Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 19 de novembro de 2019

O MAU OLHADO



PERGUNTA: O mau-olhado é sempre consequência de uma pessoa maldosa?
RAMATÍS: O mau-olhado, já explicamos, também pode originar-se acidentalmente de estados de espírito censuráveis, como ambição, inveja, ciúme, despeito, ira, cobiça ou vingança, projetando fluidos ruinosos.
Mas há pessoas de bons sentimentos portadoras do mau-olhado, que sofrem crucialmente por causa das mortificações e prejuízos ou males involuntários semeados na vida do próximo! Basta, às vezes, expressar o desejo muitíssimo natural de possuir uma planta, ave ou animal, que outros possuem, para que a carga fluídica acumulada no olhar se despeje sobre tais coisas ou seres, produzindo efeitos nefastos, como doença, melancolia e até a morte.


PERGUNTA: Por que as pessoas de bons sentimentos também podem ser portadoras do estigma do mau-olhado?

RAMATÍS: Infelizmente, conforme preceitua a lei cármica, a "semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória". Em consequência, mesmo depois de nortearmos a agulha de nossa vida espiritual para o Norte do Cristo, ainda temos de colher os frutos ruins da sementeira imprudente do pretérito. Embora a criatura viva atualmente uma conduta sadia e benfeitora, nem por isso ela fica livre dos efeitos daninhos que resultam dos seus desatinos pregressos.
A criança, que por traquinagem ou rebeldia espalha o lixo no jardim ou nas calçadas, é obrigada a recolhê-lo novamente, embora prontifique-se a jamais cometer tal desatino. Quem transforma o seu lar num salão de festas sob a prodigalidade alcoólica, depois terá de limpar o assoalho, os móveis e tapetes, mesmo que deplore a sua imprudência. O homem que, num momento de cólera, envenenou a cisterna de água pura, mesmo depois de arrependido terá de esgotá-la completamente para mitigar a sede.
O espírito que em vidas anteriores serviu-se indiscriminadamente de energias subvertidas para semear prejuízos e dores alheias, a fim de usufruir egoisticamente os bens prematuros, mesmo depois de convertido ao bem, ainda sofre os efeitos dos seus atos ruinosos.
A Lei Cármica não atua como processo punitivo das ações irregulares e pecaminosas do espírito, mas apenas determina o ônus "a cada um segundo as suas obras"!


Do livro: “Magia de Redenção” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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