicamentos e os diversos tipos de dietas e sistemas de tratamento, a fim de se atender aos tipos humanos conforme os seus complexos biológicos e não de acordo com suas doenças.



PERGUNTA:  Que dizeis do sucesso do receituário de "pretos-velhos", silvícolas e caboclos nos terreiros de Umbanda, enquanto já não lhes sucede o mesmo êxito nas suas prescrições junto à mesa espírita kardecista?



RAMATÍS:  Os "pretos-velhos", os caboclos e os índios logram melhor êxito nos trabalhos de Umbanda, porque ali encontram o clima psíquico mais simpático e dinâmico à sua índole e aos costumes primitivos que lhes foram familiares na Terra. Nesse ambiente pitoresco, eles reavivam suas reminiscências terrenas, evocam suas experiências de curandeiros, quando, ainda encarnados, manuseavam a medicina ervanária ou o processo da magia de campo e de mato.

Não vos deve surpreender o melhor resultado terapêutico que eles obtêm no ambiente de Umbanda, pois as ervas, as infusões caseiras, a homeopatia, os exorcismos, os benzimentos e as "simpatias" sempre foram os recursos de que se utilizaram na Terra para atender aos enfermos de corpo e de alma. Eles sentem-se mais à vontade no clima catalítico que os ajuda a dinamizar suas forças psíquicas pelas sugestões regionais eletivas, pelos cânticos ou "pontos", objetos, patuás e rituais, que lhes contemporizam o próprio saudosismo do orbe terráqueo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...