Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 17 de setembro de 2019

BREVE ESTUDO SOBRE O SUICÍDIO



PERGUNTA: — Como é visto no campo espiritual o problema do suicídio?

RAMATIS: — Não podemos esquecer que a sementeira é livre, porém, a colheita obrigatória. Portanto, o suicídio pode ser interpretado ora como patológico, ora como desespero por causa da perda de bens materiais, ora como resultado de paixões insatisfeitas e, ora como punição a alguém. Em qualquer dos casos, continua sendo crime doloso e, conseqüentemente, sujeito às penalidades legais, começando por ter o suicida de encarnar novamente para completar o ciclo vivencial interrompido e, depois, outra reencarnação de risco para colher a sementeira de joio, saldando seu débito na contabilidade sideral, perdendo tempo e energia na sua evolução espiritual. O suicida é um trânsfuga das responsabilidades por ele criadas. Fugindo do dever cármico, não só prolonga sua aspiração libertadora, como aumenta seu saldo negativo diante da Lei de Ação e Reação.

PERGUNTA: — Mesmo no caso das doenças mentais, como nas Psicoses Maníaco-depressivas, fase depressiva, ele ainda está sujeito às penas?

RAMATIS: — Segundo critérios médicos simplificados, doenças podem ser: hereditárias, degenerativas e infecciosas. E as depressões mentais, de qualquer origem, são consideradas hoje, como geneticamente transmissíveis, e espiritualmente, seriam deflagradas pela programação perispiritual, resultante do primarismo anímico do ser, ou de seus vícios, paixões, sentimentos impuros, ações dolorosas e, sobretudo, pelas agressões alcoólicas, tabagistas, substâncias euforizantes ou alucinatórias, que carregam a contextura sutil do perispírito de material denso e impróprio para sua futura ascensão angélica.
Jesus disse: "Vós sois deuses" e ninguém poderá alcançar a divindade, sem antes ter vestido o traje resplandecente e imaculado para as bodas eternas com o bem e o amor. Assim, pode-se estacionar nos vales das trevas até por milênios, porém, a centelha divina de cada um procura a luz de onde veio para poder brilhar conforme sua destinação, desde o momento da própria individualização no seio do universo.

PERGUNTA: — Gostaríamos que esclarecêsseis melhor sobre o suicídio por doença.

RAMATÍS: — Sempre há uma alteração mental nos casos de suicídio, não importando que essa alteração seja fruto de uma doença, como o câncer, ou de abusos de substâncias psicoativas ou de qualquer outra causa exterior, porque o motivo fundamental está no perispírito por ser o registro da memória do indivíduo em suas vidas, desde o elétron ao homem. o "akhasa" dos mestres indianos, que poderíamos interpretar como sendo a memória de Deus manifestando-se na energia grosseira, a qual manda viver e evoluir sempre e não procurar a fictícia morte como a cessação da vida, pois, sabemos da sua inexistência no Universo. A morte é simples transformação da forma em energia, ou vice-versa. Logo, qualquer que possa ser a razão do suicídio, ele somente terá retardado a evolução espiritual e, muitas vezes, nos casos de doentes terminais, há o malogro do resgate cármico, quando estava praticamente realizado, tendo o espírito, além de completar o tempo restante, ainda que retornar para nova experiência vivencial, porém, com o agravamento de sua dívida.

RAMATÍS - "SOB A LUZ DO ESPIRITISMO"
MÉDIUM: HERCÍLIO
EDITORA DO CONHECIMENTO


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