PERGUNTA: - Qual é a importância dessa origem orgânica dos cabelos com o seu metabolismo elétrico?
RAMATÍS: - O cabelo, na verdade, é um líquido que, devido ao contato com o ar atmosférico e com a temperatura inferior do corpo humano, consolida-se em matéria córnea, sólida. Aliás, o organismo produz diariamente 30 metros de substância córnea líquida, só para a formação dos cabelos. O líquido é bom condutor de eletricidade e predomina na formação do cabelo, motivo por que este também recebe maior carga elétrica na sua composição.
Os cabelos, na sua conformação de microscópicos canudos, são vigorosos condutores de eletricidade animal, dotados de carga positiva, isto é, pobres em elétrons. Então expelem chispas, quando, por exemplo, são esfregados com um pente de âmbar, o qual é um corpo carregado de energia negativa e conhecido em física por um "corpo dielétrico".
PERGUNTA: - Então há fundamento em certas lendas e superstições de povos antigos sobre a força dos cabelos?
RAMATÍS: - Ainda hoje diz-se que o homem com "cabelos nas ventas" é genioso, bravo e enérgico, talvez pela intuição de que se trata de criatura com "excesso de eletricidade" a escorrer-lhe pelas pontas da cabeleira através da fronte.
A força de Sansão estava nos seus cabelos e ele enfraqueceu-se quando Dalila os cortou!
Os cabelos de uma pessoa normal podem aguentar 400 quilos, com facilidade, como provam os artistas e ginastas de circos. Sem dúvida, é preciso ter-se o cuidado de distribuir tal peso equitativamente entre todos os fios de cabelo. Não quer isto dizer que o fato de o homem possuir mais ou menos cabelo também explique a sua maior ou menor tonalidade de força, vigor e gênio.
A cabeleira, no entanto, é a região onde mais se aglomera a eletricidade e o magnetismo animal, porque nela é mais intensa a sua fuga pelas pontas.
A prova de que a maior cota de eletricidade biológica do indivíduo escorre veementemente pela sua cabeleira, a qual também é fortemente impregnada de éter-físico, verifica-se nos indivíduos que ficam de cabelos brancos, instantaneamente, sob forte comoção produzida pelo medo, ansiedade ou pavor da morte. A sua descarga emocional violenta, oriunda de uma eletrização inesperada, converge, justamente, para a zona onde se acumula e se escoa o fluxo elétrico humano!