Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

OS MÉDIUNS E A VERDADEIRA PRESTAÇÃO DA CARIDADE





"A prestação da caridade só é sublime e louvável quando na intimidade da alma já existe a qualidade crística do prazer espontâneo de servir ao próximo"
O Bem tem múltiplas formas e, quanto ao mérito das realizações humanas, não nos preocupemos, pois Jesus saberá distinguir o joio do trigo. Mas é evidente que a prestação da caridade só é sublime e louvável quando na intimidade da alma já existe a qualidade crística do prazer espontâneo de servir ao próximo. Algumas vezes podemos acender luzes nos corações alheios e, paradoxalmente, findamos nossas vidas na escuridão do descaso íntimo. Exaurindo-nos para atender aos pedintes de todas as espécies que, na maioria das vezes, são criaturas em busca de soluções fáceis pela via mediúnica, nem por isso ficamos desobrigados de extinguir as sorrateiras paixões que ainda podem morar em nossas almas.
O serviço a favor do próximo, embora seja de valor, não dispensa da higienização espiritual aquele que o realiza. Quando o cruel Saulo se transformou em Paulo, o sublime apóstolo dos gentios decidiu-se em primeiro lugar a dar cabo do "homem velho", isto é, extinguir a velha e vaidosa personalidade humana e fazer ressurgir o"homem novo" da individualidade angélica.
Os magníficos serviços cristãos que os médiuns podem prestar à humanidade, convictos de que são missionários a serviço do Alto, não os eximem de purificarem o seu próprio espírito, pois não basta atenderem criaturas aflitas ou praticar a caridade a "todo pano". Antes de tudo precisam comprovar, em si mesmos, se realmente usufruem da emoção espiri tual de servir o próximo por sincero prazer, ou se se trata apenas do desejo egoísta de alcançar o céu.
Os médiuns que se gabam no labor espetacular de fazer a caridade por obrigação cármica e sem a força íntima do amor espiritual são candidatos à desilusão produzida pelas cinzas dos fogos de artifício. O bem há de ser feito pelo próprio bem, sem qualquer interesse ou noção de dever; é um estado espiritual de dedicação em favor de outrem; comove quem o recebe e rejubila quem o pratica. É um ato essencial do espírito e se degrada quando praticado sob o interesse da personalidade própria.
A caridade pode ser puro artificialismo, mesmo naqueles que a praticam para cumprir missões do Alto.
O Bem, em sua verdadeira essência, dispensa os estímulos externos que lhe roubam a espontaneidade; ele só é válido pelo prazer íntimo de servir.


RAMATÍS - MEDIUNISMO

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